domingo, 12 de setembro de 2021

Boletim Meteorológico Mensal da Unifei - Volume 11 - Número 06

As condições atmosféricas em Itajubá no mês de junho de 2021, medidas na estação meteorológica automática localizada na UNIFEI, são apresentadas na Figura 1. Neste mês, a temperatura média do ar oscilou entre 12,4ºC e 19,7°C (a média foi 16,8ºC). As médias de temperaturas mínimas e máximas foram, respectivamente, 11,3°C e 23,9°C (anomalias de +0,6 e -0,4°C, respectivamente). A maior temperatura máxima registrada foi 27,3ºC (dia 04) e a menor temperatura mínima foi 7,6ºC (dia 30). As médias mensais da umidade relativa do ar e da intensidade do vento foram 77,4% e 0,44 m/s (1,60 km/h), respectivamente. No mês de junho a direção predominante do vento foi a Sudeste. Houve 7 dias com precipitação, sendo 3 dias com precipitação acima de 0,4 mm, totalizando 39,8 mm (93% da média). Os desvios calculados aqui provêm das médias da estação desde junho de 2010. 

No mês de junho de 2021 atuaram 5 frentes frias. A aproximação de uma frente fria pelo litoral do Sudeste entre os dias 7 e 8 (Figura 2) propiciou a formação de áreas de instabilidade, que provocaram 5,3 mm de chuva em Itajubá no dia 7. A frente em questão não provocou queda significativa nas temperaturas. Uma nova frente fria avançou pelo país entre os dias 11 e 12 (Figura 3), atingindo o sul da Amazônia e causando chuvas no Sul de Minas (7,9 mm no dia 11). Após a passagem desta frente houve queda nas temperaturas devido ao avanço de uma alta pós-frontal (8,2°C no dia 13). No dia 17, a terceira frente fria do mês avançou sobre o leste do Sudeste (Figura 4), causando nova queda nas temperaturas, mas sem provocar chuva. O aprofundamento de um cavado invertido entre São Paulo e Minas Gerais no dia 19 causou aumento na nebulosidade, mas também sem provocar chuva, mas ele se aprofundou e formou uma baixa pressão sobre o oceano próximo ao litoral do Rio de Janeiro. A presença de um cavado nos médios níveis e um sistema de alta pressão sobre o oceano fizeram com o que o dia 22 fosse úmido, nublado e frio (25,6 mm de chuva e máxima de 17,1°C). Uma frente semi-estacionária passou pelo litoral de São Paulo e Rio de Janeiro entre os dias 25 e 26, mas sem provocar alterações significativas no tempo sobre o Sul de Minas. Entre os dias 28 e 29 uma intensa frente fria avançou sobre o país, sem provocar aumento na nebulosidade e chuva, mas acompanhada de uma forte massa de ar polar. O sistema de baixa pressão associado ao sistema se desprendeu, configurando a Tempestade Subtropical Raoni (Figura 5 e 6). O último dia do mês foi frio e ensolarado, com máxima de apenas 18,8°C.

Com relação à nebulosidade (Figura 7), a média mensal da cobertura diária de nuvens foi de 18%. O dia mais nebuloso foi o dia 22 de junho.

O maior valor do Índice de Estresse Térmico (IET) por dia no mês de junho é mostrado na Figura 8. Detalhes sobre o IET são fornecidos no volume 2 (11) deste boletim. De forma geral, o IET serve como um guia para quem realiza atividades físicas, sendo que os valores de IET menores ou iguais a 25 indicam risco baixo à saúde, valores entre 26 e 33 risco moderado, já valores maiores do que 33, risco extremo. Considerando a série temporal do maior valor diário de IET, o menor valor registrado foi 16,1 (dia 30), o maior valor foi 24,0 (dia 03), a média mensal foi 21,3, e a média da hora de ocorrência do maior IET 14h08. Assim, recomenda-se a não realização de atividades físicas por cerca das 12:00 às 16:00 horas. É válido ressaltar que o IET decresce quando há alta cobertura de nuvens e temperaturas mais baixas e aumenta quando há condições atmosféricas opostas (Figuras 7 e 8). 

Com relação ao índice de aridez (IA; detalhes sobre esse índice são apresentados no volume 3 (04) deste boletim), foi igual a 0,90, o que caracteriza um clima subúmido úmido.

Para aqueles que tiverem interesse em saber em tempo real a evolução das variáveis atmosféricas em Itajubá, esse boletim deixa como sugestão o acesso aos sites:

http://meteorologia.unifei.edu.br 

https://www.wunderground.com/personal-weather-station/dashboard?ID=IITAJUB5 

Aos leitores que tiverem interesse no monitoramento dos ciclones na América do Sul e a previsão climática sazonal nas diferentes regiões do país, sugerimos o acesso à página:

www.grec.iag.usp.br


Figura 1 Variáveis atmosféricas observadas no mês de junho de 2021 na estação meteorológica automática localizada no campus da Universidade Federal de Itajubá (latitude 22º 24’ 46” e longitude 45º 27’06”): a) temperatura (oC) máxima diária (vermelho), temperatura mínima diária (azul) e média diária da temperatura do ar (verde) a 2 m de altura, b) média diária da pressão atmosférica ao nível médio do mar (hPa), c) direção predominante do vento a 2,5 m de altura; C indica calmaria, d) totais diários de precipitação (mm) contabilizados entre 00:10 e 24:00 h, e) média diária da umidade relativa (%) a 2 m de altura e f) média diária da intensidade do vento (m/s) a 2,5 m de altura. 

Figura 2 Frente fria próxima ao litoral de São Paulo (Imagens de 07/06/2021 18Z; canal 01 do satélite GOES-16). Fonte: GPT-CPTEC-INPE.

Figura 3 Frente fria entre o sul da Amazônia e o sul de São Paulo, com ramo semi-estacionário entre o Mato Grosso do Sul e o Paraná (Imagens de 11/06/2021 18Z; canal 01 do satélite GOES-16). Fonte: GPT-CPTEC-INPE.

Figura 4 Frente semi-estacionária entre o Mato Grosso do Sul e o Sudeste (Imagens de 17/06/2021 06Z; canal 13 do satélite GOES-16). Fonte: GPT-CPTEC-INPE.

Figura 5 Extensa frente fria entre o sul do Amazonas e o Sudeste, e a Tempestade Subtropical Raoni próxima ao litoral gaúcho (Imagens de 29/06/2021 12Z; canal 01 do satélite GOES-16). Fonte: GPT-CPTEC-INPE.

Figura 6 Tempestade Subtropical Raoni na tarde do dia 29 de junho. Fonte: https://zoom.earth/ 

Figura 7 Cobertura de nuvens média diária na cidade de Itajubá no mês de junho de 2021.

