quinta-feira, 29 de outubro de 2020

Boletim Meteorológico Mensal da Unifei - Volume 10 - Número 09

As condições atmosféricas em Itajubá no mês de setembro de 2020, medidas na estação meteorológica automática localizada na UNIFEI, são apresentadas na Figura 1. Neste mês, a temperatura média do ar oscilou entre 17,3ºC e 25,6°C (a média foi 22,6°C). As médias de temperaturas mínimas e máximas foram, respectivamente, 15,8°C e 30,1°C (anomalias de +2,6 e +1,7°C, respectivamente), acima da média para o mês. A maior temperatura máxima registrada foi 35,1ºC (dia 30), a maior temperatura já registrada no mês de setembro desde a abertura da estação, e a menor temperatura mínima foi 12,6ºC (dia 24). As médias mensais da umidade relativa do ar e da intensidade do vento foram 59,2% e 1,10 m/s (3,95 km/h), respectivamente. No mês de setembro a direção predominante do vento foi a Nordeste. Houve 5 dias com precipitação, totalizando 39,7 mm (47,9% da média). 

No mês de setembro de 2020 3 frentes frias atuaram sobre o sul de Minas Gerais, sendo que 1 provocou alterações significativas no tempo. Entre os dias 4 e 19 um sistema de alta pressão nos médios níveis da atmosfera atuou mantendo o céu claro, a umidade relativa do ar baixa (19% no dia 5 e frequentemente abaixo dos 30%) e as temperaturas altas. Uma frente fria passou brevemente pelo litoral de São Paulo no dia 15 (Figura 2), provocando apenas uma pequena queda na temperatura nos dias 15 e 16. Dos dias 20 a 23 outra frente fria mais intensa (Figura 3) ingressou na região provocando aumento na nebulosidade, chuva (29,6 mm entre os dias 20 e 22) e queda nas temperaturas máximas. Entre os dias 27 e 30 a atuação de uma alta em médios níveis sobre o Sudeste e o Planalto Central propiciou o ingresso de ar muito quente, causando uma intensa onda de calor; houve quebra do recorde absoluto de calor para setembro na estação da UNIFEI (35,1°C no dia 30). Apesar disso, a passagem de uma frente fria em alto mar próximo ao litoral de São Paulo organizou algumas instabilidades que provocaram chuva no dia 30 (9,8 mm).

Com relação à nebulosidade (Figura 4), a média mensal da cobertura diária de nuvens foi de 36%. Os dias mais nebulosos foram os dias 20, 21 e 22 de agosto.

O maior valor do Índice de Estresse Térmico (IET) por dia no mês de setembro é mostrado na Figura 5. Detalhes sobre o IET são fornecidos no volume 2 (11) deste boletim. De forma geral, o IET serve como um guia para quem realiza atividades físicas, sendo que os valores de IET menores ou iguais a 25 indicam risco baixo à saúde, valores entre 26 e 33 risco moderado, já valores maiores do que 33, risco extremo. Considerando a série temporal do maior valor diário de IET, o menor valor registrado foi 18,2 (dia 22), o maior valor foi 29,1 (dia 30), a média mensal foi 24,8, e a média da hora de ocorrência do maior IET 12h34. Assim, recomenda-se a não realização de atividades físicas por cerca das 12:00 às 16:00 horas. É válido ressaltar que o IET decresce quando há alta cobertura de nuvens e temperaturas mais baixas e aumenta quando há condições atmosféricas opostas (Figuras 4 e 5). 

Com relação ao índice de aridez (IA; detalhes sobre esse índice são apresentados no volume 3 (04) deste boletim, foi igual a 0,42, o que caracteriza um clima semiárido.

