quinta-feira, 29 de outubro de 2020

Boletim Meteorológico Mensal da Unifei - Volume 10 - Número 09

As condições atmosféricas em Itajubá no mês de setembro de 2020, medidas na estação meteorológica automática localizada na UNIFEI, são apresentadas na Figura 1. Neste mês, a temperatura média do ar oscilou entre 17,3ºC e 25,6°C (a média foi 22,6°C). As médias de temperaturas mínimas e máximas foram, respectivamente, 15,8°C e 30,1°C (anomalias de +2,6 e +1,7°C, respectivamente), acima da média para o mês. A maior temperatura máxima registrada foi 35,1ºC (dia 30), a maior temperatura já registrada no mês de setembro desde a abertura da estação, e a menor temperatura mínima foi 12,6ºC (dia 24). As médias mensais da umidade relativa do ar e da intensidade do vento foram 59,2% e 1,10 m/s (3,95 km/h), respectivamente. No mês de setembro a direção predominante do vento foi a Nordeste. Houve 5 dias com precipitação, totalizando 39,7 mm (47,9% da média). 

No mês de setembro de 2020 3 frentes frias atuaram sobre o sul de Minas Gerais, sendo que 1 provocou alterações significativas no tempo. Entre os dias 4 e 19 um sistema de alta pressão nos médios níveis da atmosfera atuou mantendo o céu claro, a umidade relativa do ar baixa (19% no dia 5 e frequentemente abaixo dos 30%) e as temperaturas altas. Uma frente fria passou brevemente pelo litoral de São Paulo no dia 15 (Figura 2), provocando apenas uma pequena queda na temperatura nos dias 15 e 16. Dos dias 20 a 23 outra frente fria mais intensa (Figura 3) ingressou na região provocando aumento na nebulosidade, chuva (29,6 mm entre os dias 20 e 22) e queda nas temperaturas máximas. Entre os dias 27 e 30 a atuação de uma alta em médios níveis sobre o Sudeste e o Planalto Central propiciou o ingresso de ar muito quente, causando uma intensa onda de calor; houve quebra do recorde absoluto de calor para setembro na estação da UNIFEI (35,1°C no dia 30). Apesar disso, a passagem de uma frente fria em alto mar próximo ao litoral de São Paulo organizou algumas instabilidades que provocaram chuva no dia 30 (9,8 mm).

Com relação à nebulosidade (Figura 4), a média mensal da cobertura diária de nuvens foi de 36%. Os dias mais nebulosos foram os dias 20, 21 e 22 de agosto.

O maior valor do Índice de Estresse Térmico (IET) por dia no mês de setembro é mostrado na Figura 5. Detalhes sobre o IET são fornecidos no volume 2 (11) deste boletim. De forma geral, o IET serve como um guia para quem realiza atividades físicas, sendo que os valores de IET menores ou iguais a 25 indicam risco baixo à saúde, valores entre 26 e 33 risco moderado, já valores maiores do que 33, risco extremo. Considerando a série temporal do maior valor diário de IET, o menor valor registrado foi 18,2 (dia 22), o maior valor foi 29,1 (dia 30), a média mensal foi 24,8, e a média da hora de ocorrência do maior IET 12h34. Assim, recomenda-se a não realização de atividades físicas por cerca das 12:00 às 16:00 horas. É válido ressaltar que o IET decresce quando há alta cobertura de nuvens e temperaturas mais baixas e aumenta quando há condições atmosféricas opostas (Figuras 4 e 5). 

Com relação ao índice de aridez (IA; detalhes sobre esse índice são apresentados no volume 3 (04) deste boletim, foi igual a 0,42, o que caracteriza um clima semiárido.

Para aqueles que tiverem interesse em saber em tempo real a evolução das variáveis atmosféricas em Itajubá, esse boletim deixa como sugestão o acesso aos sites:

www.cepremg.unifei.edu.br

https://www.wunderground.com/personal-weather-station/dashboard?ID=IITAJUB5 

Aos leitores que tiverem interesse no monitoramento dos ciclones na América do Sul e a previsão climática sazonal nas diferentes regiões do país, sugerimos o acesso à página:

www.grec.iag.usp.br

Figura 1 Variáveis atmosféricas observadas no mês de setembro de 2020 na estação meteorológica automática localizada no campus da Universidade Federal de Itajubá (latitude 22º 24’ 46” e longitude 45º 27’06”): a) temperatura (°C) máxima diária (vermelho), temperatura mínima diária (azul) e média diária da temperatura do ar (verde) a 2 m de altura, b) média diária da pressão atmosférica ao nível médio do mar (hPa), c) direção predominante do vento a 2,5 m de altura; C indica calmaria, d) totais diários de precipitação (mm) contabilizados entre 00:10 e 24:00 h, e) média diária da umidade relativa (%) a 2 m de altura e f) média diária da intensidade do vento (m/s) a 2,5 m de altura. 

Figura 2 Frente fria atuando no litoral paulista (Imagens das 06Z de 15/09/2020; canal 10,3 µm do satélite GOES-16). Fonte: GPT-CPTEC-INPE.

Figura 3 Frente fria atuando entre o litoral norte de São Paulo, Rio de Janeiro e sul de Minas, com muita nebulosidade organizada pelo sistema (Imagens das 18Z de 20/09/2020; canal 10,3 µm do satélite GOES-16). Fonte: GPT-CPTEC-INPE.

Figura 4 Cobertura de nuvens média diária na cidade de Itajubá no mês de agosto de 2020.

Figura 5 Maior valor diário do Índice de Estresse Térmico na cidade de Itajubá no mês de agosto de 2020.

Autores: Vinícius Henrique Lucyrio de Lima e Michelle Simões Reboita.

Boletim Meteorológico Mensal da Unifei - Volume 10 - Número 08

As condições atmosféricas em Itajubá no mês de agosto de 2020, medidas na estação meteorológica automática localizada na UNIFEI, são apresentadas na Figura 1. Neste mês, a temperatura média do ar oscilou entre 13,4ºC e 23,6°C (a média foi 17,9°C). As médias de temperaturas mínimas e máximas foram, respectivamente, 11,5°C e 25,3°C (anomalias de +0,6 e -1,0°C, respectivamente), pouco abaixo da média para o mês. A maior temperatura máxima registrada foi 31,0ºC (dia 31) e a menor temperatura mínima foi 4,9ºC (dia 26). As médias mensais da umidade relativa do ar e da intensidade do vento foram 66,3% e 1,01 m/s (3,63 km/h), respectivamente. No mês de agosto a direção predominante do vento foi a Nordeste. Houve 5 dias com precipitação, totalizando 20,8 mm (67,4% da média).