Figura 8 Maior valor diário do Índice de Estresse Térmico na cidade de Itajubá no mês de junho de 2021.


Autores: Vinícius Henrique Lucyrio de Lima e Michelle Simões Reboita.

quinta-feira, 9 de setembro de 2021

Boletim Meteorológico Mensal da Unifei - Volume 11 - Número 05

As condições atmosféricas em Itajubá no mês de maio de 2021, medidas na estação meteorológica automática localizada na UNIFEI, são apresentadas na Figura 1. Neste mês, a temperatura média do ar oscilou entre 15,0ºC e 20,0°C (a média foi 18,0ºC). As médias de temperaturas mínimas e máximas foram, respectivamente, 12,4°C e 25,1°C (anomalias de +0,3 e +0,1°C, respectivamente). A maior temperatura máxima registrada foi 28,1ºC (dia 28) e a menor temperatura mínima foi 7,1ºC (dia 25). As médias mensais da umidade relativa do ar e da intensidade do vento foram 74,1% e 0,48 m/s (1,73 km/h), respectivamente. No mês de maio a direção predominante do vento foi a Sudeste. Houve 11 dias com precipitação, sendo 5 dias com precipitação acima de 0,4 mm, totalizando 55,0 mm (109% da média), o mês de maio mais seco desde o início das medições. Devido à uma manutenção no anemômetro da estação, não houve registros de dados nos dias 11 e 12 de maio.

No mês de maio de 2021 atuaram 5 frentes frias sobre o Sul de Minas. Uma extensa frente fria avançou entre os dias 5 e 8 sobre o Brasil (Figura 2), passando pelo sul de Minas Gerais no dia 7, mas sem causar alterações significativas no tempo e nem precipitação. Após sua passagem ingressou uma alta pós-frontal que fez as temperaturas mínimas caírem um pouco (11,4°C no dia 10). Uma nova frente fria chegou na região no dia 13 (Figura 3), provocando chuva (8,9 mm), aumento na nebulosidade e queda na temperatura máxima. No dia 15 a atuação de um cavado nos níveis médios da atmosfera e a umidade trazida por um sistema de alta pressão sobre o oceano manteve o tempo fechado, com temperaturas mais baixas e um pouco de chuva (2,0 mm). A formação de uma frente fria e um ciclone extratropical entre o oeste da região Sul e o Rio da Prata canalizou umidade e ar quente entre o Sul e Sudeste do Brasil, o que causou aumento na nebulosidade e chuva no dia 22 (5,1 mm). Posteriormente esta frente fria avançou sobre o Sudeste juntamente com uma massa de ar frio entre os dias 24 e 25 (Figura 4), causando nova queda de temperaturas sobre Itajubá e região (mínima de 7,1°C no dia 25). A presença de ar muito quente e o avanço de uma frente fria (Figura 5) sobre o oceano próximo ao litoral de São Paulo manteve o tempo instável, com aumento na nebulosidade e chuva nos dias 29 e 30 (37,1 mm). Na retaguarda, uma nova frente fria (Figura 5) avançou pelo Sudeste mantendo as instabilidades sobre a região.

Com relação à nebulosidade (Figura 6), a média mensal da cobertura diária de nuvens foi de 24%. Os dias mais nebulosos foram os dias 15 e 22 de maio.

O maior valor do Índice de Estresse Térmico (IET) por dia no mês de maio é mostrado na Figura 7. Detalhes sobre o IET são fornecidos no volume 2 (11) deste boletim. De forma geral, o IET serve como um guia para quem realiza atividades físicas, sendo que os valores de IET menores ou iguais a 25 indicam risco baixo à saúde, valores entre 26 e 33 risco moderado, já valores maiores do que 33, risco extremo. Considerando a série temporal do maior valor diário de IET, o menor valor registrado foi 19,0 (dia 24), o maior valor foi 24,9 (dia 28), a média mensal foi 22,5, e a média da hora de ocorrência do maior IET 13h07. Assim, recomenda-se a não realização de atividades físicas por cerca das 12:00 às 16:00 horas. É válido ressaltar que o IET decresce quando há alta cobertura de nuvens e temperaturas mais baixas e aumenta quando há condições atmosféricas opostas (Figuras 6 e 7). 

Com relação ao índice de aridez (IA; detalhes sobre esse índice são apresentados no volume 3 (04) deste boletim), foi igual a 0,98, o que caracteriza um clima subúmido úmido.

Para aqueles que tiverem interesse em saber em tempo real a evolução das variáveis atmosféricas em Itajubá, esse boletim deixa como sugestão o acesso aos sites:

http://meteorologia.unifei.edu.br 

https://www.wunderground.com/personal-weather-station/dashboard?ID=IITAJUB5 

Aos leitores que tiverem interesse no monitoramento dos ciclones na América do Sul e a previsão climática sazonal nas diferentes regiões do país, sugerimos o acesso à página:

www.grec.iag.usp.br


Figura 1 Variáveis atmosféricas observadas no mês de maio de 2021 na estação meteorológica automática localizada no campus da Universidade Federal de Itajubá (latitude 22º 24’ 46” e longitude 45º 27’06”): a) temperatura (°C) máxima diária (vermelho), temperatura mínima diária (azul) e média diária da temperatura do ar (verde) a 2 m de altura, b) média diária da pressão atmosférica ao nível médio do mar (hPa), c) direção predominante do vento a 2,5 m de altura; C indica calmaria, d) totais diários de precipitação (mm) contabilizados entre 00:10 e 24:00 h, e) média diária da umidade relativa (%) a 2 m de altura e f) média diária da intensidade do vento (m/s) a 2,5 m de altura. 

Figura 2 Extensa frente fria entre o sul do Amazonas e o Sudeste (Imagens de 07/05/2021 18Z; canal 01 do satélite GOES-16). Fonte: GPT-CPTEC-INPE.

Figura 3 Frente fria entre o Acre e o Espírito Santo, com ramo semi-estacionário entre São Paulo e Minas Gerais (Imagens de 13/05/2021 12Z; canal 01 do satélite GOES-16). Fonte: GPT-CPTEC-INPE.

Figura 4 Frente fria entre Rondônia e o Sudeste (Imagens de 24/05/2021 06Z; canal 13 do satélite GOES-16). Fonte: GPT-CPTEC-INPE.

Figura 5 Frente fria próxima ao litoral de São Paulo, e outra frente semi-estacionária na retaguarda sobre a região Sul (Imagens de 29/05/2021 12Z; canal 01 do satélite GOES-16). Fonte: GPT-CPTEC-INPE.

Figura 6 Cobertura de nuvens média diária na cidade de Itajubá no mês de maio de 2021.

