quarta-feira, 27 de março de 2024

Boletim Meteorológico Mensal da Unifei - Volume 14 - Número 02


As condições atmosféricas em Itajubá no mês de fevereiro de 2024, medidas na estação meteorológica automática localizada na UNIFEI, são apresentadas na Figura 1. Neste mês, a temperatura média do ar oscilou entre 19,8ºC e 25,2°C (a média foi 23,0ºC, anomalia de +0,1°C). As médias de temperaturas mínimas e máximas foram, respectivamente, 18,7°C e 29,4°C (anomalias de +0,5°C e -0,1°C). A maior temperatura máxima registrada foi 31,7ºC (nos dias 09, 10, 25 e 26), e a menor temperatura mínima foi 15,6ºC (dia 01). As médias mensais de umidade relativa do ar e da intensidade do vento foram 81% e 0,25 m/s (0,90 km/h), respectivamente. No mês de fevereiro a direção predominante do vento foi de Noroeste. Houve 19 dias com precipitação, sendo 17 dias com precipitação acima de 0,4 mm, totalizando 160,6 mm (80% da média).


No mês de fevereiro de 2024, apenas uma frente fria teve influência no sul de Minas Gerais. Primeiramente, nos dias 02 e 03, instabilidade atmosférica somada à umidade elevada resultou em um acumulado de 32,2 mm nesse período. Entre os dias 8 e 12, novamente, as altas temperaturas e alta umidade intercalando tempo mais seco provocaram chuva de 70,2 mm nesse período. Após isso, uma frente fria com trajetória costeira no dia 15 (Figura 2) precipitou 22,2 mm em Itajubá. Mais uma vez, nos dias 28 e 29 por conta de temperatura e umidade elevadas, resultou-se em uma precipitação de 15,6 mm. Por fim, um evento incomum ocorreu no mês de fevereiro, uma depressão subtropical se formou próximo ao litoral sudeste do Brasil no dia 16 e passou a se tornar uma tempestade tropical no dia 18 próximo à costa de Santa Catarina (Figura 3). Este ciclone foi nomeado Akará e apresentou uma trajetória atípica que não interferiu diretamente no continente. O sistema foi enfraquecendo desde então e no dia 20 passou para a categoria de depressão tropical e, no dia 22, o sistema já tinha se desfeito completamente. 


Com relação à nebulosidade (Figura 4), a média mensal da cobertura diária de nuvens foi de 50%. O dia mais nebuloso foi o dia 02 de fevereiro do que se tem registrado.


O maior valor do Índice de Estresse Térmico (IET) por dia no mês de fevereiro é mostrado na Figura 5. De forma geral, o IET serve como um guia para quem realiza atividades físicas, sendo que os valores de IET menores ou iguais a 25 indicam risco baixo à saúde, valores entre 26 e 33 risco moderado, já valores maiores do que 33, risco extremo. Considerando a série temporal do maior valor diário de IET, o menor valor registrado foi 22,2 (dia 02), o maior valor foi 30,8 (dia 29), a média mensal foi 28,0 e a média da hora de ocorrência do maior IET 13h19. Assim, recomenda-se a não realização de atividades físicas por cerca das 12:00 às 16:00 horas. É válido ressaltar que o IET decresce quando há alta cobertura de nuvens e temperaturas mais baixas e aumenta quando há condições atmosféricas opostas (Figuras 4 e 5)


Com relação ao índice de aridez (IA; detalhes sobre esse índice são apresentados no volume 3 (04)) foi igual a 1,6, o que caracteriza um clima úmido.