Para aqueles que tiverem interesse em saber em tempo real a evolução das variáveis atmosféricas em Itajubá, esse boletim deixa como sugestão o acesso aos sites:

www.cepremg.unifei.edu.br

https://www.wunderground.com/personal-weather-station/dashboard?ID=IITAJUB5 

Aos leitores que tiverem interesse no monitoramento dos ciclones na América do Sul e a previsão climática sazonal nas diferentes regiões do país, sugerimos o acesso à página:

www.grec.iag.usp.br

Figura 1 Variáveis atmosféricas observadas no mês de setembro de 2020 na estação meteorológica automática localizada no campus da Universidade Federal de Itajubá (latitude 22º 24’ 46” e longitude 45º 27’06”): a) temperatura (°C) máxima diária (vermelho), temperatura mínima diária (azul) e média diária da temperatura do ar (verde) a 2 m de altura, b) média diária da pressão atmosférica ao nível médio do mar (hPa), c) direção predominante do vento a 2,5 m de altura; C indica calmaria, d) totais diários de precipitação (mm) contabilizados entre 00:10 e 24:00 h, e) média diária da umidade relativa (%) a 2 m de altura e f) média diária da intensidade do vento (m/s) a 2,5 m de altura. 

Figura 2 Frente fria atuando no litoral paulista (Imagens das 06Z de 15/09/2020; canal 10,3 µm do satélite GOES-16). Fonte: GPT-CPTEC-INPE.

Figura 3 Frente fria atuando entre o litoral norte de São Paulo, Rio de Janeiro e sul de Minas, com muita nebulosidade organizada pelo sistema (Imagens das 18Z de 20/09/2020; canal 10,3 µm do satélite GOES-16). Fonte: GPT-CPTEC-INPE.

Figura 4 Cobertura de nuvens média diária na cidade de Itajubá no mês de agosto de 2020.

Figura 5 Maior valor diário do Índice de Estresse Térmico na cidade de Itajubá no mês de agosto de 2020.

Autores: Vinícius Henrique Lucyrio de Lima e Michelle Simões Reboita.

Boletim Meteorológico Mensal da Unifei - Volume 10 - Número 08

As condições atmosféricas em Itajubá no mês de agosto de 2020, medidas na estação meteorológica automática localizada na UNIFEI, são apresentadas na Figura 1. Neste mês, a temperatura média do ar oscilou entre 13,4ºC e 23,6°C (a média foi 17,9°C). As médias de temperaturas mínimas e máximas foram, respectivamente, 11,5°C e 25,3°C (anomalias de +0,6 e -1,0°C, respectivamente), pouco abaixo da média para o mês. A maior temperatura máxima registrada foi 31,0ºC (dia 31) e a menor temperatura mínima foi 4,9ºC (dia 26). As médias mensais da umidade relativa do ar e da intensidade do vento foram 66,3% e 1,01 m/s (3,63 km/h), respectivamente. No mês de agosto a direção predominante do vento foi a Nordeste. Houve 5 dias com precipitação, totalizando 20,8 mm (67,4% da média).

No mês de agosto de 2020 atuaram 2 frentes frias na região Sudeste, sendo que apenas 1 provocou alterações significativas no tempo. No dia 1 houve presença de muita nebulosidade devido a um cavado em superfície entre São Paulo e o sul de MG, mas sem provocar precipitação. Entre os dias 17 e 18 a presença de cavados em superfície em associação com uma frente fria próxima ao litoral de São Paulo deixaram o tempo instável, com aumento na nebulosidade e precipitação de 7,2 mm no dia 17 (Figura 2). Entre os dias 20 e 22 uma forte frente fria atuou entre a Amazônia e o Sudeste do Brasil (Figura 3), causando forte queda nas temperaturas em grande parte do país; no sul de MG houve queda nas temperaturas máximas (15,6°C no dia 21 e 17,4°C no dia 22), e precipitação de 13,4 mm do dia 20 ao dia 22. A alta pós-frontal que atuou após a passagem da frente fria também causou queda nas temperaturas mínimas, com valor mínimo de 4,9°C no dia 26.

Com relação à nebulosidade (Figura 4), a média mensal da cobertura diária de nuvens foi de 28%. Os dias mais nebulosos foram os dias 01, 17 e 21 de agosto.