Figura 7 Maior valor diário do Índice de Estresse Térmico na cidade de Itajubá no mês de maio de 2021.


Autores: Vinícius Henrique Lucyrio de Lima e Michelle Simões Reboita.

Boletim Meteorológico Mensal da Unifei - Volume 11 - Número 04

As condições atmosféricas em Itajubá no mês de abril de 2021, medidas na estação meteorológica automática localizada na UNIFEI, são apresentadas na Figura 1. Neste mês, a temperatura média do ar oscilou entre 18,3ºC e 21,7°C (a média foi 19,8ºC). As médias de temperaturas mínimas e máximas foram, respectivamente, 13,7°C e 26,9°C (anomalias de -1,6 e -0,7°C, respectivamente). A maior temperatura máxima registrada foi 29,4ºC (dias 12 e 26) e a menor temperatura mínima foi 9,9ºC (dia 21). As médias mensais da umidade relativa do ar e da intensidade do vento foram 73,2% e 0,69 m/s (2,47 km/h), respectivamente. No mês de abril a direção predominante do vento foi a Sudeste. Houve 8 dias com precipitação, sendo 4 dias com precipitação acima de 0,4 mm, totalizando 13,4 mm (23% da média), o mês de abril mais seco desde o início das medições.

No mês de abril de 2021 atuaram 2 frentes frias. No início do mês atuou uma alta pós-frontal após a passagem de uma frente fria no final de março, mantendo o tempo estável com manhãs frias e tardes mais quentes. Nos dias 5 e 6 choveu 7,9 mm devido ao ar mais frio e úmido impulsionado por um sistema de alta pressão em alto mar. Uma frente fria atuou entre o sul de São Paulo e de Minas Gerais entre os dias 12 e 13 (Figura 2), provocando nova queda nas temperaturas, mas sem causar precipitação significativa. No dia 18 a formação de uma área de baixa pressão próxima do litoral do Rio de Janeiro manteve o tempo fechado, mas provocou apenas 1,0 mm de precipitação. Esta área de baixa pressão se aprofundou e tornou-se a Tempestade Subtropical Potira, que atuou entre os dias 19 e 24 (Figura 3). A interação da Tempestade Potira com uma alta pressão no oceano impulsionou mais ar frio para o sul de Minas Gerais, e no dia 21 ocorreu a menor temperatura mínima do mês (9,9°C). Outra frente fria passou pelo litoral do Sudeste entre os dias 26 e 27 (Figura 4), causando aumento na nebulosidade e chuva (3,3 mm no dia 27).

Com relação à nebulosidade (Figura 5), a média mensal da cobertura diária de nuvens foi de 33%. O dia mais nebuloso foi o dia 18 de abril.

O maior valor do Índice de Estresse Térmico (IET) por dia no mês de abril é mostrado na Figura 6. Detalhes sobre o IET são fornecidos no volume 2 (11) deste boletim. De forma geral, o IET serve como um guia para quem realiza atividades físicas, sendo que os valores de IET menores ou iguais a 25 indicam risco baixo à saúde, valores entre 26 e 33 risco moderado, já valores maiores do que 33, risco extremo. Considerando a série temporal do maior valor diário de IET, o menor valor registrado foi 21,5 (dia 18), o maior valor foi 26,4 (dia 03), a média mensal foi 24,1, e a média da hora de ocorrência do maior IET 13h30. Assim, recomenda-se a não realização de atividades físicas por cerca das 12:00 às 16:00 horas. É válido ressaltar que o IET decresce quando há alta cobertura de nuvens e temperaturas mais baixas e aumenta quando há condições atmosféricas opostas (Figuras 5 e 6). 

Com relação ao índice de aridez (IA; detalhes sobre esse índice são apresentados no volume 3 (04) deste boletim), foi igual a 0,16, o que caracteriza um clima semiárido.

Para aqueles que tiverem interesse em saber em tempo real a evolução das variáveis atmosféricas em Itajubá, esse boletim deixa como sugestão o acesso aos sites:

http://meteorologia.unifei.edu.br 

https://www.wunderground.com/personal-weather-station/dashboard?ID=IITAJUB5 

Aos leitores que tiverem interesse no monitoramento dos ciclones na América do Sul e a previsão climática sazonal nas diferentes regiões do país, sugerimos o acesso à página:

www.grec.iag.usp.br

Figura 1 Variáveis atmosféricas observadas no mês de abril de 2021 na estação meteorológica automática localizada no campus da Universidade Federal de Itajubá (latitude 22º 24’ 46” e longitude 45º 27’06”): a) temperatura (°C) máxima diária (vermelho), temperatura mínima diária (azul) e média diária da temperatura do ar (verde) a 2 m de altura, b) média diária da pressão atmosférica ao nível médio do mar (hPa), c) direção predominante do vento a 2,5 m de altura; C indica calmaria, d) totais diários de precipitação (mm) contabilizados entre 00:10 e 24:00 h, e) média diária da umidade relativa (%) a 2 m de altura e f) média diária da intensidade do vento (m/s) a 2,5 m de altura. 

Figura 2 Frente semiestacionária com ramo frio sobre o sul de Minas (Imagens de 13/04/2021 06Z; canal 13 do satélite GOES-16). Fonte: GPT-CPTEC-INPE.

Figura 3 Tempestade Subtropícal Potira próxima ao litoral norte do Rio de Janeiro (Imagens de 21/04/2021 12Z; canal 01 do satélite GOES-16). Fonte: GPT-CPTEC-INPE.

Figura 4 Frente fria no oceano próximo do litoral do Rio de Janeiro (Imagens de 24/04/2021 18Z; canal 13 do satélite GOES-16). Fonte: GPT-CPTEC-INPE.

Figura 5 Cobertura de nuvens média diária na cidade de Itajubá no mês de abril de 2021.

Figura 6 Maior valor diário do Índice de Estresse Térmico na cidade de Itajubá no mês de abril de 2021.


Autores: Vinícius Henrique Lucyrio de Lima e Michelle Simões Reboita.

Boletim Meteorológico Mensal da Unifei - Volume 11 - Número 03

As condições atmosféricas em Itajubá no mês de março de 2021, medidas na estação meteorológica automática localizada na UNIFEI, são apresentadas na Figura 1. Neste mês, a temperatura média do ar oscilou entre 19,9ºC e 24,2°C (a média foi 22,4ºC). As médias de temperaturas mínimas e máximas foram, respectivamente, 17,5°C e 29,0°C (anomalias de +0,1 e +0,3°C, respectivamente). A maior temperatura máxima registrada foi 31,3ºC (dia 25) e a menor temperatura mínima foi 15,7ºC (dia 31). As médias mensais da umidade relativa do ar e da intensidade do vento foram 78,9% e 0,41 m/s (1,46 km/h), respectivamente. No mês de março a direção predominante do vento foi a Nordeste. Houve 16 dias com precipitação, sendo 14 dias com precipitação acima de 0,4 mm, totalizando 192,3 mm (105% da média).