No mês de agosto de 2020 atuaram 2 frentes frias na região Sudeste, sendo que apenas 1 provocou alterações significativas no tempo. No dia 1 houve presença de muita nebulosidade devido a um cavado em superfície entre São Paulo e o sul de MG, mas sem provocar precipitação. Entre os dias 17 e 18 a presença de cavados em superfície em associação com uma frente fria próxima ao litoral de São Paulo deixaram o tempo instável, com aumento na nebulosidade e precipitação de 7,2 mm no dia 17 (Figura 2). Entre os dias 20 e 22 uma forte frente fria atuou entre a Amazônia e o Sudeste do Brasil (Figura 3), causando forte queda nas temperaturas em grande parte do país; no sul de MG houve queda nas temperaturas máximas (15,6°C no dia 21 e 17,4°C no dia 22), e precipitação de 13,4 mm do dia 20 ao dia 22. A alta pós-frontal que atuou após a passagem da frente fria também causou queda nas temperaturas mínimas, com valor mínimo de 4,9°C no dia 26.

Com relação à nebulosidade (Figura 4), a média mensal da cobertura diária de nuvens foi de 28%. Os dias mais nebulosos foram os dias 01, 17 e 21 de agosto.

O maior valor do Índice de Estresse Térmico (IET) por dia no mês de agosto é mostrado na Figura 5. Detalhes sobre o IET são fornecidos no volume 2 (11) deste boletim. De forma geral, o IET serve como um guia para quem realiza atividades físicas, sendo que os valores de IET menores ou iguais a 25 indicam risco baixo à saúde, valores entre 26 e 33 risco moderado, já valores maiores do que 33, risco extremo. Considerando a série temporal do maior valor diário de IET, o menor valor registrado foi 13,5 (dia 21), o maior valor foi 26,0 (dia 19), a média mensal foi 21,5, e a média da hora de ocorrência do maior IET 13h29. Assim, recomenda-se a não realização de atividades físicas por cerca das 12:00 às 16:00 horas. É válido ressaltar que o IET decresce quando há alta cobertura de nuvens e temperaturas mais baixas e aumenta quando há condições atmosféricas opostas (Figuras 4 e 5). 

Com relação ao índice de aridez (IA; detalhes sobre esse índice são apresentados no volume 3 (04) deste boletim, foi igual a 0,37, o que caracteriza um clima semiárido.

Para aqueles que tiverem interesse em saber em tempo real a evolução das variáveis atmosféricas em Itajubá, esse boletim deixa como sugestão o acesso aos sites:

www.cepremg.unifei.edu.br

www.wunderground.com/personal-weather-station/dashboard?ID=IITAJUB5 

Aos leitores que tiverem interesse no monitoramento dos ciclones na América do Sul e a previsão climática sazonal nas diferentes regiões do país, sugerimos o acesso à página:

www.grec.iag.usp.br

Figura 1 Variáveis atmosféricas observadas no mês de agosto de 2020 na estação meteorológica automática localizada no campus da Universidade Federal de Itajubá (latitude 22º 24’ 46” e longitude 45º 27’06”): a) temperatura (°C) máxima diária (vermelho), temperatura mínima diária (azul) e média diária da temperatura do ar (verde) a 2 m de altura, b) média diária da pressão atmosférica ao nível médio do mar (hPa), c) direção predominante do vento a 2,5 m de altura; C indica calmaria, d) totais diários de precipitação (mm) contabilizados entre 00:10 e 24:00 h, e) média diária da umidade relativa (%) a 2 m de altura e f) média diária da intensidade do vento (m/s) a 2,5 m de altura. 

Figura 2 Cavados em superfície entre o sul do Mato Grosso e região central de Minas, e frente fria em alto mar na altura do litoral de São Paulo (Imagens das 00Z de 18/08/2020; canal 10,3 µm do satélite GOES-16). Fonte: GPT-CPTEC-INPE.

Figura 3 Frente fria entre o sul da Amazônia e a região Sudeste, associada a uma forte onda de frio. (Imagens das 00Z de 21/08/2020; canal 10,3 µm do satélite GOES-16). Fonte: GPT-CPTEC-INPE.

Figura 4 Cobertura de nuvens média diária na cidade de Itajubá no mês de agosto de 2020.

Figura 5 Maior valor diário do Índice de Estresse Térmico na cidade de Itajubá no mês de agosto de 2020.

Autores: Vinícius Henrique Lucyrio de Lima e Michelle Simões Reboita.

quarta-feira, 28 de outubro de 2020

Boletim Meteorológico Mensal da Unifei - Volume 10 - Número 07

As condições atmosféricas em Itajubá no mês de julho de 2020, medidas na estação meteorológica automática localizada na UNIFEI, são apresentadas na Figura 1.  A Figura 1 contém, também, as variáveis meteorológicas medidas nas estações do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) em Maria da Fé, São Lourenço e Passa Quatro. Houve transferência da estação para outro local no dia 15 de julho, portanto ocorreram falhas nas medições em alguns dias na segunda quinzena do mês. Neste mês, a temperatura média do ar oscilou entre 12,8ºC e 19,7°C (a média foi 16,9°C). As médias de temperaturas mínimas e máximas foram, respectivamente, 10,8°C e 25,3°C (anomalias de +1,0 e +0,9°C, respectivamente), acima da média para o mês. A maior temperatura máxima registrada foi 27,8°C (dia 13) e a menor temperatura mínima foi 6,8°C (dia 02). As médias mensais da umidade relativa do ar e da intensidade do vento foram 74,5% e 0,28 m/s (1,00 km/h), respectivamente. No mês de julho a direção predominante do vento foi a Nordeste. Não foram contabilizados dias com precipitação devido às falhas nos dados da estação.

No mês de julho de 2020 houve a atuação de 5 sistemas frontais no sul de Minas Gerais, sendo que apenas dois provocaram alterações dignas de nota no tempo. A primeira frente fria (Figura 2) atuou entre os dias 1 e 2, provocando aumento na nebulosidade, queda nas temperaturas, mas pouca precipitação (apenas 0,4 mm dia 1); a alta pós-frontal que ingressou em seguida causou queda nas temperaturas mínimas (6,8°C no dia 2). A segunda frente fria (Figura 3) ingressou no dia 9, sem causar grandes mudanças no tempo sobre o sul de Minas Gerais. Outra frente fria passou pelo litoral da região Sudeste no dia 14 (Figura 4), provocando apenas aumento na nebulosidade. Um quarto sistema frontal, semi-estacionário, atuou brevemente no dia 26 (Figura 5) mas também sem provocar alterações significativas no tempo. O quinto e último sistema foi uma frente semi-estacionária (Figura 6), que atuou entre os dias 29 e 30, provocando chuvas isoladas no sul de Minas Gerais e queda nas temperaturas máximas.

Devido às falhas na aferição dos dados com a mudança no local da estação não foi possível calcular o Índice de Estresse Térmico (IET), a Nebulosidade e o Índice de Aridez para o mês de julho.

Para aqueles que tiverem interesse em saber em tempo real a evolução das variáveis atmosféricas em Itajubá, esse boletim deixa como sugestão o acesso aos sites:

www.cepremg.unifei.edu.br

https://www.wunderground.com/personal-weather-station/dashboard?ID=IITAJUB5 

Aos leitores que tiverem interesse no monitoramento dos ciclones na América do Sul e a previsão climática sazonal nas diferentes regiões do país, sugerimos o acesso à página:

www.grec.iag.usp.br


Figura 1 Variáveis atmosféricas observadas no mês de julho de 2020 na estação meteorológica automática localizada no campus da Universidade Federal de Itajubá (latitude 22º 24’ 46” e longitude 45º 27’06”), e nas estações do INMET em São Lourenço, Maria da Fé e Passa Quatro: a) Temperatura mínima e máxima; b) Vento médio diário; c) Precipitação acumulada; d) Umidade relativa do ar média diária.