Para aqueles que tiverem interesse em saber em tempo real a evolução das variáveis atmosféricas em Itajubá, esse boletim deixa como sugestão o acesso aos sites:


http://meteorologia.unifei.edu.br 


https://www.wunderground.com/dashboard/pws/IITAJUB5/


Aos leitores que tiverem interesse no monitoramento dos ciclones na América do Sul e a previsão climática sazonal nas diferentes regiões do país, sugerimos o acesso à página:


www.grec.iag.usp.b



Figura 1 Variáveis atmosféricas observadas no mês de fevereiro de 2024 na estação meteorológica automática localizada no campus da Universidade Federal de Itajubá (latitude 22º 24’ 46” e longitude 45º 27’06”): a) temperatura (oC) máxima diária (vermelho), temperatura mínima diária (azul) e média diária da temperatura do ar (verde) a 2 m de altura, b) média diária da pressão atmosférica ao nível médio do mar (hPa), c) direção predominante do vento a 2,5 m de altura; C indica calmaria, d) totais diários de precipitação (mm) contabilizados entre 00:10 e 24:00 h, e) média diária da umidade relativa (%) a 2 m de altura e f) média diária da intensidade do vento (m/s) a 2,5 m de altura. 


Figura 2 Frente Fria próxima ao continente e influenciando as condições atmosféricas da região do sul de Minas no dia 15/02/2024 às 0000Z. No lado esquerdo tem-se a carta sinótica elaborada pela Marinha do Brasil e no lado direito a imagem do satélite do canal 16 do satélite GOES-16 disponibilizada pelo INPE.




Figura 3 Tempestade Tropical “Akará” próximo ao litoral de Santa Catarina no dia 19/02/2024 às 0000Z . No lado esquerdo tem-se a carta sinótica elaborada pela Marinha do Brasil e no lado direito a imagem do satélite do canal 16 do satélite GOES-16 disponibilizada pelo INPE.




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Figura 4 Cobertura de nuvens média diária na cidade de Itajubá no mês de fevereiro de 2024.



Figura 5  Maior valor diário do Índice de Estresse Térmico na cidade de Itajubá no mês de fevereiro de 2024.



Autores: Thiago Pamponete Lopes e Michelle Simões Reboita.

segunda-feira, 12 de fevereiro de 2024

Boletim Meteorológico Mensal da Unifei - Volume 14 - Número 01

As condições atmosféricas em Itajubá no mês de janeiro de 2024, medidas na estação meteorológica automática localizada na UNIFEI, são apresentadas na Figura 1. Neste mês, a temperatura média do ar oscilou entre 19,4ºC e 25,7°C (a média foi 22,9ºC, anomalia de -0,1°C). As médias de temperaturas mínimas e máximas foram, respectivamente, 18,5°C e 29,4°C (anomalias de +0,2°C e -0,2°C, respectivamente). A maior temperatura máxima registrada foi 33,2ºC (dia 18), e a menor temperatura mínima foi 14,8ºC (dia 24). As médias mensais de umidade relativa do ar e da intensidade do vento foram 80% e 1,04 m/s (3,74 km/h), respectivamente. No mês de janeiro a direção predominante do vento foi de Noroeste. Houve 17 dias com precipitação, sendo 16 dias com precipitação acima de 0,4 mm, totalizando 159,0 mm (67% da média). 

No mês de janeiro de 2024, duas frentes frias passaram sobre o sul de Minas Gerais. A primeira Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS) do ano se formou no dia 03 (Figura 2) e atuou em Itajubá até dia 05 quando se deslocou para o norte de Minas Gerais, causando 31,6 mm nesse período. Após isso, um cavado nos dias 09 e 10 e posteriormente dias úmidos e com instabilidade atmosférica (dia 11 e 12) proporcionaram um acumulado total de 35,6 mm nesses dias. A primeira frente fria que passou sobre a região entre os dias 13 e 14 (Figura 3) precipitou 15,6 mm. Entre os dias 15 e 20, houve uma mescla de dias chuvosos e dias secos e quentes, apresentando 31,2 mm de chuva e temperatura máxima de 33,2°C (dia 18). A segunda frente fria que influenciou o sul de Minas entre os dias 21 e 22 (Figura 4) foi seguida de um cavado no dia 23, causando 21,8 mm nesses dias, recorde de menor temperatura máxima registrada para o mês janeiro, 21,1°C (dia 23) e grande nebulosidade. Por fim, entre os dias 28 e 29, mais uma vez a ZCAS se formou sobre Itajubá (Figura 5) e provocou 16,2 mm.

