quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Monitoramento Meteorológico Mensal Novembro/2012


As condições atmosféricas em Itajubá no mês de novembro de 2012, medidas na estação meteorológica automática localizada na UNIFEI, são apresentadas na Figura 1. Neste mês, a temperatura do ar média oscilou entre 19,6º C e 25,0º C (a média foi 22,2º C). A maior temperatura máxima registrada foi 33,4º C (dia 23) e a menor temperatura mínima foi 11,6º C (dia 18). As médias mensais da umidade relativa do ar e da intensidade do vento foram 73,6% e 0,66 m/s (2,4 km/h), respectivamente. O vento de sul foi predominante durante o período. A precipitação concentrou-se em 15 dias do mês e contabilizou um total de 101,8 mm.

No dia 01/11 foi observado um sistema de alta pressão em superfície na costa do Rio Grande do Sul (Figura 2a). Os ventos desse sistema no sentido anti-horário ao encontrarem os ventos no sentido horário do ciclone mais afastado do continente geraram ventos de sul que atingiram o sul de Minas Gerais (MG). O encontro desses ventos com os ventos proveniente do interior do continente em direção a MG (Figura 2b) e o aquecimento diurno da superfície foram responsáveis pela precipitação.

Na primavera e verão, a maior parte da ocorrência de precipitação está associada com a ascensão do ar devido ao intenso aquecimento da superfície continental e pelo encontro dos ventos (convergência) numa dada região. Esses dois mecanismos podem ocorrer individualmente ou concomitantemente. A ocorrência simultânea desses mecanismos foi responsável pela chuva nos dias 03 (Figura 3), 09 (Figura 4),10, 15, 19, 20, 24, 25 e 28 de novembro.

Com relação à nebulosidade (Figura 5), o céu permaneceu com maior cobertura diária de nuvens na primeira quinzena de novembro, sendo os dias 09 e 10 os mais nebulosos. Já a média mensal da cobertura diária de nuvens foi de 53%.

A partir desse boletim será incluída uma nova variável: o Índice de Estresse Térmico (IET) que é obtido através de uma relação entre a temperatura do ar, umidade relativa e radiação atmosférica. Os valores do IET são categorizados em três faixas (Tabela 1), de acordo com Moran et al. (2001). O índice serve como um guia para quem realiza atividades físicas. O risco à saúde tende a crescer a partir do valor de 26 unidades de IET, tornando-se extremo acima de 33.

Tabela 1: Índice de Estresse Térmico (IET) e riscos à saúde.
Valor do IET
Risco à saúde
Menor ou igual a 25
Baixo
26 a 33
Moderado a risco alto
Maior do que 33
Extremo

Fonte: MORAN, D.S.; PANDOLF, K.B.;  SHAPIROA, Y.;  HELEDA, Y.. SHANIA,  Y. ; MATHEWB, W.T.; GONZALEZ, R.R. An environmental stress index (ESI) as a substitute for the wet bulb globe temperature (WBGT). Journal of Thermal Biology. 2001, v.  26, p. 427–431.

Nesse e nos futuros boletins será mostrado o maior IET ocorrido em cada dia do mês. No caso de novembro (Figura 6), o maior valor de IET foi 28,7 (dia 24), o menor valor foi 23,5 (dia 14) e a média mensal foi 26,1. Com base na Figura 6, nota-se que em vários dias do mês o IET atingiu a categoria de risco à saúde moderado a alto. A partir do próximo boletim serão indicados, também, os horários do dia mais críticos, baseado no IET, para a realização de atividades laborais.

Esse boletim deixa como sugestão o acesso ao sítio www.grec.iag.usp.br, aos leitores que tiverem interesse no monitoramento dos ciclones na América do Sul e a previsão climática sazonal nas diferentes regiões do país.


Figura 1 Variáveis atmosféricas medidas no mês de novembro de 2012 na estação meteorológica automática localizada no campus da Universidade Federal de Itajubá (latitude 22º 24’ 46” e longitude 45º 27’06”): a) temperatura (oC) máxima diária (vermelho), temperatura mínima diária (azul) e média diária da temperatura do ar (verde) a 2 m de altura, b) média diária da pressão atmosférica ao nível médio do mar (hPa), c) direção predominante do vento a 2,5 m de altura; C indica calmaria, d) totais diários de precipitação (mm) contabilizados entre 00:10 e 24:00 h, e) média diária da umidade relativa (%) a 2 m de altura e f) média diária da intensidade do vento (m/s) a 2,5 m de altura.