No mês de março de 2021 3 frentes frias influenciaram o tempo sobre o sul de Minas Gerais. Entre os dias 6 e 7 uma frente fria passou pelo litoral do Sudeste, e ajudou na configuração da Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS), que atuou entre os dias 7 e 12 entre o sul da Amazônia e a região Sudeste do Brasil (Figura 2). Estes sistemas provocaram chuva intensa, queda nas temperaturas e grande aumento na nebulosidade; foram registrados 114,2 mm entre os dias 5 e 7, sendo 75,2 mm apenas no dia 7. A formação de alguns cavados invertidos provocou pancadas de chuva entre os dias 14 e 16, com destaque para o acumulado de 25,4 mm no dia 14. Entre os dias 18 e 19 uma nova frente fria passou próximo do litoral do Sudeste (Figura 3), propiciando a formação de nebulosidade mais densa e chuva (5,4 mm no dia 18). A terceira frente fria atuou entre o leste paulista e sul de Minas entre os dias 30 e 31, sem causar precipitação em Itajubá mas provocando queda nas temperatura em virtude da alta pós-frontal que ingressou após sua passagem (Figura 4). 

Com relação à nebulosidade (Figura 5), a média mensal da cobertura diária de nuvens foi de 43%. Os dias mais nebulosos foram 07 e 18 de março.

O maior valor do Índice de Estresse Térmico (IET) por dia no mês de março é mostrado na Figura 6. Detalhes sobre o IET são fornecidos no volume 2 (11) deste boletim. De forma geral, o IET serve como um guia para quem realiza atividades físicas, sendo que os valores de IET menores ou iguais a 25 indicam risco baixo à saúde, valores entre 26 e 33 risco moderado, já valores maiores do que 33, risco extremo. Considerando a série temporal do maior valor diário de IET, o menor valor registrado foi 23,7 (dia 18), o maior valor foi 29,0 (dia 13), a média mensal foi 27,3, e a média da hora de ocorrência do maior IET 13h14. Assim, recomenda-se a não realização de atividades físicas por cerca das 12:00 às 16:00 horas. É válido ressaltar que o IET decresce quando há alta cobertura de nuvens e temperaturas mais baixas e aumenta quando há condições atmosféricas opostas (Figuras 5 e 6). 

Com relação ao índice de aridez (IA; detalhes sobre esse índice são apresentados no volume 3 (04) deste boletim), foi igual a 1,96, o que caracteriza um clima úmido.

Para aqueles que tiverem interesse em saber em tempo real a evolução das variáveis atmosféricas em Itajubá, esse boletim deixa como sugestão o acesso aos sites:

http://meteorologia.unifei.edu.br 

https://www.wunderground.com/personal-weather-station/dashboard?ID=IITAJUB5 

Aos leitores que tiverem interesse no monitoramento dos ciclones na América do Sul e a previsão climática sazonal nas diferentes regiões do país, sugerimos o acesso à página:

www.grec.iag.usp.br


Figura 1 Variáveis atmosféricas observadas no mês de março de 2021 na estação meteorológica automática localizada no campus da Universidade Federal de Itajubá (latitude 22º 24’ 46” e longitude 45º 27’06”): a) temperatura (oC) máxima diária (vermelho), temperatura mínima diária (azul) e média diária da temperatura do ar (verde) a 2 m de altura, b) média diária da pressão atmosférica ao nível médio do mar (hPa), c) direção predominante do vento a 2,5 m de altura; C indica calmaria, d) totais diários de precipitação (mm) contabilizados entre 00:10 e 24:00 h, e) média diária da umidade relativa (%) a 2 m de altura e f) média diária da intensidade do vento (m/s) a 2,5 m de altura. 

Figura 2 ZCAS entre Rondônia e o estado do Rio de Janeiro, e uma frente fria sobre o oceano próximo ao litoral norte do Rio de Janeiro (Imagens de 07/03/2021 00Z; canal 13 do satélite GOES-16). Fonte: GPT-CPTEC-INPE.

Figura 3 Frente fria no oceano próximo do litoral de São Paulo (Imagens de 19/03/2021 12Z; canal 01 do satélite GOES-16). Fonte: GPT-CPTEC-INPE.

Figura 4 Frente fria passando sobre o sul de São Paulo (Imagens de 31/03/2021 00Z; canal 13 do satélite GOES-16). Fonte: GPT-CPTEC-INPE.

Figura 5 Cobertura de nuvens média diária na cidade de Itajubá no mês de março de 2021.

Figura 6 Maior valor diário do Índice de Estresse Térmico na cidade de Itajubá no mês de março de 2021.


Autores: Vinícius Henrique Lucyrio de Lima e Michelle Simões Reboita.


quarta-feira, 2 de junho de 2021

Boletim Meteorológico Mensal da Unifei - Volume 11 - Número 02

As condições atmosféricas em Itajubá no mês de fevereiro de 2021, medidas na estação meteorológica automática localizada na UNIFEI, são apresentadas na Figura 1. Neste mês, a temperatura média do ar oscilou entre 19,6ºC e 24,5°C (a média foi 22,2ºC). As médias de temperaturas mínimas e máximas foram, respectivamente, 17,8°C e 28,4°C (anomalias de -0,3 e -1,5°C, respectivamente). A maior temperatura máxima registrada foi 31,9ºC (dia 24) e a menor temperatura mínima foi 14,6ºC (dia 24). As médias mensais da umidade relativa do ar e da intensidade do vento foram 79,4% e 0,56 m/s (2,01 km/h), respectivamente. No mês de fevereiro a direção predominante do vento foi a Nordeste. Houve 20 dias com precipitação, sendo 18 dias com precipitação acima de 0,4 mm, totalizando 276,3 mm (157% da média). Os desvios calculados aqui provêm das médias da estação desde abril de 2010.