Figura 2 Onda frontal, com frente fria entre o Mato Grosso e São Paulo, e forte ciclone extratropical no Atlântico. (Imagens das 12Z de 01/07/2020; canal 10,3 µm do satélite GOES-16). Fonte: GPT-CPTEC-INPE.

Figura 3 Onda frontal, com frente fria do sul do Mato Grosso ao oceano, passando por São Paulo. (Imagens das 06Z de 09/07/2020; canal 10,3 µm do satélite GOES-16). Fonte: GPT-CPTEC-INPE.

Figura 4 Frente fria fraca no litoral norte de São Paulo adentrando o sul de Minas. (Imagens das 06Z de 14/07/2020; canal 10,3 µm do satélite GOES-16). Fonte: GPT-CPTEC-INPE.

Figura 5 Frente semi-estacionária atuando entre o MS e o litoral norte de São Paulo. (Imagens das 12Z de 26/07/2020; canal 10,3 µm do satélite GOES-16). Fonte: GPT-CPTEC-INPE.

Figura 6 Frente semi-estacionária atuando entre o sul de Rondônia e o litoral do RJ, passando pelo sul de MG. (Imagens das 00Z de 30/07/2020; canal 10,3 µm do satélite GOES-16). Fonte: GPT-CPTEC-INPE.

Autores: Vinícius Henrique Lucyrio de Lima e Michelle Simões Reboita.

domingo, 13 de setembro de 2020

Boletim Meteorológico Mensal da Unifei - Volume 10 - Número 06

As condições atmosféricas em Itajubá no mês de junho de 2020, medidas na estação meteorológica automática localizada na UNIFEI, são apresentadas na Figura 1. Neste mês, a temperatura média do ar oscilou entre 14,8ºC e 20,5°C (a média foi 17,8°C). As médias de temperaturas mínimas e máximas foram, respectivamente, 12,1°C e 25,2°C (anomalias de +1,6 e +0,9°C, respectivamente), acima da média para o mês. A maior temperatura máxima registrada foi 28,3ºC (dias 11 e 13) e a menor temperatura mínima foi 7,6ºC (dia 01). As médias mensais da umidade relativa do ar e da intensidade do vento foram 79,6% e 0,19 m/s (0,70 km/h), respectivamente. No mês de junho a direção predominante do vento foi a Nordeste. Houve 16 dias com precipitação, sendo 3 dias com precipitação acima de 0,4 mm, totalizando 37,0 mm (85,6% da média).

No mês de junho de 2020 houve a atuação de 4 sistemas frontais no sul de Minas Gerais, sendo que 3 deles causaram alguma alteração significativa nas condições do tempo. A primeira foi uma frente semiestacionária (Figura 2) que atuou no litoral de São Paulo e Rio de Janeiro entre os dias 3 e 4, mas não provocou mudanças no tempo em Itajubá. Entre os dias 6 e 8, a segunda frente fria atuou entre o Mato Grosso do Sul e a região Sudeste (Figura 3), associada a um ciclone extratropical, e provocou aumento na nebulosidade e chuva forte no sul mineiro; no dia 7, choveu 21,0 mm em Itajubá. O terceiro sistema foi uma frente semiestacionária que atuou desde a Amazônia até o Sudeste, com ramo frio no litoral de São Paulo e Rio de Janeiro (Figura 4) nos dias 14 e 15; esta frente não provocou chuva em Itajubá, mas a alta pós-frontal que ingressou na sequência causou queda nas temperaturas, com mínima de 9,0°C no dia 18. Entre os dias 23 e 25, uma alta migratória deu suporte ao Anticiclone Subtropical do Atlântico Sul (ASAS), induzindo maior ingresso de ar frio sobre o Sudeste e causando queda nas temperaturas no sul mineiro; no dia 24, a mínima foi de 8,3°C. Do dia 26 ao dia 28 uma frente semiestacionária atuou entre o extremo sul da Amazônia e o Sudeste (Figura 5), com ramo frio no litoral, causando chuva e aumento na nebulosidade; foram 4,8 mm no dia 26 e 8,4 mm no dia 27.

Com relação à nebulosidade (Figura 6), a média mensal da cobertura diária de nuvens foi de 28%. Os dias mais nebulosos foram os dias 05, 07 e 27 de junho.

O maior valor do Índice de Estresse Térmico (IET) por dia no mês de junho é mostrado na Figura 7. Detalhes sobre o IET são fornecidos no volume 2 (11) deste boletim. De forma geral, o IET serve como um guia para quem realiza atividades físicas, sendo que os valores de IET menores ou iguais a 25 indicam risco baixo à saúde, valores entre 26 e 33 risco moderado, já valores maiores do que 33, risco extremo. Considerando a série temporal do maior valor diário de IET, o menor valor registrado foi 20,1 (dia 28), o maior valor foi 25,0 (dia 13), a média mensal foi 22,6, e a média da hora de ocorrência do maior IET 13h34. Assim, recomenda-se a não realização de atividades físicas por cerca das 12:00 às 16:00 horas. É válido ressaltar que o IET decresce quando há alta cobertura de nuvens e temperaturas mais baixas e aumenta quando há condições atmosféricas opostas (Figuras 6 e 7). 

Com relação ao índice de aridez (IA; detalhes sobre esse índice são apresentados no volume 3 (04) deste boletim, foi igual a 0,74, o que caracteriza um clima subúmido úmido.

Para aqueles que tiverem interesse em saber em tempo real a evolução das variáveis atmosféricas em Itajubá, esse boletim deixa como sugestão o acesso aos sites:

www.cepremg.unifei.edu.br

https://www.wunderground.com/personal-weather-station/dashboard?ID=IITAJUB5 

Aos leitores que tiverem interesse no monitoramento dos ciclones na América do Sul e a previsão climática sazonal nas diferentes regiões do país, sugerimos o acesso à página:

www.grec.iag.usp.br


Figura 1 Variáveis atmosféricas observadas no mês de junho de 2020 na estação meteorológica automática localizada no campus da Universidade Federal de Itajubá (latitude 22º 24’ 46” e longitude 45º 27’06”): a) temperatura (°C) máxima diária (vermelho), temperatura mínima diária (azul) e média diária da temperatura do ar (verde) a 2 m de altura, b) média diária da pressão atmosférica ao nível médio do mar (hPa), c) direção predominante do vento a 2,5 m de altura; C indica calmaria, d) totais diários de precipitação (mm) contabilizados entre 00:10 e 24:00 h, e) média diária da umidade relativa (%) a 2 m de altura e f) média diária da intensidade do vento (m/s) a 2,5 m de altura. 

Figura 2 Frente semiestacionária com ramo frio no sul e litoral de São Paulo (Imagens das 06Z de 03/06/2020; canal 12,3 µm do satélite GOES-16). Fonte: GPT-CPTEC-INPE.