Figura 2 Análise sinótica a) ao nível médio do mar e b) no nível de 850 hPa dia 01/11/2012 às 18Z (15 horas local) mostrando uma região de alta pressão próxima ao Rio Grande do Sul e um ciclone a leste da alta. Essa situação favorece ventos de sul que chegam ao sudeste do Brasil. Fonte: GPT/CPTEC/INPE.




Figura 3 Carta sinótica no nível de 850 hPa no dia 03/11/2012 às 18Z (15 horas local) mostrando uma região de convergência de ventos no sul de Minas Gerais. Fonte: GPT/CPTEC/INPE.



Figura 4 Análise sinótica a) ao nível médio do mar e b) no nível de 850 hPa dia 09/11/2012 às 18Z (15 horas local). Em superfície há um cavado no campo da pressão (linha amarela tracejada) e, nessa mesma região, a carta de 550 hPa mostra convergência dos ventos. Fonte: GPT/CPTEC/INPE.



Figura 5 Cobertura de nuvens média diária na cidade de Itajubá no mês de novembro de 2012.




Figura 6 Maior valor diário do Índice de Estresse Térmico na cidade de Itajubá no mês de novembro de 2012.









Resumo informativo sobre o tempo em Itajubá
Programa de Graduação em Ciências Atmosféricas - Instituto de Recursos Naturais – Universidade Federal de Itajubá
n° 25 – mês de referência: Novembro/2012 
Desenvolvimento: Profa. Michelle Reboita
Coordenação: Prof. Marcelo de Paula Corrêa
Colaboração Docente: Profs. Arcilan Assireu e Luiz Felipe Silva
Colaboração Discente: Carolina Gouveia e Isabella Fortes
Colaboração Técnica: Tatiana Amaro




sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Monitoramento Meteorológico Mensal Outubro/2012



As condições atmosféricas em Itajubá no mês de outubro de 2012, medidas na estação meteorológica automática localizada na UNIFEI, são apresentadas na Figura 1. Neste mês, a temperatura do ar média oscilou entre 19,3º C e 26,4º C (a média foi 22,5º C). A maior temperatura máxima registrada foi 35,4º C (dia 30) e a menor temperatura mínima foi 10,1º C (dia 01). As médias mensais da umidade relativa do ar e da intensidade do vento foram 69,1% e 0,58 m/s (2,1 km/h), respectivamente. Já a direção predominante do vento foi a norte. Em 14 dias do mês ocorreu precipitação, contabilizando um total de 101,8 mm.

Dos 14 dias com chuva, 5 ocorreram na primeira quinzena do mês, enquanto 9 na segunda quinzena. A chuva registrada entre os dias 11 e 13 de outubro esteve associada ao acoplamento de dois sistemas: uma frente semi-estacionária e uma Zona de Convergência de Umidade (ZCOU, Figura 2). Esses sistemas também causaram grande nebulosidade em Itajubá como mostra a Figura 3.

A chuva registrada na segunda quinzena de outubro foi em sua maior parte convectiva. Durante o dia a temperatura do ar se eleva e faz o ar ascender atingindo níveis mais altos da atmosfera. Como o ar transporta umidade, essa acaba condensando e formando nuvens que posteriormente precipitam.

A Figura 3 mostra a média diária da cobertura de nuvens em Itajubá. A média mensal dessa variável foi de 41%, o que indica que quase metade da abóbada celeste permaneceu coberta por nuvens diariamente.

Os leitores que tiverem interesse no monitoramento dos ciclones na América do Sul, dirijam-se ao sítio www.grec.iag.usp.br.



Figura 1 Variáveis atmosféricas medidas no mês de outubro de 2012 na estação meteorológica automática localizada no campus da Universidade Federal de Itajubá (latitude 22º 24’ 46” e longitude 45º 27’06”): a) temperatura (oC) máxima diária (vermelho), temperatura mínima diária (azul) e média diária da temperatura do ar (verde) a 2 m de altura, b) média diária da pressão atmosférica ao nível médio do mar (hPa), c) direção predominante do vento a 2,5 m de altura; C indica calmaria, d) totais diários de precipitação (mm) contabilizados entre 00:10 e 24:00 h, e) média diária da umidade relativa (%) a 2 m de altura e f) média diária da intensidade do vento (m/s) a 2,5 m de altura. 