Com relação à nebulosidade (Figura 6), a média mensal da cobertura diária de nuvens foi de 52%. O dia mais nebuloso foi o dia 23 de janeiro do que se tem registrado.

O maior valor do Índice de Estresse Térmico (IET) por dia no mês de janeiro é mostrado na Figura 7. De forma geral, o IET serve como um guia para quem realiza atividades físicas, sendo que os valores de IET menores ou iguais a 25 indicam risco baixo à saúde, valores entre 26 e 33 risco moderado, já valores maiores do que 33, risco extremo. Considerando a série temporal do maior valor diário de IET, o menor valor registrado foi 21,3 (dia 23), o maior valor foi 31,1 (dia 17), a média mensal foi 28,0 e a média da hora de ocorrência do maior IET 13h11. Assim, recomenda-se a não realização de atividades físicas por cerca das 12:00 às 16:00 horas. É válido ressaltar que o IET decresce quando há alta cobertura de nuvens e temperaturas mais baixas e aumenta quando há condições atmosféricas opostas (Figuras 6 e 7). 

Com relação ao índice de aridez (IA; detalhes sobre esse índice são apresentados no volume 3 (04)) foi igual a 1,41, o que caracteriza um clima úmido.

Para aqueles que tiverem interesse em saber em tempo real a evolução das variáveis atmosféricas em Itajubá, esse boletim deixa como sugestão o acesso aos sites:

http://meteorologia.unifei.edu.br 

https://www.wunderground.com/dashboard/pws/IITAJUB5/

Aos leitores que tiverem interesse no monitoramento dos ciclones na América do Sul e a previsão climática sazonal nas diferentes regiões do país, sugerimos o acesso à página:

www.grec.iag.usp.b



Figura 1 Variáveis atmosféricas observadas no mês de janeiro de 2024 na estação meteorológica automática localizada no campus da Universidade Federal de Itajubá (latitude 22º 24’ 46” e longitude 45º 27’06”): a) temperatura (oC) máxima diária (vermelho), temperatura mínima diária (azul) e média diária da temperatura do ar (verde) a 2 m de altura, b) média diária da pressão atmosférica ao nível médio do mar (hPa), c) direção predominante do vento a 2,5 m de altura; C indica calmaria, d) totais diários de precipitação (mm) contabilizados entre 00:10 e 24:00 h, e) média diária da umidade relativa (%) a 2 m de altura e f) média diária da intensidade do vento (m/s) a 2,5 m de altura.


Figura 2 Zona de Convergência do Atlântico Sul sobre a região do sul de Minas no dia 04/01/2024 às 0000Z. No lado esquerdo tem-se a carta sinótica elaborada pela Marinha do Brasil e no lado direito a imagem do satélite do canal 16 do satélite GOES-16 disponibilizada pelo INPE.


Figura 3 Frente fria associada a um ciclone próximo ao litoral de São Paulo no dia 14/01/2024 às 0000Z. No lado esquerdo tem-se a carta sinótica elaborada pela Marinha do Brasil e no lado direito a imagem do satélite do canal 01 do satélite GOES-16 disponibilizada pelo INPE.


Figura 4 Frente fria sobre o sul de Minas no dia 22/01/2024 às 0000Z. No lado esquerdo tem-se a carta sinótica elaborada pela Marinha do Brasil e no lado direito a imagem do satélite do canal 16 do satélite GOES-16 disponibilizada pelo INPE.


Figura 5 Episódio de Zona de Convergência do Atlântico Sul sobre Itajubá no dia 29/01/2024 às 0000Z. No lado esquerdo tem-se a carta sinótica elaborada pela Marinha do Brasil e no lado direito a imagem do satélite do canal 01 do satélite GOES-16 disponibilizada pelo INPE.


Figura 6 Cobertura de nuvens média diária na cidade de Itajubá no mês de janeiro de 2024.


Figura 7  Maior valor diário do Índice de Estresse Térmico na cidade de Itajubá no mês de janeiro de 2024.