Figura 3 Frente fria sobre São Paulo e sul de Minas Gerais, associado a um sistema de baixa pressão próximo do litoral do Rio Grande do Sul. (Imagens das 12Z de 07/06/2020; canal 12,3 µm do satélite GOES-16). Fonte: GPT-CPTEC-INPE.

Figura 4 Frente semiestacionária, com ramo frio continental entre o sul da Amazônia e o Mato Grosso do Sul, e outro ramo frio passando pelo sul de SP e MG. (Imagens das 18Z de 14/06/2020; canal 0,64 µm do satélite GOES-16). Fonte: GPT-CPTEC-INPE.

Figura 5 Frente semiestacionária, com ramo frio continental entre o extremo sul de Rondônia e o Mato Gross, e outro ramo frio passando por São Paulo e extremo sul de Minas Gerais, com baixa pressão em formação no litoral do Rio de Janeiro. (Imagens das 12Z de 27/06/2020; canal 12,3 µm do satélite GOES-16). Fonte: GPT-CPTEC-INPE.

Figura 6 Cobertura de nuvens média diária na cidade de Itajubá no mês de junho de 2020.

Figura 7 Maior valor diário do Índice de Estresse Térmico na cidade de Itajubá no mês de junho de 2020.


Autores: Vinícius Henrique Lucyrio de Lima e Michelle Simões Reboita.

terça-feira, 23 de junho de 2020

Boletim Meteorológico Mensal da Unifei - Volume 10 - Número 05

As condições atmosféricas em Itajubá no mês de maio de 2020, medidas na estação meteorológica automática localizada na UNIFEI, são apresentadas na Figura 1 e no Anexo 1. Neste mês, a temperatura média do ar oscilou entre 11,3ºC e 19,6°C (a média foi 16,6°C). As médias de temperaturas mínimas e máximas foram, respectivamente, 10,6°C e 24,5°C (anomalias de -1,7 e -0,6°C, respectivamente). A maior temperatura máxima registrada foi 28,9ºC (dia 01 e a menor temperatura mínima foi 3,7ºC (dia 28), a menor já registrada em maio pela estação desde sua instalação. As médias mensais da umidade relativa do ar e da intensidade do vento foram 77,1% e 0,18 m/s (0,63 km/h), respectivamente. No mês de maio a direção predominante do vento foi a Nordeste. Houve 13 dias com precipitação, sendo 4 dias com precipitação acima de 0,4 mm, totalizando 16,4 mm (30,4% da média). Os desvios calculados aqui provêm das médias da estação desde abril de 2010 (Anexo 2).

O mês de maio de 2020 foi o mais frio e o mais seco desde a abertura da estação. Foi o terceiro mês seguido com chuva abaixo da média. Ao longo do mês, 5 frentes frias passaram pela região Sudeste do Brasil. A primeira passou pelo litoral de São Paulo entre os dias 1 e 2, sem alterar significativamente o tempo no sul de Minas Gerais. A segunda foi uma frente semiestacionária continental (Figura 2a) que passou entre os dias 6 e 8, causando aumento na nebulosidade e queda na temperatura máxima; a alta pós-frontal na retaguarda da frente provocou diminuição nas temperaturas mínimas, que permaneceram baixas até o dia 13. Nos dias 15 e 16, uma nova frente semiestacionária continental (Figura 2b) influenciou o tempo no sul de Minas, com aumento na nebulosidade e chuva (5,6 mm no dia 14). Nos dias 23, 24 e 25, uma onda frontal (Figura 2c) atuou no centro-sul do Brasil, com a formação de um ciclone extratropical no litoral do Rio Grande do Sul, causando 6,2 mm de chuva no dia 24; houve avanço de uma alta pós-frontal que provocou forte queda nas temperaturas. Houve incremento do ar frio com o avanço de uma frente fria secundária pelo litoral do Sul e Sudeste entre os dias 25 e 26 (Figura 2d), e este reforço causou a menor temperatura já registrada em maio pela estação da Unifei, com 3,7°C no dia 28. As temperaturas permaneceram baixas até o fim do mês. A umidade relativa do ar também ficou baixa em virtude da massa de ar frio, chegando a 23% no dia 29.

Com relação à nebulosidade (Figura 3), a média mensal da cobertura diária de nuvens foi de 30%. Os dias mais nebulosos foram os dias 14, 15, 23 e 24 de maio.

O maior valor do Índice de Estresse Térmico (IET) por dia no mês de maio é mostrado na Figura 4. Detalhes sobre o IET são fornecidos no volume 2 (11) deste boletim. De forma geral, o IET serve como um guia para quem realiza atividades físicas, sendo que os valores de IET menores ou iguais a 25 indicam risco baixo à saúde, valores entre 26 e 33 risco moderado, já valores maiores do que 33, risco extremo. Considerando a série temporal do maior valor diário de IET, o menor valor registrado foi 17,2 (dia 26), o maior valor foi 24,6 (dia 01), a média mensal foi 21,6, e a média da hora de ocorrência do maior IET 13h32. Assim, recomenda-se a não realização de atividades físicas por cerca das 12:00 às 16:00 horas. É válido ressaltar que o IET decresce quando há alta cobertura de nuvens e temperaturas mais baixas e aumenta quando há condições atmosféricas opostas (Figuras 3 e 4). 

Com relação ao índice de aridez (IA; detalhes sobre esse índice são apresentados no volume 3 (04) deste boletim), foi igual a 0,34, o que caracteriza um clima semi-árido.

Para aqueles que tiverem interesse em saber em tempo real a evolução das variáveis atmosféricas em Itajubá, esse boletim deixa como sugestão o acesso aos sites:



Aos leitores que tiverem interesse no monitoramento dos ciclones na América do Sul e a previsão climática sazonal nas diferentes regiões do país, sugerimos o acesso à página:


Figura 1 Variáveis atmosféricas observadas no mês de maio de 2020 na estação meteorológica automática localizada no campus da Universidade Federal de Itajubá (latitude 22º 24’ 46” e longitude 45º 27’06”): a) temperatura (oC) máxima diária (vermelho), temperatura mínima diária (azul) e média diária da temperatura do ar (verde) a 2 m de altura, b) média diária da pressão atmosférica ao nível médio do mar (hPa), c) direção predominante do vento a 2,5 m de altura; C indica calmaria, d) totais diários de precipitação (mm) contabilizados entre 00:10 e 24:00 h, e) média diária da umidade relativa (%) a 2 m de altura e f) média diária da intensidade do vento (m/s) a 2,5 m de altura. 

Figura 2 (a) Frente semiestacionária entre a Amazônia e o Sudeste, com ramo frio marítimo (07/05 12Z); (b) Frente semiestacionária continental, com ramo frio marítimo (15/05 12Z); (c) Onda frontal, com ampla frente fria continental e ciclone extratropical no Atlântico (24/05 00Z); (d) Frente semiestacionária derivada do avanço da onda friontal (c) e frente fria secundária passando pelo litoral do Sul e Sudeste (25/05 18Z). Fonte: GPT-CPTEC-INPE.