Figura 2 Análise sinótica ao nível médio do mar no dia a) 12/10/2012 às 18Z (15 horas local)  e b) 13/10/2012 às 06Z (03 horas local) mostrando uma frente semi-estacionária sobre a região sul de Minas Gerais, sendo que no dia 13 esse sistema se acopla a uma Zona de Convergência de Umidade (traços em verde). Fonte: GPT/CPTEC/INPE.



Figura 3 Simulação numérica da cobertura de nuvens média diária na cidade de Itajubá em outubro de 2012.







Resumo informativo sobre o tempo em Itajubá
Programa de Graduação em Ciências Atmosféricas - Instituto de Recursos Naturais – Universidade Federal de Itajubá
n° 24 – mês de referência: Outubro/2012 
Desenvolvimento: Profa. Michelle Reboita
Colaboração: Prof. Arcilan Trevenzoli Assireu
       
                      Isabella Fortes Guimarães
                      Carolina Daniel Gouveia 
                      Técnica:Tatiana Amaro




terça-feira, 23 de outubro de 2012

Monitoramento Meteorológico Mensal Setembro/2012


As condições atmosféricas em Itajubá no mês de setembro de 2012, medidas na estação meteorológica automática localizada na UNIFEI, são apresentadas na Figura 1. Neste mês, a temperatura do ar média oscilou entre 13,3º C e 24,2º C (a média foi 19,9º C). A maior temperatura máxima registrada foi 33,4º C (dia 19) e a menor temperatura mínima foi 6,2º C (dias 27 e 28). As médias mensais da umidade relativa do ar e da intensidade do vento foram 66,5% e 0,69 m/s (2,5 km/h), respectivamente. Já a direção predominante do vento foi a norte. Em 4 dias do mês ocorreu precipitação, contabilizando um total de 32,4 mm.
Na primeira quinzena do mês, os dias apresentaram pouca nebulosidade (Figura 2), o que foi decorrente tanto da atuação da porção oeste do Anticiclone Subtropical do Atlântico Sul (Figura 2), quanto de sistemas de alta pressão transientes na região. Já na segunda quinzena, há dois períodos com grande nebulosidade. Estes, estiveram associados à passagem de frentes frias (Figura 3) pela região, que também foram responsáveis pelos dois períodos (20-21 e 25-26) chuvosos.

Os leitores que tiverem interesse no monitoramento dos ciclones na América do Sul, dirijam-se ao sítio www.grec.iag.usp.br.

Figura 1 Variáveis atmosféricas medidas no mês de setembro de 2012 na estação meteorológica automática localizada no campus da Universidade Federal de Itajubá (latitude 22º 24’ 46” e longitude 45º 27’06”): a) temperatura (oC) máxima diária (vermelho), temperatura mínima diária (azul) e média diária da temperatura do ar (verde) a 2 m de altura, b) média diária da pressão atmosférica ao nível médio do mar (hPa), c) direção predominante do vento a 2,5 m de altura; C indica calmaria, d) totais diários de precipitação (mm) contabilizados entre 00:10 e 24:00 h, e) média diária da umidade relativa (%) a 2 m de altura e f) média diária da intensidade do vento (m/s) a 2,5 m de altura.


Figura 2 Simulação numérica da cobertura de nuvens média diária na cidade de Itajubá em setembro de 2012.


Figura 3 Análise sinótica ao nível médio do mar no dia 08/09/2012 às 12 Z (09 horas local) mostrando a atuação do setor oeste do Anticiclone Subtropical do Atlântico Sul sobre a região sudeste do Brasil através das isóbaras (linhas amarelas). Fonte: GPT/CPTEC/INPE.




Figura 4 Análise sinótica ao nível médio do mar no dia a) 22/09/2012 e b) 26/09/2012 às 12Z (09 horas local) mostrando frentes sobre a região sul de Minas Gerais. Fonte: GPT/CPTEC/INPE.