No mês de fevereiro de 2021 atuaram 2 frentes frias, e por duas vezes houve a formação da Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS). A primeira frente fria atuou entre os dias 5 e 6 (Figura 2), e influenciou na formação da ZCAS, que permaneceu ativa entre do dia 6 ao dia 9 entre o sul do Amazonas e o Espírito Santo; os dois sistemas causaram chuva intensa (59,4 mm dia 5 e 27,7 mm no dia 6), além de aumento na nebulosidade e queda nas temperaturas. Entre os dias 13 e 17 formou-se no oceano, próximo ao litoral do Sul e Sudeste, uma Depressão Subtropical, que não recebeu nome (Figura 3); a canalização de umidade gerada pela formação da baixa pressão causou chuva volumosa e aumento na nebulosidade sobre parte do Sudeste nos dias 12 e 13 (12,9 mm no dia 12 e 31,0 mm no dia 13). Uma nova ZCAS se formou no dia 18, mantendo-se ativa até o dia 22, mas atuando apenas no leste, centro e norte mineiro. Do dia 18 ao dia 24 o tempo permaneceu predominantemente ensolarado e seco devido a atuação de uma alta pressão. No dia 25 ingressou pelo litoral do Sudeste uma nova frente fria (Figura 4), que mesmo sem atuação direta trouxe dias nublados, chuvosos e de temperaturas mais amenas. 

Com relação à nebulosidade (Figura 5), a média mensal da cobertura diária de nuvens foi de 53%. Os dias mais nebulosos foram 25 e 26 de fevereiro.

O maior valor do Índice de Estresse Térmico (IET) por dia no mês de fevereiro é mostrado na Figura 6. Detalhes sobre o IET são fornecidos no volume 2 (11) deste boletim. De forma geral, o IET serve como um guia para quem realiza atividades físicas, sendo que os valores de IET menores ou iguais a 25 indicam risco baixo à saúde, valores entre 26 e 33 risco moderado, já valores maiores do que 33, risco extremo. Considerando a série temporal do maior valor diário de IET, o menor valor registrado foi 22,1 (dia 26), o maior valor foi 29,7 (dia 01), a média mensal foi 27,0, e a média da hora de ocorrência do maior IET 13h01. Assim, recomenda-se a não realização de atividades físicas por cerca das 12:00 às 16:00 horas. É válido ressaltar que o IET decresce quando há alta cobertura de nuvens e temperaturas mais baixas e aumenta quando há condições atmosféricas opostas (Figuras 5 e 6). 

Com relação ao índice de aridez (IA; detalhes sobre esse índice são apresentados no volume 3 (04) deste boletim), foi igual a 3,02, o que caracteriza um clima úmido.

Para aqueles que tiverem interesse em saber em tempo real a evolução das variáveis atmosféricas em Itajubá, esse boletim deixa como sugestão o acesso aos sites:

http://meteorologia.unifei.edu.br 

https://www.wunderground.com/personal-weather-station/dashboard?ID=IITAJUB5 

Aos leitores que tiverem interesse no monitoramento dos ciclones na América do Sul e a previsão climática sazonal nas diferentes regiões do país, sugerimos o acesso à página:

www.grec.iag.usp.br

Figura 1 Variáveis atmosféricas observadas no mês de fevereiro de 2021 na estação meteorológica automática localizada no campus da Universidade Federal de Itajubá (latitude 22º 24’ 46” e longitude 45º 27’06”): a) temperatura (oC) máxima diária (vermelho), temperatura mínima diária (azul) e média diária da temperatura do ar (verde) a 2 m de altura, b) média diária da pressão atmosférica ao nível médio do mar (hPa), c) direção predominante do vento a 2,5 m de altura; C indica calmaria, d) totais diários de precipitação (mm) contabilizados entre 00:10 e 24:00 h, e) média diária da umidade relativa (%) a 2 m de altura e f) média diária da intensidade do vento (m/s) a 2,5 m de altura. 

Figura 2 Frente fria acoplada a um intenso ciclone extratropical no oceano, atuando juntamente com a ZCAS (Imagens de 05/02/2021 18Z; canal 01 do satélite GOES-16). Fonte: GPT-CPTEC-INPE.

Figura 3 Depressão Subtropical no Atlântico, próximo da costa da região Sul (Imagens de 15/02/2021 18Z; canal 01 do satélite GOES-16). Fonte: GPT-CPTEC-INPE.

Figura 4 Frente fria no oceano próximo do litoral de São Paulo (Imagens de 25/02/2021 06Z; canal 13 do satélite GOES-16). Fonte: GPT-CPTEC-INPE.

Figura 5 Cobertura de nuvens média diária na cidade de Itajubá no mês de fevereiro de 2021.

Figura 6 Maior valor diário do Índice de Estresse Térmico na cidade de Itajubá no mês de fevereiro de 2021.

Autores: Vinícius Henrique Lucyrio de Lima e Michelle Simões Reboita.

Boletim Meteorológico Mensal da Unifei - Volume 11 - Número 01

As condições atmosféricas em Itajubá no mês de janeiro de 2021, medidas na estação meteorológica automática localizada na UNIFEI, são apresentadas na Figura 1. A estação sofreu uma invasão de formigas no início do mês, o que distorceu os dados de precipitação e vento médio entre os dias 1 e 19; devido à manutenção necessária para limpeza dos equipamentos, a estação ficou sem reportar dados entre os dias 11 e 19. Portanto, não foi possível obter as médias de temperatura e umidade relativa do ar, vento, radiação solar e pressão atmosférica. Contudo foram utilizados dados de precipitação da estação pluviométrica automática do CEMADEN (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais) localizada no bairro Estiva, local próximo de onde a estação meteorológica está instalada. Durante o mês, foram 163,6 mm, o que corresponde a 66,3% da média. Com base em dados observados pelo INMET (Instituto Nacional de Meteorologia), as temperaturas estiveram pouco acima da média durante o mês de janeiro no sul de Minas Gerais.

Ao longo do mês de janeiro de 2021, duas frentes frias passaram pelo sul de Minas Gerais ou pelo litoral de São Paulo e Rio de Janeiro, sendo que apenas uma causou mudanças mais significativas no tempo em Itajubá. Entre os dias 2 e 4 atuou a primeira frente fria no litoral de São Paulo e Rio de Janeiro (Figura 2), com a entrada de uma alta pressão pós-frontal que fez as temperaturas caírem durante a madrugada; no dia 4 fez 15,1°C. No dia 13 houve um acumulado expressivo de chuva, com 83,8 mm, mais da metade da chuva acumulada durante todo o mês; a chuva foi provocada por forte instabilidade atmosférica, calor e alta umidade, mas sem sistemas sinóticos dignos de nota. A segunda frente fria passou também pelo litoral entre os dias 19 e 20 (Figura 3), sem causar mudanças no tempo no sul de Minas Gerais. Nos últimos dias do mês predominaram condições de estabilidade, com temperaturas altas, pouca nebulosidade e umidade relativa do ar mais baixa, devido a um intenso e anômalo VCAN (Vórtice Ciclônico de Altos Níveis) que atuou sobre a região Sudeste do Brasil, mantendo a umidade concentrada entre o Centro-Oeste e Sul do país (Figura 4).