Figura 3 Cobertura de nuvens média diária na cidade de Itajubá no mês de maio de 2020.

Figura 4 Maior valor diário do Índice de Estresse Térmico na cidade de Itajubá no mês de maio de 2020.

Autores: Vinícius Henrique Lucyrio de Lima e Michelle Simões Reboita.

segunda-feira, 22 de junho de 2020

Boletim Meteorológico Mensal da Unifei - Volume 10 - Número 04

As condições atmosféricas em Itajubá no mês de abril de 2020, medidas na estação meteorológica automática localizada na UNIFEI, são apresentadas na Figura 1 e no Anexo 1. Neste mês, a temperatura média do ar oscilou entre 17,1ºC e 22,4°C (a média foi 20,4°C). As médias de temperaturas mínimas e máximas foram, respectivamente, 14,5°C e 27,3°C (anomalias de -0,9 e -0,4°C, respectivamente). A maior temperatura máxima registrada foi 29,7ºC (dia 03 e a menor temperatura mínima foi 9,8ºC (dia 28). As médias mensais da umidade relativa do ar e da intensidade do vento foram 77,2% e 0,24 m/s (0,88 km/h), respectivamente. No mês de abril a direção predominante do vento foi a Nordeste. Houve 7 dias com precipitação, sendo 3 dias com precipitação acima de 0,4 mm, totalizando 36,2 mm (59,4% da média). Os desvios calculados aqui provêm das médias da estação desde abril de 2010 (Anexo 2).

Ao longo do mês de abril de 2020, quatro frentes frias atuaram sobre o sul de Minas Gerais, com todas provocando alterações nas condições do tempo. A primeira frente fria (Figura 2a) atuou entre os dias 3 e 4 entre o sul da Bolívia e o Sudeste, causando 2,8 mm de precipitação no dia 3; a alta pós-frontal que a acompanhava provocou queda nas temperaturas mínimas dos dias 4 a 6. Entre os dias 7 e 9, a segunda frente fria passou pela região (Figura 2b) provocando aumento na nebulosidade e precipitação com volume de 10,8 mm no dia 7. O terceiro sistema foi uma frente semiestacionária bastante continentalizada (Figura 2c) que passou entre os dias 15 e 16, causando 21,8 mm de chuva no dia 16; não houve forte queda nas temperaturas. A circulação de uma alta pressão com centro no Oceano Atlântico e com bordas atuantes na região Sudeste trouxe condições de tempo estável entre os dias 20 e 26, com temperaturas baixas pela madrugada e menor umidade relativa do ar. No dia 27, a quarta frente fria passou pelo litoral da região Sudeste (Figura 2d), sem provocar aumento na nebulosidade ou precipitação; a alta pós-frontal que ingressou na sequência causou no dia 28 a menor temperatura do mês, com 9,8°C.

Com relação à nebulosidade (Figura 3), a média mensal da cobertura diária de nuvens foi de 35%. O dia mais nebuloso foi o dia 14 de abril.

O maior valor do Índice de Estresse Térmico (IET) por dia no mês de abril é mostrado na Figura 4. Detalhes sobre o IET são fornecidos no volume 2 (11) deste boletim. De forma geral, o IET serve como um guia para quem realiza atividades físicas, sendo que os valores de IET menores ou iguais a 25 indicam risco baixo à saúde, valores entre 26 e 33 risco moderado, já valores maiores do que 33, risco extremo. Considerando a série temporal do maior valor diário de IET, o menor valor registrado foi 22,7 (dia 29), o maior valor foi 28,1 (dia 03), a média mensal foi 24,8, e a média da hora de ocorrência do maior IET 13h21. Assim, recomenda-se a não realização de atividades físicas por cerca das 12:00 às 16:00 horas. É válido ressaltar que o IET decresce quando há alta cobertura de nuvens e temperaturas mais baixas e aumenta quando há condições atmosféricas opostas (Figuras 3 e 4). 

Com relação ao índice de aridez (IA; detalhes sobre esse índice são apresentados no volume 3 (04) deste boletim), foi igual a 0,51, o que caracteriza um clima subúmido seco.

Para aqueles que tiverem interesse em saber em tempo real a evolução das variáveis atmosféricas em Itajubá, esse boletim deixa como sugestão o acesso aos sites:



Aos leitores que tiverem interesse no monitoramento dos ciclones na América do Sul e a previsão climática sazonal nas diferentes regiões do país, sugerimos o acesso à página:


Figura 1 Variáveis atmosféricas observadas no mês de abril de 2020 na estação meteorológica automática localizada no campus da Universidade Federal de Itajubá (latitude 22º 24’ 46” e longitude 45º 27’06”): a) temperatura (oC) máxima diária (vermelho), temperatura mínima diária (azul) e média diária da temperatura do ar (verde) a 2 m de altura, b) média diária da pressão atmosférica ao nível médio do mar (hPa), c) direção predominante do vento a 2,5 m de altura; C indica calmaria, d) totais diários de precipitação (mm) contabilizados entre 00:10 e 24:00 h, e) média diária da umidade relativa (%) a 2 m de altura e f) média diária da intensidade do vento (m/s) a 2,5 m de altura. 

Figura 2 (a) Frente fria entre o sul da Bolívia e o sul da região Sudeste, com ramo estacionário sobre São Paulo (04/04 00Z); (b) Frente fria entre o Mato Grosso do Sul e o sul de Minas Gerais (08/04 06Z); (c) Frente semiestacionária entre o sul da Amazônia e o Rio de Janeiro (16/04 00Z); (d) Frente fria passando pelo Oceano Atlântico próximo do litoral do Sudeste (27/04 18Z). Fonte: GPT-CPTEC-INPE.

Figura 3 Cobertura de nuvens média diária na cidade de Itajubá no mês de abril de 2020.

Figura 4 Maior valor diário do Índice de Estresse Térmico na cidade de Itajubá no mês de abril de 2020.

Autores: Vinícius Henrique Lucyrio de Lima e Michelle Simões Reboita.

Boletim Meteorológico Mensal da Unifei - Volume 10 - Número 03


As condições atmosféricas em Itajubá no mês de março de 2020, medidas na estação meteorológica automática localizada na UNIFEI, são apresentadas na Figura 1 e no Anexo 1. Neste mês, a temperatura média do ar oscilou entre 20,0ºC e 23,8°C (a média foi 22,0°C). As médias de temperaturas mínimas e máximas foram, respectivamente, 16,4°C e 28,7°C (anomalias de -1,1 e 0,0°C, respectivamente). A maior temperatura máxima registrada foi 31,3ºC (dias 11, 14 e 18) e a menor temperatura mínima foi 11,9ºC (dia 24). As médias mensais da umidade relativa do ar e da intensidade do vento foram 76,3% e 0,36 m/s (1,30 km/h), respectivamente. No mês de março a direção predominante do vento foi a Nordeste. Houve 12 dias com precipitação, sendo 8 dias com precipitação acima de 0,4 mm, totalizando 100,6 mm (52,4% da média). Os desvios calculados aqui provêm das médias da estação desde abril de 2010.