Resumo informativo sobre o tempo em Itajubá
Programa de Graduação em Ciências Atmosféricas - Instituto de Recursos Naturais – Universidade Federal de Itajubá
n° 23 – mês de referência: Setembro/2012 
Desenvolvimento: Profa. Michelle Reboita
Colaboração: Prof. Arcilan Trevenzoli Assireu
       
                      Isabella Fortes Guimarães
                      Carolina Daniel Gouveia 
                      Técnica:Tatiana Amaro



quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Boletim Meteorológico -Agosto 2012



As informações de temperatura e precipitação apresentadas nesse informativo foram baseadas nos dados registrados a cada três horas na estação automática pertencente ao INPE/IGAM localizada no campus da UNIFEI em Itajubá.

A Figura 1 mostra a temperatura do ar média diária e as temperaturas mínima e máxima no mês de agosto. A temperatura do ar média oscilou entre 11,2º C e 19,9º C (a média foi 15,8º C). A maior temperatura máxima registrada foi 29,5º C (dias 22 e 23) e a menor temperatura mínima foi 5º C (dias 24 e 25). Ao longo de todo o mês não houve registro de precipitação.

A ausência de chuva em agosto foi decorrente da influência de sistemas de alta pressão estendendo-se do oceano Atlântico ao leste do Brasil (Figura 2). Estes sistemas dificultaram a passagem de frentes frias no sudeste do Brasil, que são os sistemas mais importantes para a chuva no inverno nesta região, bem como a formação de ciclones.

 Os leitores que tiverem interesse em saber o número e trajetórias dos ciclones no Atlântico Sul no mês em análise podem se dirigir ao sítio www.grec.iag.usp.br.



Figura 1 Variáveis atmosféricas medidas no mês de agosto de 2012 na estação meteorológica automática do INPE/IGAM localizada no campus da Universidade Federal de Itajubá (latitude 22º 24’ 46” e longitude 45º 27’06”): temperatura (oC) máxima diária (vermelho), temperatura mínima diária (azul) e média diária da temperatura do ar (verde).




Figura 2 Análise sinótica no nível médio do mar a)  no dia 01/08/12 às 18 Z (15 horas local) e b) no dia 18/08/12 às 18 Z (15 horas local) mostrando as linhas de pressão (linhas amarelas) estendendo-se do Atlântico ao leste do Brasil. A letra A nas figuras indica o centro dos sistemas de alta pressão. Fonte: INPE/CPTEC/GPT.






Resumo informativo sobre o tempo em Itajubá
Programa de Graduação em Ciências Atmosféricas - Instituto de Recursos Naturais – Universidade Federal de Itajubá
n° 22 – mês de referência: Agosto/2012 
Desenvolvimento: Profa. Michelle Reboita
Colaboração: Prof. Arcilan Trevenzoli Assireu
       
                      Isabella Fortes Guimarães
                      Carolina Daniel Gouveia 
                      Técnica:Tatiana Amaro









segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Boletim Meteorológico -Julho 2012


As informações de temperatura e precipitação apresentadas nesse informativo foram baseadas nos dados registrados a cada três horas na estação automática pertencente ao INPE/IGAM localizada no campus da UNIFEI em Itajubá.

A Figura 1 mostra a temperatura do ar média diária, as temperaturas mínima e máxima e o total diário de precipitação no mês de julho. A temperatura do ar média oscilou entre 10,7º C e 18,8º C (a média foi 15,4º C). A maior temperatura máxima registrada foi 29,5º C (dias 23, 24, 28 e 29) e a menor temperatura mínima foi 5,5º C (dias 10 e 18). Em cinco dias do mês ocorreu precipitação, contabilizando um total de 33,5 mm.

A primeira ocorrência de precipitação no mês (dia 08) foi devido à influência de uma frente fria semi-estacionáriana região sul de Minas Gerais (Figura 2). Um sistema frontal também foi o responsável por precipitação no dia 12/07. Mesmo não estando sobre o sul de Minas Gerais, favoreceu a chuva por induzir convergência dos ventos sobre essa região e estado de São Paulo (Figura 3b). O último período com chuvas no mês se estendeu entre os dias 16 e 18. Neste, a formação de uma área de baixa pressão na costa sudeste do Brasil, que evoluiu para um ciclone no dia 18, favoreceu a canalização do ar para tal região contribuindo para a chuva (Figura 4).