Autores: Natan Chrysostomo de Oliveira Nogueira e Michelle Simões Reboita.

quarta-feira, 17 de janeiro de 2024

Boletim Meteorológico Mensal da Unifei - Volume 13 - Número 12

As condições atmosféricas em Itajubá no mês de dezembro de 2023, medidas na estação meteorológica automática localizada na UNIFEI, são apresentadas na Figura 1. Neste mês, a temperatura média do ar oscilou entre 20,9ºC e 25,9°C (a média foi 24,0ºC, +1,3°C acima da média). As médias de temperaturas mínimas e máximas foram, respectivamente, 18,6°C e 30,8°C (anomalias de +0,7°C e +1,7°C). A maior temperatura máxima registrada foi 33,6ºC (dia 03), e a menor temperatura mínima foi 16,4ºC (dia 20). As médias mensais de umidade relativa do ar e da intensidade do vento foram 74% e 1,23 m/s (4,44 km/h), respectivamente. No mês de dezembro a direção predominante do vento foi de Norte. Houve 11 dias com precipitação, sendo 9 dias com precipitação acima de 0,4 mm, totalizando 97,0 mm (44% da média).


No mês de dezembro de 2023, quatro frentes frias influenciaram o sul de Minas Gerais. O mês começou com um cavado invertido sobre a região no dia 01, causando apenas 1,6 mm, e formação de uma baixa pressão próximo ao litoral do sudeste que junto com instabilidade atmosférica e umidade disponível trouxe 1,4 mm nos dias 04 e 05 após um dia quente e seco (dia 03), o qual trouxe recorde de temperatura máxima para esse mês (33,6°C) e baixa umidade relativa do ar (32%). A primeira frente fria que passou com padrão mais costeiro entre os dias 08 e 09 (Figura 2) precipitou 5,4 mm nesse período. Logo em seguida, a segunda frente fria que chegou no sul de Minas entres os dias 10 e 11 (Figura 3) associada a um ciclone formado no litoral de São Paulo ocasionou 15,6 mm e queda na temperatura máxima (25,9°C - dia 11) e alta nebulosidade. Depois de uma sequência de dias quentes e secos, um cavado invertido novamente atuou na cidade de Itajubá entre os dias 22 e 24, totalizando o maior acumulado do mês, 42,8 mm. A terceira frente fria que atuou na região entre os dias 26 e 27 (Figura 4), trouxe precipitação de 3,6 mm nesses dias. Por fim, entre os dias 30 e 31, a última frente fria novamente com caráter costeiro entre os dias 30 e 31 (Figura 5) provocou 26,6 mm no sul de Minas.


Com relação à nebulosidade (Figura 6), a média mensal da cobertura diária de nuvens foi de 44%. O dia mais nebuloso foi o dia 11 de dezembro do que se tem registrado.

O maior valor do Índice de Estresse Térmico (IET) por dia no mês de dezembro é mostrado na Figura 7. De forma geral, o IET serve como um guia para quem realiza atividades físicas, sendo que os valores de IET menores ou iguais a 25 indicam risco baixo à saúde, valores entre 26 e 33 risco moderado, já valores maiores do que 33, risco extremo. Considerando a série temporal do maior valor diário de IET, o menor valor registrado foi 24,6 (dia 11), o maior valor foi 29,9 (dia 05), a média mensal foi 28,3 e a média da hora de ocorrência do maior IET 13h24. Assim, recomenda-se a não realização de atividades físicas por cerca das 12:00 às 16:00 horas. É válido ressaltar que o IET decresce quando há alta cobertura de nuvens e temperaturas mais baixas e aumenta quando há condições atmosféricas opostas (Figuras 6 e 7)

Com relação ao índice de aridez (IA; detalhes sobre esse índice são apresentados no volume 3 (04)) foi igual a 0,78, o que caracteriza um clima sub-úmido úmido.