Devido à quantidade insuficiente de dados por conta da manutenção da estação meteorológica, não foi possível obter dados de nebulosidade, IET e índice de aridez para o mês de janeiro.

Para aqueles que tiverem interesse em saber em tempo real a evolução das variáveis atmosféricas em Itajubá, esse boletim deixa como sugestão o acesso aos sites:

http://meteorologia.unifei.edu.br 

https://www.wunderground.com/personal-weather-station/dashboard?ID=IITAJUB5 

Aos leitores que tiverem interesse no monitoramento dos ciclones na América do Sul e a previsão climática sazonal nas diferentes regiões do país, sugerimos o acesso à página:

www.grec.iag.usp.br

Figura 1 Variáveis atmosféricas observadas no mês de janeiro de 2021 na estação meteorológica automática localizada no campus da Universidade Federal de Itajubá (latitude 22º 24’ 46” e longitude 45º 27’06”) e na estação pluviométrica do Cemaden localizada no bairro Estiva: a) temperatura (°C) máxima diária (vermelho), temperatura mínima diária (azul) e média diária da temperatura do ar (verde) a 2 m de altura, b) precipitação acumulada diária (mm) entre as 00:00 e 23:59; c) umidade relativa do ar média diária (%); d) pressão atmosférica média diária (hPa).

Figura 2 Frente fria no litoral norte do Rio de Janeiro (Imagens de 03/01/2021 06Z canal 10,35 µm do satélite GOES-16). Fonte: GPT-CPTEC-INPE.

Figura 3 Frente semi-estacionária entre o litoral do Paraná e São Paulo (Imagens de 20/01/2021 00Z; canal 10,35µm do satélite GOES-16). Fonte: GPT-CPTEC-INPE.

Figura 4 VCAN centrado entre o Piauí e Minas Gerais, visível pelas imagens de vapor d’água (Imagens de 23/01/2021 18Z; canal 6,2µm do satélite GOES-16). Fonte: GPT-CPTEC-INPE.

Autores: Vinícius Henrique Lucyrio de Lima e Michelle Simões Reboita.

quinta-feira, 25 de março de 2021

Boletim Meteorológico Mensal da Unifei - Volume 10 - Número 12

As condições atmosféricas em Itajubá no mês de dezembro de 2020, medidas na estação meteorológica automática localizada na UNIFEI, são apresentadas na Figura 1. Neste mês, a temperatura média do ar oscilou entre 18,1°C e 25,5°C (a média foi 21,9°C). As médias de temperaturas mínimas e máximas foram, respectivamente, 17,8°C e 28,1°C (anomalias de -0,3 e -1,3°C, respectivamente), abaixo da média para o mês. A maior temperatura máxima registrada foi 31,7ºC (dia 4), e a menor temperatura mínima foi 15,8ºC (dia 28). As médias mensais da umidade relativa do ar e da intensidade do vento foram 82,6% e 0,57 m/s (2,03 km/h), respectivamente. No mês de dezembro a direção predominante do vento foi a Nordeste. Houve 24 dias com precipitação, totalizando 394,2 mm (205,7% da média). Os desvios calculados aqui provêm das médias da estação desde abril de 2010.

Durante dezembro de 2020 duas frentes frias atuaram sobre o sul de Minas. A primeira frente fria atuou entre os litorais de São Paulo e Rio de Janeiro nos dias 5 e 6 (Figura 2), e provocou chuva volumosa e aumento na nebulosidade entre os dias 6 e 7; foram 74,6 mm do dia 5 ao dia 7. No dia 8 se configurou a Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS) entre o Mato Grosso e o Rio de Janeiro, perdurando até 12/12 (Figura 3); durante sua atuação choveu 75,8 mm em Itajubá. A segunda frente fria passou pelo litoral do Sudeste entre os dias 21 e 23, e de forma concomitante houve a configuração de um novo evento de ZCAS, que durou até o dia 25 (Figura 4), provocando aumento da nebulosidade porém sem grandes volumes de chuva. No dia 27 formou-se no Oceano Atlântico a Tempestade Subtropical Oquira (Figura 5), que atuou em alto mar até sua dissipação em 29/12; a canalização da umidade provocada pela baixa pressão provocou chuva (74,2 mm entre 26 e 28/12) e queda nas temperaturas.

Com relação à nebulosidade (Figura 6), a média mensal da cobertura diária de nuvens foi de 59%. Os dias mais nebulosos foram os dias 07, 22 e 27 de dezembro. 

O maior valor do Índice de Estresse Térmico (IET) por dia no mês de dezembro é mostrado na Figura 7. Detalhes sobre o IET são fornecidos no volume 2 (11) deste boletim. De forma geral, o IET serve como um guia para quem realiza atividades físicas, sendo que os valores de IET menores ou iguais a 25 indicam risco baixo à saúde, valores entre 26 e 33 risco moderado, já valores maiores do que 33, risco extremo. Considerando a série temporal do maior valor diário de IET, o menor valor registrado foi 22,3 (dia 27), o maior valor foi 29,3 (dia 21), a média mensal foi 27,2, e a média da hora de ocorrência do maior IET 13h20. Assim, recomenda-se a não realização de atividades físicas por volta das 11:00 às 16:00 horas. É válido ressaltar que o IET decresce quando há alta cobertura de nuvens e temperaturas mais baixas e aumenta quando há condições atmosféricas opostas (Figuras 6 e 7). 

Com relação ao índice de aridez (IA; detalhes sobre esse índice são apresentados no volume 3 (04) deste boletim, foi igual a 3,85, o que caracteriza um clima úmido.

Para aqueles que tiverem interesse em saber em tempo real a evolução das variáveis atmosféricas em Itajubá, esse boletim deixa como sugestão o acesso aos sites:

meteorologia.unifei.edu.br

https://www.wunderground.com/personal-weather-station/dashboard?ID=IITAJUB5 

Aos leitores que tiverem interesse no monitoramento dos ciclones na América do Sul e a previsão climática sazonal nas diferentes regiões do país, sugerimos o acesso à página:

www.grec.iag.usp.br

Figura 1 Variáveis atmosféricas observadas no mês de dezembro de 2020 na estação meteorológica automática localizada no campus da Universidade Federal de Itajubá (latitude 22º 24’ 46” e longitude 45º 27’06”): a) temperatura (°C) máxima diária (vermelho), temperatura mínima diária (azul) e média diária da temperatura do ar (verde) a 2 m de altura, b) média diária da pressão atmosférica ao nível médio do mar (hPa), c) direção predominante do vento a 2,5 m de altura; C indica calmaria, d) totais diários de precipitação (mm) contabilizados entre 00:10 e 24:00 h, e) média diária da umidade relativa (%) a 2 m de altura e f) média diária da intensidade do vento (m/s) a 2,5 m de altura. 