No mês de março de 2020 houve a atuação de duas frentes com alteração mais significativa nas condições do tempo no sul de Minas Gerais. A primeira frente semiestacionária (Figura 2a) atuou juntamente com a Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS), que esteve ativa entre os dias 1 e 9 de março, o que influenciou na precipitação de 15,4 mm no dia 1; dos dias 2 a 9 o sistema se manteve entre o norte de Minas Gerais e sul da Bahia. Após o deslocamento da ZCAS para o norte, atuou uma alta pós-frontal que manteve o tempo predominantemente estável e com amplitudes térmicas maiores; a temperatura chegou a 13,7°C no dia 6. Entre os dias 10 e 18, a temperatura entrou em elevação, e a junção de calor e umidade mais elevada provocou 28,6 mm de chuva no dia 15, o maior acumulado do mês. Nos dias 19 e 20, instabilidades pré-frontais provocaram acumulados de 15,0 mm, e no dia 21 uma frente fria passou pela região (Figura 2b) causando queda na temperatura e chuva, com acumulado de 2,6 mm. Após a passagem desta frente, as temperaturas mínimas ficaram baixas até o dia 27, chegando a 11,9°C no dia 24, a menor temperatura do mês. Dos dias 28 a 31 a temperatura se elevou, e com a atuação de cavados em superfície (Figura 2c) houve precipitação com acumulados de 4,6 mm no dia 29 e 9,2 mm no dia 31.

Com relação à nebulosidade (Figura 3), a média mensal da cobertura diária de nuvens foi de 38%. O dia mais nebuloso foi o dia 20 de março.

O maior valor do Índice de Estresse Térmico (IET) por dia no mês de março é mostrado na Figura 4. Detalhes sobre o IET são fornecidos no volume 2 (11) deste boletim. De forma geral, o IET serve como um guia para quem realiza atividades físicas, sendo que os valores de IET menores ou iguais a 25 indicam risco baixo à saúde, valores entre 26 e 33 risco moderado, já valores maiores do que 33, risco extremo. Considerando a série temporal do maior valor diário de IET, o menor valor registrado foi 23,4 (dia 15), o maior valor foi 28,6 (dia 15), a média mensal foi 26,4, e a média da hora de ocorrência do maior IET 13h27. Assim, recomenda-se a não realização de atividades físicas por cerca das 12:00 às 16:00 horas. É válido ressaltar que o IET decresce quando há alta cobertura de nuvens e temperaturas mais baixas e aumenta quando há condições atmosféricas opostas (Figuras 3 e 4). 

Com relação ao índice de aridez (IA; detalhes sobre esse índice são apresentados no volume 3 (04) deste boletim), foi igual a 1,07, o que caracteriza um clima úmido.

Para aqueles que tiverem interesse em saber em tempo real a evolução das variáveis atmosféricas em Itajubá, esse boletim deixa como sugestão o acesso aos sites:



Aos leitores que tiverem interesse no monitoramento dos ciclones na América do Sul e a previsão climática sazonal nas diferentes regiões do país, sugerimos o acesso à página:


Figura 1 Variáveis atmosféricas observadas no mês de março de 2020 na estação meteorológica automática localizada no campus da Universidade Federal de Itajubá (latitude 22º 24’ 46” e longitude 45º 27’06”): a) temperatura (oC) máxima diária (vermelho), temperatura mínima diária (azul) e média diária da temperatura do ar (verde) a 2 m de altura, b) média diária da pressão atmosférica ao nível médio do mar (hPa), c) direção predominante do vento a 2,5 m de altura; C indica calmaria, d) totais diários de precipitação (mm) contabilizados entre 00:10 e 24:00 h, e) média diária da umidade relativa (%) a 2 m de altura e f) média diária da intensidade do vento (m/s) a 2,5 m de altura. 

Figura 2 (a) ZCAS entre o sudoeste do Amazonas e o sul de Minas Gerais, e uma frente semiestacionária no Oceano Atlântico 01/03 18Z); (b) Frente fria atuando sobre o sul de Minas Gerais (21/03 18Z); (c) Cavados em superfície entre o Centro-Oeste e o Sudeste do Brasil (30/03 06Z). Fonte: GPT-CPTEC-INPE.

Figura 3 Cobertura de nuvens média diária na cidade de Itajubá no mês de março de 2020.

Figura 4 Maior valor diário do Índice de Estresse Térmico na cidade de Itajubá no mês de março de 2020.

Autores: Vinícius Henrique Lucyrio de Lima e Michelle Simões Reboita.

domingo, 21 de junho de 2020

Boletim Meteorológico Mensal da Unifei - Volume 10 - Número 02

As condições atmosféricas em Itajubá no mês de fevereiro de 2020, medidas na estação meteorológica automática localizada na UNIFEI, são apresentadas na Figura 1 e no Anexo 1. Neste mês, a temperatura média do ar oscilou entre 20,3ºC e 24,8°C (a média foi 22,3ºC). As médias de temperaturas mínimas e máximas foram, respectivamente, 18,7°C e 27,6°C (anomalias de +0,5 e -2,3°C, respectivamente). A maior temperatura máxima registrada foi 31,4ºC (dia 15) e a menor temperatura mínima foi 16,5ºC (dia 23). As médias mensais da umidade relativa do ar e da intensidade do vento foram 84,3% e 0,30 m/s (1,09 km/h), respectivamente. No mês de janeiro a direção predominante do vento foi a Nordeste. Houve 23 dias com precipitação, sendo 22 dias com precipitação acima de 0,4 mm, totalizando 305,0 mm (175,7% da média). Os desvios calculados aqui provêm das médias da estação desde abril de 2010.

No mês de fevereiro de 2020 houve a atuação de 4 frentes frias, sendo que 3 delas provocaram alterações mais significativas no tempo no sul de Minas Gerais. A primeira foi uma frente semi-estacionária que passou sobre o oceano próximo do litoral do Rio de Janeiro, organizando áreas de instabilidade entre os dias 1 e 2 (18,0 mm). Entre os dias 3 e 6, foram 83,6 mm provocados pela propagação de cavados em médios níveis entre o Sul e Sudeste do Brasil. A segunda frente fria atuou entre os dias 10 e 12 (Figura 2a), e houve formação da Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS). Os dois sistemas, em conjunto com ventos úmidos vindos do oceano, provocaram 103,8 mm de precipitação; o município de Itajubá ficou em estado de atenção para a subida do nível do Rio Sapucaí, que ficou na iminência de extravasar no dia 11. No dia 22, a passagem de uma nova frente fria (Figura 2b), que atuou desde o sul da Amazônia até o Sudeste, provocou queda na temperatura (16,5°C no dia 23). Entre os dias 26 e 29, a entrada de uma frente fria e a atuação da ZCAS (Figura 2c) provocaram 43,2 mm de chuva; houve também aumento na nebulosidade e queda nas temperaturas máximas.

Com relação à nebulosidade (Figura 3), a média mensal da cobertura diária de nuvens foi de 66%. Os dias mais nebulosos foram 10, 24, 26 e 27 de fevereiro.

