As condições atmosféricas em Itajubá no mês de julho de
2015, medidas na estação meteorológica automática localizada na UNIFEI, são
apresentadas na Figura 1. Neste mês,
a temperatura média do ar oscilou entre 15,0ºC e 18,5ºC (a média foi 17ºC). A
maior temperatura máxima registrada foi 27,7ºC (dia 29) e a menor temperatura
mínima foi 9,2ºC (dia 29). As médias mensais da umidade relativa do ar e da
intensidade do vento foram 81% e 0,19 m/s (0,68 km/h), respectivamente. No mês
de julho a direção predominante do vento foi a norte. Em 5 dias do mês ocorreu recolhimento
no pluviômetro totalizando 27,2 mm. Embora tenha faltado dados de 09 a 19 de
julho, isso não implicou em subestimativa de precipitação, pois não houve chuva
no período mencionado (http://clima1.cptec.inpe.br/monitoramentoams/pt).
De acordo com as cartas sinóticas do GPT/CPTEC/INPE,
três frentes frias atuaram em julho no sul de Minas Gerais: dias 05, 22 e 25 (Figura 2b).
Com relação à nebulosidade (Figura 3), a média
mensal da cobertura diária de nuvens foi de 45,6%. Os dias mais nebulosos foram
05,07,08 e 25 de julho.
O maior valor do Índice de Estresse Térmico (IET) por
dia no mês de julho é mostrado na Figura
4. Detalhes sobre o IET são fornecidos no volume 2 (11) deste boletim. De
forma geral, o IET serve como um guia para quem realiza atividades físicas,
sendo que os valores de IET menores ou iguais a 25 indicam risco baixo à saúde,
valores entre 26 e 33 risco moderado, já valores maiores do que 33, risco
extremo. Considerando a série temporal do maior valor diário de IET, o menor
valor registrado foi 15,79 (dia 05), o maior valor foi 22,89 (dia 02), a média
mensal foi 20,94 e a média da hora de ocorrência do maior IET, 12,37 horas. Assim, recomenda-se a não realização de atividades
físicas por cerca das 12:00 às 15:00 horas. É válido ressaltar que o IET
decresce quando há alta cobertura de nuvens e temperaturas mais baixas e
aumenta quando há condições atmosféricas opostas.
Com relação ao índice de aridez (IA; detalhes sobre
esse índice são apresentados no volume 3 (04) deste boletim) este foi igual a 0,57
o que indica um clima sub-úmido seco.
Esse boletim deixa como sugestão o acesso aos sítios
para aqueles que tiverem interesse em saber em tempo real a evolução das
variáveis atmosféricas em Itajubá e o sítio
aos leitores que tiverem interesse no monitoramento dos ciclones na
América do Sul e a previsão climática sazonal nas diferentes regiões do país.
Figura
1 Variáveis atmosféricas medidas no mês de julho de 2015
na estação meteorológica automática localizada no campus da Universidade
Federal de Itajubá (latitude 22º 24’ 46” e longitude 45º 27’06”): a) temperatura
(oC) máxima diária (vermelho), temperatura mínima diária (azul) e
média diária da temperatura do ar (verde) a 2 m de altura, b) média
diária da pressão atmosférica ao nível médio do mar (hPa), c) direção
predominante do vento a 2,5 m de altura; C indica calmaria, d) totais
diários de precipitação (mm) contabilizados entre 00:10 e 24:00 h, e) média
diária da umidade relativa (%) a 2 m de altura e f) média diária da
intensidade do vento (m/s) a 2,5 m de altura.
Figura 2 Cartas sinóticas de superfície: a) dia 05 de julho às 12
Z (09 horas local), b) dia 22 às 06 Z (03 horas local) e c) dia 25 às 18 Z (15
horas local) mostrando a localização de frentes frias no sul de Minas Gerais
(linhas azuis com triângulos). Fonte: GPT-CPTEC-INPE.
Figura 3 Cobertura
de nuvens média diária na cidade de Itajubá no mês de julho de 2015.
Figura 4 Maior valor diário do Índice de Estresse Térmico na
cidade de Itajubá no mês de julho de 2015.
Jornal confeccionado por: Michelle Simões Reboita e João Pedro Rodrigues da Silva