Figura 2 Frente fria entre o litoral norte de São Paulo e o sul do Rio de Janeiro (Imagens de 05/12/2020 18Z; canal 0,47µm do satélite GOES-16). Fonte: GPT-CPTEC-INPE.

Figura 3 ZCAS entre o sul do Amazonas e o Espírito Santo (Imagens de 11/12/2020 12Z; canal 0,47µm do satélite GOES-16). Fonte: GPT-CPTEC-INPE.

Figura 4 ZCAS entre o sul do Pará e o Rio de Janeiro (Imagens de 23/12/2020 06Z; canal 13,5µm do satélite GOES-16). Fonte: GPT-CPTEC-INPE.

Figura 5 Tempestade Subtropical Oquira sobre o oceano Atlântico (Imagens de 28/12/2020 18Z; canal 0,47 µm do satélite GOES-16). Fonte: GPT-CPTEC-INPE.

Figura 6 Cobertura de nuvens média diária na cidade de Itajubá no mês de dezembro de 2020.

Figura 7 Maior valor diário do Índice de Estresse Térmico na cidade de Itajubá no mês de dezembro de 2020.

Autores: Vinícius Henrique Lucyrio de Lima e Michelle Simões Reboita.

Boletim Meteorológico Mensal da Unifei - Volume 10 - Número 11

As condições atmosféricas em Itajubá no mês de novembro de 2020, medidas na estação meteorológica automática localizada na UNIFEI, são apresentadas na Figura 1. Neste mês, a temperatura média do ar oscilou entre 16,0°C e 25,1°C (a média foi 21,7°C). As médias de temperaturas mínimas e máximas foram, respectivamente, 16,3°C e 28,6°C (anomalias de -0,7 e 0,3°C, respectivamente), próximo da média para o mês. A maior temperatura máxima registrada foi 33,4ºC (dias 9), e a menor temperatura mínima foi 9,7ºC (dia 2), a menor temperatura registrada no mês de novembro desde o início das medições. As médias mensais da umidade relativa do ar e da intensidade do vento foram 72,3% e 1,1 m/s (3,96 km/h), respectivamente. No mês de novembro a direção predominante do vento foi a Nordeste. Houve 16 dias com precipitação, sendo 13 dias com precipitação acima de 0,4 mm, totalizando 80,8 mm (39,3% da média). Os desvios calculados aqui provêm das médias da estação desde abril de 2010.

No mês de novembro de 2020 houve a atuação de apenas uma frente fria. Os primeiros 5 dias do mês foram marcados pela presença de uma alta pressão pós-frontal, que propiciou maior queda nas temperaturas mínimas; no dia 2 foi observada a menor temperatura para novembro desde a instalação da estação em abril de 2010, com 9,7°C. No dia 3, o avanço de um cavado nos médios níveis favoreceu o crescimento de instabilidades no sul de Minas, e com isso houve aumento na nebulosidade e chuva de 5,6 mm. A única frente fria do mês atuou na faixa litorânea do Sudeste entre os dias 17 e 18 (Figura 2), provocou chuva sobre o sul de Minas; foram 40,6 mm acumulados nos dois dias. Durante quase todo o mês a atuação da Alta Subtropical do Atlântico Sul (ASAS) foi predominante, e esta configuração inibiu a formação de grandes instabilidades, fazendo com que houvesse pouca chuva após o aquecimento diurno no fim dos dias. Isto, somado ao avanço de poucas frentes frias, fez com que a chuva em novembro ficasse muito abaixo da média.

Com relação à nebulosidade (Figura 3), a média mensal da cobertura diária de nuvens foi de 45%. Os dias mais nebulosos foram os dias 03 e 11 de novembro. 

O maior valor do Índice de Estresse Térmico (IET) por dia no mês de novembro é mostrado na Figura 4. Detalhes sobre o IET são fornecidos no volume 2 (11) deste boletim. De forma geral, o IET serve como um guia para quem realiza atividades físicas, sendo que os valores de IET menores ou iguais a 25 indicam risco baixo à saúde, valores entre 26 e 33 risco moderado, já valores maiores do que 33, risco extremo. Considerando a série temporal do maior valor diário de IET, o menor valor registrado foi 21,5 (dia 3), o maior valor foi 28,2 (dia 15), a média mensal foi 25,8, e a média da hora de ocorrência do maior IET 13h13. Assim, recomenda-se a não realização de atividades físicas por volta das 11:00 às 16:00 horas. É válido ressaltar que o IET decresce quando há alta cobertura de nuvens e temperaturas mais baixas e aumenta quando há condições atmosféricas opostas (Figuras 3 e 4). 

Com relação ao índice de aridez (IA; detalhes sobre esse índice são apresentados no volume 3 (04) deste boletim, foi igual a 0,85, o que caracteriza um clima subúmido úmido.

Para aqueles que tiverem interesse em saber em tempo real a evolução das variáveis atmosféricas em Itajubá, esse boletim deixa como sugestão o acesso aos sites:

meteorologia.unifei.edu.br

https://www.wunderground.com/personal-weather-station/dashboard?ID=IITAJUB5 

Aos leitores que tiverem interesse no monitoramento dos ciclones na América do Sul e a previsão climática sazonal nas diferentes regiões do país, sugerimos o acesso à página:

www.grec.iag.usp.br

Figura 1 Variáveis atmosféricas observadas no mês de novembro de 2020 na estação meteorológica automática localizada no campus da Universidade Federal de Itajubá (latitude 22º 24’ 46” e longitude 45º 27’06”): a) temperatura (°C) máxima diária (vermelho), temperatura mínima diária (azul) e média diária da temperatura do ar (verde) a 2 m de altura, b) média diária da pressão atmosférica ao nível médio do mar (hPa), c) direção predominante do vento a 2,5 m de altura; C indica calmaria, d) totais diários de precipitação (mm) contabilizados entre 00:10 e 24:00 h, e) média diária da umidade relativa (%) a 2 m de altura e f) média diária da intensidade do vento (m/s) a 2,5 m de altura. 

Figura 2 Frente semi-estacionária entre o Paraná e o Rio de Janeiro, até o oceano, com ramo frio sobre o sul de Minas Gerais (Imagens de 18/11/2020 00Z; canal 10,3µm do satélite GOES-16). Fonte: GPT-CPTEC-INPE.

Figura 3 Cobertura de nuvens média diária na cidade de Itajubá no mês de novembro de 2020.

Figura 4 Maior valor diário do Índice de Estresse Térmico na cidade de Itajubá no mês de novembro de 2020.