 Os leitores que tiverem interesse em saber o número e trajetórias dos ciclones no Atlântico Sul no mês em análise podem se dirigir ao sítio www.grec.iag.usp.br.





Figura 1 Variáveis atmosféricas medidas no mês dejulhode 2012 na estação meteorológica automática do INPE/IGAM localizada no campus da Universidade Federal de Itajubá (latitude 22º 24’ 46” e longitude 45º 27’06”): a) temperatura (oC) máxima diária (vermelho),temperatura mínima diária (azul) e média diária da temperatura do ar (verde) e b) totais diários de precipitação (mm).





Figura 2 Análise sinótica ao nível médio do mar no dia 08/07/2012 às 18 Z (15 horas local)mostrando uma frente fria semi-estacionária (linha com cor vermelha e azul alternadas) sobre o sul de Minas Gerais.Fonte: INPE/CPTEC/GPT.


Figura 3 a) Análise sinótica no nível médio do mar e b) no nível de 850 hPa no dia 12/07/12 às 12 Z (9 horas local) mostrando uma frente fria próxima ao sul de Minas Gerais (a) e o escoamento atmosférico convergindo (setas laranjas) sobre o sudeste do Brasil.Fonte: INPE/CPTEC/GPT.





Figura 4 a) Análise sinótica no nível médio do mar e b) no nível de 850 hPa no dia 17/07/12 às 18 Z (15 horas local) mostrando a formação de uma área de baixa pressão atmosférica na costa da região sudeste do Brasil (linha amarela ondulada próxima da costa de São Paulo e Minas Gerais na figura a).Fonte: INPE/CPTEC/GPT.







Resumo informativo sobre o tempo em Itajubá
Programa de Graduação em Ciências Atmosféricas - Instituto de Recursos Naturais – Universidade Federal de Itajubá
n° 21 – mês de referência: Julho/2012 
Desenvolvimento: Profa. Michelle Reboita
Colaboração: Prof. Arcilan Trevenzoli Assireu
       
                      Isabella Fortes Guimarães
                      Carolina Daniel Gouveia 
                      Técnica:Tatiana Amaro





quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Boletim Meteorológico -Junho 2012


As informações de temperatura e precipitação apresentadas nesse informativo foram baseadas nos dados registrados na estação automática pertencente ao INPE/IGAM. Os dados medidos são registrados a cada três horas.

A Figura 1 mostra a temperatura do ar média diária, as temperaturas mínima e máxima e o total diário de precipitação no mês de junho. A temperatura do ar média oscilou entre 12,2º C e 18,7º C (a média foi 16,8º C). A maior temperatura máxima registrada foi 28,5º C (dias 01, 04 e 05) e a menor temperatura mínima foi 7º C (dia 20). Ressalta-se que no dia 21 de junho a temperatura mínima registrada foi 15º C, que é maior do que o dobro da mínima do dia 20. No dia 22 a temperatura mínima ainda manteve-se alta. Provavelmente, ocorreu algum problema de superestimação no registro das mínimas nos dias 21 e 22, já que esses dias sucedem ao da passagem de uma frente fria.

Em onze dias do mês ocorreu precipitação, contabilizando um total de 105,5 mm, que é um valor elevado para um mês de inverno quando se esperam valores de cerca de 20 mm/mês na região. Duas frentes frias semi-estacionárias na região sudeste do Brasil contribuíram para o elevado total de precipitação em junho, como será mostrado.

O baixo total de precipitação registrado no dia 1º de junho foi decorrente da passagem de uma frente fria. A chuva ocorrida entre os dias 05 a 08 de junho também foi devida à passagem de frente fria (Figura 2). Esse sistema se manteve semi-estacionário no norte do estado de São Paulo e favoreceu a convergência dos ventos sobre o sul de Minas Gerais, o que propiciou a formação de nuvens e chuva.

No dia 11 de junho a formação de uma área de baixa pressão sobre o oceano próxima da costa sudeste do Brasil ajudou a canalizar os ventos do continente em direção ao oceano (Figura 3). Esse escoamento sobre o sul de Minas Gerais contribuiu para a precipitação.