Para aqueles que tiverem interesse em saber em tempo real a evolução das variáveis atmosféricas em Itajubá, esse boletim deixa como sugestão o acesso aos sites:

Aos leitores que tiverem interesse no monitoramento dos ciclones na América do Sul e a previsão climática sazonal nas diferentes regiões do país, sugerimos o acesso à página:


Figura 1 Variáveis atmosféricas observadas no mês de dezembro de 2023 na estação meteorológica automática localizada no campus da Universidade Federal de Itajubá (latitude 22º 24’ 46” e longitude 45º 27’06”): a) temperatura (oC) máxima diária (vermelho), temperatura mínima diária (azul) e média diária da temperatura do ar (verde) a 2 m de altura, b) média diária da pressão atmosférica ao nível médio do mar (hPa), c) direção predominante do vento a 2,5 m de altura; C indica calmaria, d) totais diários de precipitação (mm) contabilizados entre 00:10 e 24:00 h, e) média diária da umidade relativa (%) a 2 m de altura e f) média diária da intensidade do vento (m/s) a 2,5 m de altura. 



Figura 2 Frente fria associada a um ciclone extratropical no dia 08/12/2023 às 1200Z. No lado esquerdo tem-se a carta sinótica elaborada pela Marinha do Brasil e no lado direito a imagem do satélite do canal 01 do satélite GOES-16 disponibilizada pelo INPE.




Figura 3 Frente fria associada a um ciclone próximo ao litoral de São Paulo no dia 11/12/2023 às 1200Z. No lado esquerdo tem-se a carta sinótica elaborada pela Marinha do Brasil e no lado direito a imagem do satélite do canal 01 do satélite GOES-16 disponibilizada pelo INPE.



Figura 4 Frente fria sobre o sul de Minas no dia 27/12/2023 às 1200Z. No lado esquerdo tem-se a carta sinótica elaborada pela Marinha do Brasil e no lado direito a imagem do satélite do canal 16 do satélite GOES-16 disponibilizada pelo INPE.





Figura 5 Frente fria com caráter costeiro no dia 30/12/2023 às 0000Z. No lado esquerdo tem-se a carta sinótica elaborada pela Marinha do Brasil e no lado direito a imagem do satélite do canal 01 do satélite GOES-16 disponibilizada pelo INPE.



Figura 6 Cobertura de nuvens média diária na cidade de Itajubá no mês de dezembro de 2023.




Figura 7  Maior valor diário do Índice de Estresse Térmico na cidade de Itajubá no mês de dezembro de 2023.


Autores: Natan Chrysostomo de Oliveira Nogueira e Michelle Simões Reboita.


quarta-feira, 10 de janeiro de 2024

Boletim Meteorológico Mensal da Unifei - Volume 13 - Número 11

As condições atmosféricas em Itajubá no mês de novembro de 2023, medidas na estação meteorológica automática localizada na UNIFEI, são apresentadas na Figura 1. Neste mês, a temperatura média do ar oscilou entre 19,2ºC e 27,9°C (a média foi 23,5ºC, +1,6°C acima da média). As médias de temperaturas mínimas e máximas foram, respectivamente, 18,1°C e 30,5°C (anomalias de +2,2°C e +0,3°C). A maior temperatura máxima registrada foi 35,7ºC (dia 13 e 14), e a menor temperatura mínima foi 12,7ºC (dia 06). As médias mensais de umidade relativa do ar e da intensidade do vento foram 73% e 1,22 m/s (4,4 km/h), respectivamente. No mês de novembro a direção predominante do vento foi de Noroeste. Houve 14 dias com precipitação, sendo 12 dias com precipitação acima de 0,4 mm, totalizando 145,2 mm (79% da média).


No mês de novembro de 2023, três frentes frias influenciaram o sul de Minas Gerais. A primeira frente fria que passou sobre a região entre os dias 03 e 04 (Figura 2) causou o maior acumulado diário do mês, 58 mm (dia 03). Após isso, a alta pós-frontal ocasionou entre os dias 05 e 09 baixa umidade relativa do ar (29%, dia 08) e queda na temperatura mínima (12,7°C, dia 06). Além disso, entre os dias 12 e 18, ocorreu uma intensa onda de calor que atingiu Itajubá, trazendo uma sequência de dias quentes e secos e recorde de temperatura máxima do mês nos dias 13 e 14 (35,7°C), sendo o novembro mais quente registrado pela estação. A segunda frente fria que chegou no sul de Minas entre o dia 19 (Figura 3) associada a um cavado conseguiu interromper a onda de calor, precipitando 13,2 mm. A terceira frente fria que atuou na região entre os dias 22 e 23 (Figura 4), ocasionou um total de 32,6 mm, queda na temperatura máxima no dia 25 (23,1°C) e alta nebulosidade. Por fim, entre os dias 28 e 30, devido à atuação de cavados e grande instabilidade atmosférica e disponibilidade de umidade, choveu 31,8 mm nesse período.