Autores: Vinícius Henrique Lucyrio de Lima e Michelle Simões Reboita.

Boletim Meteorológico Mensal da Unifei - Volume 10 - Número 10

As condições atmosféricas em Itajubá no mês de outubro de 2020, medidas na estação meteorológica automática localizada na UNIFEI, são apresentadas na Figura 1. Neste mês, a temperatura média do ar oscilou entre 18,6°C e 27,4°C (a média foi 22,4°C). As médias de temperaturas mínimas e máximas foram, respectivamente, 17,6°C e 28,8°C (anomalias de +1,6 e 0,0°C, respectivamente), pouco acima da média para o mês. A maior temperatura máxima registrada foi 35,1ºC (dias 2 e 3), e a menor temperatura mínima foi 13,1ºC (dia 12). As médias mensais da umidade relativa do ar e da intensidade do vento foram 70,3% e 1,28 m/s (4,62 km/h), respectivamente. No mês de outubro a direção predominante do vento foi a Nordeste. Houve 13 dias com precipitação, totalizando 100,2 mm (82,7% da média). Os desvios calculados aqui provêm das médias da estação desde abril de 2010.

Durante o mês de outubro de 2020 houve a atuação de 3 sistemas frontais sobre o sul de Minas, sendo que dois deles causaram mudanças nas condições do tempo em Itajubá. A primeira semana do mês foi marcada por temperaturas muito altas ocorridas durante uma grande onda de calor que atingiu quase todo o Brasil; na ocasião, a temperatura máxima em Itajubá ficou acima de 34°C durante 5 dias. A primeira frente semi-estacionária atuou entre o sul do Mato Grosso do Sul e litoral de São Paulo entre os dias 3 e 4, sem provocar grandes alterações no tempo (Figura 2). No dia 6, a atuação de um cavado em superfície sobre o Sudeste provocou chuva (12,8 mm). Dos dias 9 a 11, a segunda frente fria atuou nas regiões litorâneas (Figura 3), causando aumento na nebulosidade e queda nas temperaturas, mas com pouca chuva; a alta pós-frontal associada provocou as menores temperaturas do mês, com 13,1°C no dia 12. A entrada de uma alta pressão maritimizada associada a um cavado nos médios níveis provocou aumento na nebulosidade, nos ventos e queda nas temperaturas entre os dias 16 e 17. Do dia 25 ao dia 27 ocorreu a formação da Tempestade Subtropical Mani (Figura 4) em alto mar, próximo ao litoral sul do Espírito Santo, mas sem causar mudanças no tempo no sul de Minas. A terceira frente foi semi-estacionária e atuou entre 30 e 31/10, quando se formou a Zona de Convergência do Atlântico Sul (Figura 5); os sistemas causaram chuva, aumento na nebulosidade e queda nas temperaturas máximas.

Com relação à nebulosidade (Figura 6), a média mensal da cobertura diária de nuvens foi de 54%. Os dias mais nebulosos foram os dias 09, 16, 24 e 30 de outubro.

O maior valor do Índice de Estresse Térmico (IET) por dia no mês de outubro é mostrado na Figura 7. Detalhes sobre o IET são fornecidos no volume 2 (11) deste boletim. De forma geral, o IET serve como um guia para quem realiza atividades físicas, sendo que os valores de IET menores ou iguais a 25 indicam risco baixo à saúde, valores entre 26 e 33 risco moderado, já valores maiores do que 33, risco extremo. Considerando a série temporal do maior valor diário de IET, o menor valor registrado foi 19,9 (dia 16), o maior valor foi 29,4 (dia 07), a média mensal foi 25,5, e a média da hora de ocorrência do maior IET 13h12. Assim, recomenda-se a não realização de atividades físicas por volta das 11:00 às 16:00 horas. É válido ressaltar que o IET decresce quando há alta cobertura de nuvens e temperaturas mais baixas e aumenta quando há condições atmosféricas opostas (Figuras 6 e 7). 

Com relação ao índice de aridez (IA; detalhes sobre esse índice são apresentados no volume 3 (04) deste boletim, foi igual a 0,99, o que caracteriza um clima subúmido úmido.

Para aqueles que tiverem interesse em saber em tempo real a evolução das variáveis atmosféricas em Itajubá, esse boletim deixa como sugestão o acesso aos sites:

https://meteorologia.unifei.edu.br/

https://www.wunderground.com/personal-weather-station/dashboard?ID=IITAJUB5 

Aos leitores que tiverem interesse no monitoramento dos ciclones na América do Sul e a previsão climática sazonal nas diferentes regiões do país, sugerimos o acesso à página:

www.grec.iag.usp.br

Figura 1 Variáveis atmosféricas observadas no mês de outubro de 2020 na estação meteorológica automática localizada no campus da Universidade Federal de Itajubá (latitude 22º 24’ 46” e longitude 45º 27’06”): a) temperatura (°C) máxima diária (vermelho), temperatura mínima diária (azul) e média diária da temperatura do ar (verde) a 2 m de altura, b) média diária da pressão atmosférica ao nível médio do mar (hPa), c) direção predominante do vento a 2,5 m de altura; C indica calmaria, d) totais diários de precipitação (mm) contabilizados entre 00:10 e 24:00 h, e) média diária da umidade relativa (%) a 2 m de altura e f) média diária da intensidade do vento (m/s) a 2,5 m de altura. 

Figura 2 Frente fria com ramo semi-estacionário entre o sudoeste do Mato Grosso do Sul, Paraná e o Rio de Janeiro (Imagens de 04/10/2020 00Z; canal 10,3 µm do satélite GOES-16). Fonte: GPT-CPTEC-INPE.

Figura 3 Frente semi-estacionária próximo ao litoral do Rio de Janeiro (Imagens de 09/10/2020 12Z; canal 0,47 µm do satélite GOES-16). Fonte: GPT-CPTEC-INPE.

Figura 4 Tempestade Subtropical Mani próximo ao litoral do Espírito Santo (Imagens de 26/10/2020 12Z; canal 0,47 µm do satélite GOES-16). Fonte: GPT-CPTEC-INPE.

Figura 5 ZCAS entre o sul da Amazônia e o litoral norte do Rio de Janeiro, atuando em conjunto com uma frente fria sobre o oceano Atlântico (Imagens de 31/10/2020 00Z; canal 10,3 µm do satélite GOES-16). Fonte: GPT-CPTEC-INPE.

Figura 6 Cobertura de nuvens média diária na cidade de Itajubá no mês de outubro de 2020.

Figura 7 Maior valor diário do Índice de Estresse Térmico na cidade de Itajubá no mês de outubro de 2020.

Autores: Vinícius Henrique Lucyrio de Lima e Michelle Simões Reboita.

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