O último período (19 a 22) com chuvas no mês foi decorrente da passagem de uma frente fria. Esse sistema se manteve semi-estacionário sobre o centro-norte do estado de São Paulo e favoreceu o escoamento do vento do continente em direção ao oceano. O encontro dos ventos sobre o sul de Minas Gerais favoreceu a chuva.

 Os leitores que tiverem interesse em saber o número e trajetórias dos ciclones no Atlântico Sul no mês em análise podem se dirigir ao sítio www.grec.iag.usp.br.






Figura 1 Variáveis atmosféricas medidas no mês de junho de 2012 na estação meteorológica automática do INPE/IGAM localizada no campus da Universidade Federal de Itajubá (latitude 22º 24’ 46” e longitude 45º 27’06”): a) temperatura (oC) máxima diária (vermelho), temperatura mínima diária (azul) e média diária da temperatura do ar (verde) e b) totais diários de precipitação (mm).


Figura 2 a) Análise sinótica ao nível médio do mar no dia 05/06/2012 às 12 Z (09 horas local) mostrando uma frente fria semi-estacionária sobre o estado de São Paulo e b) análise sinótica no nível de 850 hPa mostrando o escoamento atmosférico convergindo (setas laranjas) sobre o norte de São Paulo e sul de Minas Gerais. Fonte: Fonte: INPE/CPTEC/GPT.







Figura 3 a) Análise sinótica ao nível médio do mar no dia 11/06/2012 às 12 Z (09 horas local) mostrando uma região de baixa pressão sobre o oceano próxima da região sudeste do Brasil (indicada pela letra B) e b) análise sinótica no nível de 850 hPa mostrando o escoamento atmosférico convergindo (setas laranjas) sobre o norte de São Paulo e sul de Minas Gerais. Fonte: Fonte: INPE/CPTEC/GPT.









Resumo informativo sobre o tempo em Itajubá
Programa de Graduação em Ciências Atmosféricas - Instituto de Recursos Naturais – Universidade Federal de Itajubá
n° 20 – mês de referência: Junho/2012 
Desenvolvimento: Profa. Michelle Reboita
Colaboração: Prof. Arcilan Trevenzoli Assireu
       
                      Isabella Fortes Guimarães
                      Carolina Daniel Gouveia 
                      Técnica:Tatiana Amaro










quinta-feira, 14 de junho de 2012

Boletim Meteorológico -Maio 2012



Desde o mês de abril de 2012 a estação meteorológica da UNIFEI está em manutenção. Assim, as informações de temperatura e precipitação apresentadas nesse informativo foram baseadas nos dados registrados na estação automática pertencente ao INPE/IGAM, que está instalada ao lado da estação da UNIFEI.

A Figura 1 mostra a média diária da temperatura máxima, mínima e média e o total diário de precipitação no mês de maio. A temperatura do ar média oscilou entre 13,6º C e 21,1º C (a média foi 16,7º C). A maior temperatura máxima registrada foi 28,5º C (dia 31) e a menor temperatura mínima foi 6,5º C (dias 02 e 03). Em cinco dias do mês ocorreu precipitação, contabilizando um total de 23,2 mm, que foi cerca de 85% inferior ao total registrado em abril.

No mês de maio, duas frentes frias atuaram no sul de Minas Gerais: uma no dia 1º e outra no dia 14. A primeira frente fria, na verdade, foi um sistema que chegou ao sul do estado no último dia de abril e se manteve estacionário na região. A frente fria do dia 14 (Figura 2) foi responsável por mais da metade do total de precipitação ocorrido em maio(Figura 1b). Após a passagem da frente pelo sul de Minas Gerais,as temperaturas mínimas e médias diminuíram (Figura 1a).

O segundo período (dias 25 a 27) com chuvas no mês esteve associado à formação de uma região de baixa pressão entre a costa da região sul e sudeste do Brasil. Como o escoamento atmosférico foi induzido para a região da baixa pressão, acabou gerando uma zona de convergência de umidade entre o norte de São Paulo e o sul de Minas Gerais, o que contribui para a chuva (Figura 3).

 Os leitores que tiverem interesse em saber o número e trajetórias dos ciclones no Atlântico Sul no mês em análise podem se dirigir ao sítio www.grec.iag.usp.br.