Com relação à nebulosidade (Figura 5), a média mensal da cobertura diária de nuvens foi de 49%. O dia mais nebuloso foi o dia 19 de novembro do que se tem registrado.


O maior valor do Índice de Estresse Térmico (IET) por dia no mês de novembro é mostrado na Figura 6. De forma geral, o IET serve como um guia para quem realiza atividades físicas, sendo que os valores de IET menores ou iguais a 25 indicam risco baixo à saúde, valores entre 26 e 33 risco moderado, já valores maiores do que 33, risco extremo. Considerando a série temporal do maior valor diário de IET, o menor valor registrado foi 22,3 (dia 25), o maior valor foi 31,0 (dia 14), a média mensal foi 27.8 e a média da hora de ocorrência do maior IET 13h32. Assim, recomenda-se a não realização de atividades físicas por cerca das 12:00 às 16:00 horas. É válido ressaltar que o IET decresce quando há alta cobertura de nuvens e temperaturas mais baixas e aumenta quando há condições atmosféricas opostas (Figuras 5 e 6)


Com relação ao índice de aridez (IA; detalhes sobre esse índice são apresentados no volume 3 (04)) foi igual a 1,27, o que caracteriza um clima úmido.


Para aqueles que tiverem interesse em saber em tempo real a evolução das variáveis atmosféricas em Itajubá, esse boletim deixa como sugestão o acesso aos sites:


http://meteorologia.unifei.edu.br 


https://www.wunderground.com/dashboard/pws/IITAJUB5/


Aos leitores que tiverem interesse no monitoramento dos ciclones na América do Sul e a previsão climática sazonal nas diferentes regiões do país, sugerimos o acesso à página:


www.grec.iag.usp.b




Figura 1 Variáveis atmosféricas observadas no mês de novembro de 2023 na estação meteorológica automática localizada no campus da Universidade Federal de Itajubá (latitude 22º 24’ 46” e longitude 45º 27’06”): a) temperatura (oC) máxima diária (vermelho), temperatura mínima diária (azul) e média diária da temperatura do ar (verde) a 2 m de altura, b) média diária da pressão atmosférica ao nível médio do mar (hPa), c) direção predominante do vento a 2,5 m de altura; C indica calmaria, d) totais diários de precipitação (mm) contabilizados entre 00:10 e 24:00 h, e) média diária da umidade relativa (%) a 2 m de altura e f) média diária da intensidade do vento (m/s) a 2,5 m de altura.


Figura 2 Frente fria associada a um ciclone extratropical no dia 04/11/2023 às 1200Z. No lado esquerdo tem-se a carta sinótica elaborada pela Marinha do Brasil e no lado direito a imagem do satélite do canal 01 do satélite GOES-16 disponibilizada pelo INPE.




Figura 3 Frente fria associada a um cavado no dia 19/11/2023 às 1200Z. No lado esquerdo tem-se a carta sinótica elaborada pela Marinha do Brasil e no lado direito a imagem do satélite do canal 01 do satélite GOES-16 disponibilizada pelo INPE.



Figura 4 Frente fria sobre o sul de Minas no dia 23/11/2023 às 1200Z. No lado esquerdo tem-se a carta sinótica elaborada pela Marinha do Brasil e no lado direito a imagem do satélite do canal 01 do satélite GOES-16 disponibilizada pelo INPE.



Figura 5 Cobertura de nuvens média diária na cidade de Itajubá no mês de novembro de 2023.





Figura 6  Maior valor diário do Índice de Estresse Térmico na cidade de Itajubá no mês de novembro de 2023.


Autores: Natan Chrysostomo de Oliveira Nogueira e Michelle Simões Reboita.

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