O maior valor do Índice de Estresse Térmico (IET) por dia no mês de fevereiro é mostrado na Figura 4. Detalhes sobre o IET são fornecidos no volume 2 (11) deste boletim. De forma geral, o IET serve como um guia para quem realiza atividades físicas, sendo que os valores de IET menores ou iguais a 25 indicam risco baixo à saúde, valores entre 26 e 33 risco moderado, já valores maiores do que 33, risco extremo. Considerando a série temporal do maior valor diário de IET, o menor valor registrado foi 21,6 (dia 27), o maior valor foi 29,3 (dia 01), a média mensal foi 26,6, e a média da hora de ocorrência do maior IET 13h28. Assim, recomenda-se a não realização de atividades físicas por cerca das 12:00 às 16:00 horas. É válido ressaltar que o IET decresce quando há alta cobertura de nuvens e temperaturas mais baixas e aumenta quando há condições atmosféricas opostas (Figuras 3 e 4). 

Com relação ao índice de aridez (IA; detalhes sobre esse índice são apresentados no volume 3 (04) deste boletim), foi igual a 3,20, o que caracteriza um clima úmido.

Para aqueles que tiverem interesse em saber em tempo real a evolução das variáveis atmosféricas em Itajubá, esse boletim deixa como sugestão o acesso aos sites:



Aos leitores que tiverem interesse no monitoramento dos ciclones na América do Sul e a previsão climática sazonal nas diferentes regiões do país, sugerimos o acesso à página:


Figura 1 Variáveis atmosféricas observadas no mês de fevereiro de 2020 na estação meteorológica automática localizada no campus da Universidade Federal de Itajubá (latitude 22º 24’ 46” e longitude 45º 27’06”): a) temperatura (oC) máxima diária (vermelho), temperatura mínima diária (azul) e média diária da temperatura do ar (verde) a 2 m de altura, b) média diária da pressão atmosférica ao nível médio do mar (hPa), c) direção predominante do vento a 2,5 m de altura; C indica calmaria, d) totais diários de precipitação (mm) contabilizados entre 00:10 e 24:00 h, e) média diária da umidade relativa (%) a 2 m de altura e f) média diária da intensidade do vento (m/s) a 2,5 m de altura. 

Figura 2 (a) ZCAS entre o sul da Amazônia e o Sudeste atuando junto de uma frente fria no sul de Minas Gerais (11/02 12Z); (b) frente semi-estacionária, com ramo frio no sul de Minas Gerais (23/02 06Z); (c) frente semi-estacionária e ZCAS (27/02 12Z). Fonte: GPT-CPTEC-INPE.

Figura 3 Cobertura de nuvens média diária na cidade de Itajubá no mês de fevereiro de 2020.

Figura 4 Maior valor diário do Índice de Estresse Térmico na cidade de Itajubá no mês de fevereiro de 2020.

Autores: Vinícius Henrique Lucyrio de Lima e Michelle Simões Reboita.

sábado, 7 de março de 2020

Boletim Meteorológico Mensal da Unifei - Volume 10 - Número 01

As condições atmosféricas em Itajubá no mês de janeiro de 2020, medidas na estação meteorológica automática localizada na UNIFEI, são apresentadas na Figura 1. Neste mês, a temperatura média do ar oscilou entre 20,5ºC e 25,3°C (a média foi 23,1ºC). As médias de temperaturas mínimas e máximas foram, respectivamente, 18,6°C e 29,6°C (anomalias de +0,4 e -0,2°C, respectivamente). A maior temperatura máxima registrada foi 33,3ºC (dia 16) e a menor temperatura mínima foi 14,1ºC (dia 27). As médias mensais da umidade relativa do ar e da intensidade do vento foram 80,5% e 0,39 m/s (1,39 km/h), respectivamente. No mês de janeiro a direção predominante do vento foi a Nordeste. Houve 24 dias com precipitação, totalizando 184,8 mm (74,9% da média). Os desvios calculados aqui provêm das médias da estação desde abril de 2010.

No mês de janeiro de 2020, 3 frentes frias passaram pela região provocando alterações nas condições do tempo. Entre os dias 2 e 6, a Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS) se formou entre o sul do Amazonas e o litoral do Rio de Janeiro (Figura 2a), mantendo o céu com muitas nuvens e provocando chuva; durante o período foram 46,0 mm (a maior parte no dia 2, com 27,6 mm). Nos dias 13 e 14, uma frente fria passou pelo litoral de São Paulo e Rio de Janeiro (Figura 2b), causando aumento na nebulosidade. Entre 17 e 18, a segunda frente fria passou sem causar chuvas volumosas (Figura 2c), mas sua alta pós-frontal fez com que a temperatura caísse nos dias seguintes. A Tempestade Subtropical Kurumi se formou no dia 23 como depressão subtropical, sendo elevada a categoria de tempestade no início da madrugada do dia 24, até se tornar ciclone extratropical na noite do dia 24. Ao mesmo tempo, houve formação de ZCAS, que perdurou até o dia 28 (Figura 2d). A ZCAS provocou grandes acumulados sobre o estado de Minas Gerais e Espírito Santo, sobretudo na região metropolitana de Belo Horizonte. Entre os dias 24 e 27 houve queda nas temperaturas devido ao ar frio e seco impulsionado pela circulação ciclônica.

Com relação à nebulosidade (Figura 3), a média mensal da cobertura diária de nuvens foi de 57%. Os dias mais nebulosos foram 02 e 23 de janeiro.

O maior valor do Índice de Estresse Térmico (IET) por dia no mês de janeiro é mostrado na Figura 4. Detalhes sobre o IET são fornecidos no volume 2 (11) deste boletim. De forma geral, o IET serve como um guia para quem realiza atividades físicas, sendo que os valores de IET menores ou iguais a 25 indicam risco baixo à saúde, valores entre 26 e 33 risco moderado, já valores maiores do que 33, risco extremo. Considerando a série temporal do maior valor diário de IET, o menor valor registrado foi 23,0 (dia 23), o maior valor foi 30,8 (dia 16), a média mensal foi 27,9, e a média da hora de ocorrência do maior IET 13h34. Assim, recomenda-se a não realização de atividades físicas por cerca das 12:00 às 16:00 horas. É válido ressaltar que o IET decresce quando há alta cobertura de nuvens e temperaturas mais baixas e aumenta quando há condições atmosféricas opostas (Figuras 3 e 4).

Com relação ao índice de aridez (IA; detalhes sobre esse índice são apresentados no volume 3 (04) deste boletim), foi igual a 1,62, o que caracteriza um clima úmido.

Para aqueles que tiverem interesse em saber em tempo real a evolução das variáveis atmosféricas em Itajubá, esse boletim deixa como sugestão o acesso aos sites:

www.cepremg.unifei.edu.br

https://www.wunderground.com/personal-weather-station/dashboard?ID=IITAJUB5 

Aos leitores que tiverem interesse no monitoramento dos ciclones na América do Sul e a previsão climática sazonal nas diferentes regiões do país, sugerimos o acesso à página:

www.grec.iag.usp.br
Figura 1 Variáveis atmosféricas observadas no mês de janeiro de 2020 na estação meteorológica automática localizada no campus da Universidade Federal de Itajubá (latitude 22º 24’ 46” e longitude 45º 27’06”): a) temperatura (oC) máxima diária (vermelho), temperatura mínima diária (azul) e média diária da temperatura do ar (verde) a 2 m de altura, b) média diária da pressão atmosférica ao nível médio do mar (hPa), c) direção predominante do vento a 2,5 m de altura; C indica calmaria, d) totais diários de precipitação (mm) contabilizados entre 00:10 e 24:00 h, e) média diária da umidade relativa (%) a 2 m de altura e f) média diária da intensidade do vento (m/s) a 2,5 m de altura. 