Figura 1Variáveis atmosféricas medidas no mês demaio de 2012 na estação meteorológica automática do INPE/IGAM localizada no campus da Universidade Federal de Itajubá (latitude 22º 24’ 46” e longitude 45º 27’06”): a) temperatura (oC) máxima diária (vermelho), temperatura mínima diária (verde) e média diária da temperatura do ar (azul) e b) totais diários de precipitação (mm).


Figura 2 Análise sinótica ao nível médio do mar no dia 14/05/2012 às 00 Z (21 horas local do dia anterior) e às 06 Z (03 horas local) mostrando uma frente fria sobre o sul de Minas Gerais.Fonte: INPE/CPTEC/GPT.



Figura 3 Análise sinótica no nível de 850 hPa no dia 26/05/2012 às 12 Z (09 horas local) mostrando o escoamento atmosférico convergindo (setas laranjas) sobre o sul de Minas Gerais.Fonte: INPE/CPTEC/GPT.







ANEXO:

Aluno da Graduação em Ciências Atmosféricas da UNIFEI embarca em expedição científica a bordo de navio da Marinha do Brasil.
No dia 11 de junho, tendo em vista atender o projeto científico ACEx/CNPq, o navio da Marinha do Brasil Cruzeiro do Sul (Figura 1) partiu do porto de Itajaí. Além dos 32 tripulantes, viajam 16 pesquisadores de diversas universidades e instituições, dentre elas USP, INPE, FURG, UFSM, UFRJ e UFPR. A UNIFEI está representada pelo aluno do terceiro ano em Ciências Atmosféricas Rafael dos Reis Pereira. O aluno, que é orientado de Iniciação Científica do Prof. Arcilan T. Assireu compõe um seleto grupo de pesquisadores que estarão, durante 17 dias, estudando, através de sofisticada instrumentação, os fluxos de momento, calor e gás entre oceano e atmosfera.
O projeto ACEx(AtlanticOceanCarbonExperiment): Estudo observacional e numérico dos fluxos de calor, momento e CO2 na interface oceano-atmosfera do Atlântico Sul visa estudar, por meio de observações e modelos numéricos, as interações entre o oceano e a atmosfera em micro e meso-escalas na região do Atlântico Sul e Austral, visando entender as trocas que ocorrem na interface oceano-atmosfera por meios de fluxos de momento, calor e CO2. O projeto conduzirá estudos multidisciplinares que abordarão alguns aspectos desta importante região oceânica do hemisfério sul, tais como as trocas de gases de efeito estufa (GEE) entre o oceano e a atmosfera na região de estudo, os níveis de concentração do CO2 na atmosfera e de outros constituintes relevantes ao clima do Planeta Terra.Também,aspectos da instabilidade da camada limite atmosférica que influenciam diretamente no comportamento dos fluxos na interface ar-mar estarão sendo investigados. Para tal, serão estudadas regiões que apresentam um intenso contraste térmico oceânico, tais como a região geográfica do Oceano Atlântico Sudoeste, incluindo a zona costeira do sul do Brasil e a confluência Brasil-Malvinas e a atmosfera adjacente.
Um método e equipamento desenvolvidos pelo Prof. Arcilan Assireu com colaboração dos Profs. Alexandre Barbosa e Rodrigo Rodrigues,cuja patente já foi requerida, foi embarcado e estará sendo utilizado nas etapas de parametrização do coeficiente de troca gasosa a partir do estado do mar.O equipamento consiste de um sistema estabilizador para tomadas de cenas em plataformas de baixa estabilidade (Figura 2).


Figura 1 – Navio de Apoio Oceanográfico Cruzeiro do Sul (H-38).

Figura 2 – Sistema de imageamento em plataformas de baixa estabilidade.







Resumo informativo sobre o tempo em Itajubá
Programa de Graduação em Ciências Atmosféricas - Instituto de Recursos Naturais – Universidade Federal de Itajubá
n° 19 – mês de referência: Maio/2012 
Desenvolvimento: Profa. Michelle Reboita
Colaboração: Prof. Arcilan Trevenzoli Assireu
       
                      Isabella Fortes Guimarães
                      Carolina Daniel Gouveia 
                      Técnica:Tatiana Amaro










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