O maior valor do Índice de Estresse Térmico (IET) por dia no mês de agosto é mostrado na Figura 5. Detalhes sobre o IET são fornecidos no volume 2 (11) deste boletim. De forma geral, o IET serve como um guia para quem realiza atividades físicas, sendo que os valores de IET menores ou iguais a 25 indicam risco baixo à saúde, valores entre 26 e 33 risco moderado, já valores maiores do que 33, risco extremo. Considerando a série temporal do maior valor diário de IET, o menor valor registrado foi 13,5 (dia 21), o maior valor foi 26,0 (dia 19), a média mensal foi 21,5, e a média da hora de ocorrência do maior IET 13h29. Assim, recomenda-se a não realização de atividades físicas por cerca das 12:00 às 16:00 horas. É válido ressaltar que o IET decresce quando há alta cobertura de nuvens e temperaturas mais baixas e aumenta quando há condições atmosféricas opostas (Figuras 4 e 5). 

Com relação ao índice de aridez (IA; detalhes sobre esse índice são apresentados no volume 3 (04) deste boletim, foi igual a 0,37, o que caracteriza um clima semiárido.

Para aqueles que tiverem interesse em saber em tempo real a evolução das variáveis atmosféricas em Itajubá, esse boletim deixa como sugestão o acesso aos sites:

www.cepremg.unifei.edu.br

www.wunderground.com/personal-weather-station/dashboard?ID=IITAJUB5 

Aos leitores que tiverem interesse no monitoramento dos ciclones na América do Sul e a previsão climática sazonal nas diferentes regiões do país, sugerimos o acesso à página:

www.grec.iag.usp.br

Figura 1 Variáveis atmosféricas observadas no mês de agosto de 2020 na estação meteorológica automática localizada no campus da Universidade Federal de Itajubá (latitude 22º 24’ 46” e longitude 45º 27’06”): a) temperatura (°C) máxima diária (vermelho), temperatura mínima diária (azul) e média diária da temperatura do ar (verde) a 2 m de altura, b) média diária da pressão atmosférica ao nível médio do mar (hPa), c) direção predominante do vento a 2,5 m de altura; C indica calmaria, d) totais diários de precipitação (mm) contabilizados entre 00:10 e 24:00 h, e) média diária da umidade relativa (%) a 2 m de altura e f) média diária da intensidade do vento (m/s) a 2,5 m de altura. 

Figura 2 Cavados em superfície entre o sul do Mato Grosso e região central de Minas, e frente fria em alto mar na altura do litoral de São Paulo (Imagens das 00Z de 18/08/2020; canal 10,3 µm do satélite GOES-16). Fonte: GPT-CPTEC-INPE.

Figura 3 Frente fria entre o sul da Amazônia e a região Sudeste, associada a uma forte onda de frio. (Imagens das 00Z de 21/08/2020; canal 10,3 µm do satélite GOES-16). Fonte: GPT-CPTEC-INPE.

Figura 4 Cobertura de nuvens média diária na cidade de Itajubá no mês de agosto de 2020.

Figura 5 Maior valor diário do Índice de Estresse Térmico na cidade de Itajubá no mês de agosto de 2020.

Autores: Vinícius Henrique Lucyrio de Lima e Michelle Simões Reboita.

quarta-feira, 28 de outubro de 2020

Boletim Meteorológico Mensal da Unifei - Volume 10 - Número 07

As condições atmosféricas em Itajubá no mês de julho de 2020, medidas na estação meteorológica automática localizada na UNIFEI, são apresentadas na Figura 1.  A Figura 1 contém, também, as variáveis meteorológicas medidas nas estações do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) em Maria da Fé, São Lourenço e Passa Quatro. Houve transferência da estação para outro local no dia 15 de julho, portanto ocorreram falhas nas medições em alguns dias na segunda quinzena do mês. Neste mês, a temperatura média do ar oscilou entre 12,8ºC e 19,7°C (a média foi 16,9°C). As médias de temperaturas mínimas e máximas foram, respectivamente, 10,8°C e 25,3°C (anomalias de +1,0 e +0,9°C, respectivamente), acima da média para o mês. A maior temperatura máxima registrada foi 27,8°C (dia 13) e a menor temperatura mínima foi 6,8°C (dia 02). As médias mensais da umidade relativa do ar e da intensidade do vento foram 74,5% e 0,28 m/s (1,00 km/h), respectivamente. No mês de julho a direção predominante do vento foi a Nordeste. Não foram contabilizados dias com precipitação devido às falhas nos dados da estação.