Figura 2 (a) ZCAS entre o sudeste do Amazonas e o Espírito Santo (03/01 12Z); (b) frente fria próxima ao litoral de São Paulo (13/01 12Z); (c) frente fria passando pelo sul de MG e alta pós-frontal (17/01 18Z); (d) ZCAS e Tempestade Subtropical Kurumi próxima ao litoral do Sudeste (24/01 06Z). Fonte: GPT-CPTEC-INPE.


Figura 3 Cobertura de nuvens média diária na cidade de Itajubá no mês de janeiro de 2020.


Figura 4 Maior valor diário do Índice de Estresse Térmico na cidade de Itajubá no mês de janeiro de 2020.

Autores: Vinícius Henrique Lucyrio de Lima e Michelle Simões Reboita.

terça-feira, 11 de fevereiro de 2020

Boletim Meteorológico Mensal da Unifei - Volume 09 - Número 12


As condições atmosféricas em Itajubá no mês de dezembro de 2019, medidas na estação meteorológica automática localizada na UNIFEI, são apresentadas na Figura 1. Neste mês, a temperatura média do ar oscilou entre 20,2°C e 25,3°C (a média foi 23,0°C). As médias de temperaturas mínimas e máximas foram, respectivamente, 18,0°C e 28,9°C (desvios de -0,1 e -0,6°C, respectivamente). A maior temperatura máxima registrada foi 32,6°C (dias 25 e 27) e a menor temperatura mínima foi 15,5°C (dia 8). As médias mensais da umidade relativa do ar e da intensidade do vento foram 78,0% e 0,39 m/s (1,41 km/h), respectivamente. No mês de novembro, a direção predominante do vento foi a Leste-Nordeste. Houve 17 dias com precipitação, sendo 12 dias com precipitação maior que 0,4 mm, totalizando 120,2 mm (59,9% da média). Os desvios calculados aqui provêm das médias da estação desde abril de 2010.


No mês de dezembro de 2019 houve a atuação da ZCOU (Zona de Convergência de Umidade) ou ZCAS (Zona de Convergência do Atlântico Sul) em três oportunidades, além da passagem de 4 frentes. Entre os dias 2 e 3, formou-se a primeira ZCOU após a entrada de uma frente fria pelo litoral de São Paulo e Rio de Janeiro (Figura 2a), mas seu causar alterações no tempo em Itajubá. Entre 6 e 8 de dezembro, o segundo evento de ZCAS se configurou ao mesmo tempo em que a segunda frente fria passava pela região Sudeste (Figura 2b); houve precipitação de 20,0 mm no dia 6, além de queda na temperatura nos dias 7 e 8 (mínima de 15,5°C) devido a passagem de alta pressão pós-frontal. Entre os dias 10 e 12, houve predomínio de céu encoberto e tempo chuvoso devido a propagação de um cavado em médios níveis, da Argentina até o Sudeste, associado a confluência de ventos no nível de 850 hPa (Figura 2c); foram 41,6 mm nos três dias. A passagem de uma frente semi-estacionária em alto-mar próximo ao litoral do Sudeste nos dias 18 e 19 provocou aumento na nebulosidade, mas sem chuva significativa. Entre 23 e 25 de dezembro, a configuração de uma nova ZCOU associada a passagem de uma frente fria (Figura 2d) pelo litoral provocou chuva, aumento na nebulosidade e queda na temperatura.


Com relação à nebulosidade (Figura 3), a média mensal da cobertura diária de nuvens foi de 56 %. Os dias mais nebulosos foram 10, 11 e 12.


O maior valor do Índice de Estresse Térmico (IET) por dia no mês de dezembro é mostrado na Figura 4. Detalhes sobre o IET são fornecidos no volume 2 (11) deste boletim. De forma geral, o IET serve como um guia para quem realiza atividades físicas, sendo que os valores de IET menores ou iguais a 25 indicam risco baixo à saúde, valores entre 26 e 33 risco moderado, já valores maiores do que 33, risco extremo. Considerando a série temporal do maior valor diário de IET, o menor valor registrado foi 23,4 (dia 12), o maior valor foi 28,8 (dia 27), a média mensal foi 27,0, e a média da hora de ocorrência do maior IET 13h24. Assim, recomenda-se a não realização de atividades físicas entre as 12:00 às 15:00 horas. É válido ressaltar que o IET decresce quando há alta cobertura de nuvens e temperaturas mais baixas e aumenta quando há condições atmosféricas opostas (Figuras 3 e 4). 


Com relação ao índice de aridez (IA; detalhes sobre esse índice são apresentados no volume 3 (04) deste boletim), foi igual a 1,05, o que caracteriza um clima úmido.


Para aqueles que tiverem interesse em saber em tempo real a evolução das variáveis atmosféricas em Itajubá, esse boletim deixa como sugestão o acesso aos sites:






Aos leitores que tiverem interesse no monitoramento dos ciclones na América do Sul e a previsão climática sazonal nas diferentes regiões do país, sugerimos o acesso à página:



Figura 1 Variáveis atmosféricas observadas no mês de dezembro de 2019 na estação meteorológica automática localizada no campus da Universidade Federal de Itajubá (latitude 22º 24’ 46” e longitude 45º 27’06”): a) temperatura (°C) máxima diária (vermelho), temperatura mínima diária (azul) e média diária da temperatura do ar (verde) a 2 m de altura, b) média diária da pressão atmosférica ao nível médio do mar (hPa), c) direção predominante do vento a 2,5 m de altura; C indica calmaria, d) totais diários de precipitação (mm) contabilizados entre 00:10 e 24:00 h, e) média diária da umidade relativa (%) a 2 m de altura e f) média diária da intensidade do vento (m/s) a 2,5 m de altura. 



Figura 2 (a) ZCOU entre o oeste da Amazônia e o Espírito Santo, e frente fria no litoral de São Paulo (02/12 06Z); (b) ZCAS entre o norte do Mato Grosso e o Espírito Santo; frente fria em São Paulo e sul de Minas Gerais (06/12 12Z); (c) Carta de 500 hPa mostrando cavado entre o Mato Grosso do Sul, São Paulo e região Sul (12/12 00Z); (d) ZCOU atuando junto com sistema frontal no litoral de São Paulo (23/12 12Z). Fonte: GPT-CPTEC-INPE. 


Figura 3 Cobertura de nuvens média diária na cidade de Itajubá no mês de dezembro de 2019.


Figura 4 Maior valor diário do Índice de Estresse Térmico na cidade de Itajubá no mês de dezembro de 2019.

Autores: Vinícius Henrique Lucyrio de Lima e Michelle Simões Reboita.

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