quinta-feira, 14 de abril de 2016

Boletim Meteorológico Mensal da Unifei - Volume 06 - Número 03

As condições atmosféricas em Itajubá no mês de março de 2016, medidas na estação meteorológica automática localizada na UNIFEI, são apresentadas na Figura 1. Neste mês, a temperatura média do ar oscilou entre 18,7ºC e 24,2ºC (a média foi 22,2ºC). A maior temperatura máxima registrada foi 31,4ºC (dia 19) e a menor temperatura mínima foi 14,2ºC (dia 27). As médias mensais da umidade relativa do ar e da intensidade do vento foram 82,6% e 0,17 m/s (0,62 km/h), respectivamente. No mês de março a direção predominante do vento foi a norte. Em 23 dias do mês ocorreu recolhimento no pluviômetro totalizando 214,2 mm.

De acordo com as cartas sinóticas do GPT/CPTEC/INPE, somente uma frente fria atuou no sul de Minas Gerais em março e isso foi no dia 1º. Tal frente era a mesma que estava atuando no dia 29 de fevereiro na região. O elevado total mensal de precipitação em março foi devido ao intenso aquecimento da superfície, convecção e presença de umidade favorecida pelas zonas de convergência de umidade (Figura 2). De fato, do dia 1º a 05 de março, 11 a 12 e 26 a 27, essas zonas foram bastante atuantes no sul de Minas Gerais.

Com relação à nebulosidade (Figura 3), a média mensal da cobertura diária de nuvens foi de 52,2%. Os dias mais nebulosos correspondem aos dias da atuação das zonas de convergência de umidade: 1º a 05 de março, 11 a 12 e 26 a 27.

O maior valor do Índice de Estresse Térmico (IET) por dia no mês de março é mostrado na Figura 4. Detalhes sobre o IET são fornecidos no volume 2 (11) deste boletim. De forma geral, o IET serve como um guia para quem realiza atividades físicas, sendo que os valores de IET menores ou iguais a 25 indicam risco baixo à saúde, valores entre 26 e 33 risco moderado, já valores maiores do que 33, risco extremo. Considerando a série temporal do maior valor diário de IET, o menor valor registrado foi 21,6 (dia 1), o maior valor foi 29,1 (dia 28), a média mensal foi 27,1 e a média da hora de ocorrência do maior IET, 13h30. Assim, recomenda-se a não realização de atividades físicas por cerca das 12:00 às 15:00 horas. É válido ressaltar que o IET decresce quando há alta cobertura de nuvens e temperaturas mais baixas e aumenta quando há condições atmosféricas opostas.

Com relação ao índice de aridez (IA; detalhes sobre esse índice são apresentados no volume 3 (04) deste boletim) este foi igual a 2,24 o que indica um clima úmido.

Esse boletim deixa como sugestão o acesso aos sítios



para aqueles que tiverem interesse em saber em tempo real a evolução das variáveis atmosféricas em Itajubá e o sítio


aos leitores que tiverem interesse no monitoramento dos ciclones na América do Sul e a previsão climática sazonal nas diferentes regiões do país.
  
  
Figura 1 Variáveis atmosféricas medidas no mês de março de 2016 na estação meteorológica automática localizada no campus da Universidade Federal de Itajubá (latitude 22º 24’ 46” e longitude 45º 27’06”): a) temperatura (oC) máxima diária (vermelho), temperatura mínima diária (azul) e média diária da temperatura do ar (verde) a 2 m de altura, b) média diária da pressão atmosférica ao nível médio do mar (hPa), c) direção predominante do vento a 2,5 m de altura; C indica calmaria, d) totais diários de precipitação (mm) contabilizados entre 00:10 e 24:00 h, e) média diária da umidade relativa (%) a 2 m de altura e f) média diária da intensidade do vento (m/s) a 2,5 m de altura. Obs: A intensidade do vento está em km/h.




Figura 2 Carta sinótica de superfície no dia 1º de março de 2016 às 00 Z (21 horas local do dia anterior) mostrando a localização de uma frente fria sobre o sul de Minas Gerais interagindo com uma zona de convergência de umidade que se estende da Amazônia ao oceano Atlântico. Fonte: GPT-CPTEC-INPE.



Figura 3 Cobertura de nuvens média diária na cidade de Itajubá no mês de março de 2016.

 
 Figura 4 Maior valor diário do Índice de Estresse Térmico na cidade de Itajubá no mês de março de 2016.


Jornal confeccionado por: Michelle Simões Reboita e João Pedro Rodrigues da Silva.



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