No mês de julho de 2020 houve a atuação de 5 sistemas frontais no sul de Minas Gerais, sendo que apenas dois provocaram alterações dignas de nota no tempo. A primeira frente fria (Figura 2) atuou entre os dias 1 e 2, provocando aumento na nebulosidade, queda nas temperaturas, mas pouca precipitação (apenas 0,4 mm dia 1); a alta pós-frontal que ingressou em seguida causou queda nas temperaturas mínimas (6,8°C no dia 2). A segunda frente fria (Figura 3) ingressou no dia 9, sem causar grandes mudanças no tempo sobre o sul de Minas Gerais. Outra frente fria passou pelo litoral da região Sudeste no dia 14 (Figura 4), provocando apenas aumento na nebulosidade. Um quarto sistema frontal, semi-estacionário, atuou brevemente no dia 26 (Figura 5) mas também sem provocar alterações significativas no tempo. O quinto e último sistema foi uma frente semi-estacionária (Figura 6), que atuou entre os dias 29 e 30, provocando chuvas isoladas no sul de Minas Gerais e queda nas temperaturas máximas.

Devido às falhas na aferição dos dados com a mudança no local da estação não foi possível calcular o Índice de Estresse Térmico (IET), a Nebulosidade e o Índice de Aridez para o mês de julho.

Para aqueles que tiverem interesse em saber em tempo real a evolução das variáveis atmosféricas em Itajubá, esse boletim deixa como sugestão o acesso aos sites:

www.cepremg.unifei.edu.br

https://www.wunderground.com/personal-weather-station/dashboard?ID=IITAJUB5 

Aos leitores que tiverem interesse no monitoramento dos ciclones na América do Sul e a previsão climática sazonal nas diferentes regiões do país, sugerimos o acesso à página:

www.grec.iag.usp.br


Figura 1 Variáveis atmosféricas observadas no mês de julho de 2020 na estação meteorológica automática localizada no campus da Universidade Federal de Itajubá (latitude 22º 24’ 46” e longitude 45º 27’06”), e nas estações do INMET em São Lourenço, Maria da Fé e Passa Quatro: a) Temperatura mínima e máxima; b) Vento médio diário; c) Precipitação acumulada; d) Umidade relativa do ar média diária.

Figura 2 Onda frontal, com frente fria entre o Mato Grosso e São Paulo, e forte ciclone extratropical no Atlântico. (Imagens das 12Z de 01/07/2020; canal 10,3 µm do satélite GOES-16). Fonte: GPT-CPTEC-INPE.

Figura 3 Onda frontal, com frente fria do sul do Mato Grosso ao oceano, passando por São Paulo. (Imagens das 06Z de 09/07/2020; canal 10,3 µm do satélite GOES-16). Fonte: GPT-CPTEC-INPE.

Figura 4 Frente fria fraca no litoral norte de São Paulo adentrando o sul de Minas. (Imagens das 06Z de 14/07/2020; canal 10,3 µm do satélite GOES-16). Fonte: GPT-CPTEC-INPE.

Figura 5 Frente semi-estacionária atuando entre o MS e o litoral norte de São Paulo. (Imagens das 12Z de 26/07/2020; canal 10,3 µm do satélite GOES-16). Fonte: GPT-CPTEC-INPE.

Figura 6 Frente semi-estacionária atuando entre o sul de Rondônia e o litoral do RJ, passando pelo sul de MG. (Imagens das 00Z de 30/07/2020; canal 10,3 µm do satélite GOES-16). Fonte: GPT-CPTEC-INPE.

Autores: Vinícius Henrique Lucyrio de Lima e Michelle Simões Reboita.

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