quinta-feira, 17 de março de 2022

Boletim Meteorológico Mensal da Unifei - Volume 12 - Número 01

As condições atmosféricas em Itajubá no mês de janeiro de 2022, medidas na estação meteorológica automática localizada na UNIFEI, são apresentadas na Figura 1. Neste mês, a temperatura média do ar oscilou entre 19,6ºC e 24,6°C (a média foi 22,0ºC). As médias de temperaturas mínimas e máximas foram, respectivamente, 18,0°C e 28,2°C (anomalias de -0,3 e -1,5°C, respectivamente). A maior temperatura máxima registrada foi 32,6ºC (dia 19), e a menor temperatura mínima foi 16,4ºC (dia 12). As médias mensais da umidade relativa do ar e da intensidade do vento foram 81,2% e 0,36 m/s (1,3 km/h), respectivamente. No mês de janeiro a direção predominante do vento foi a Leste/Sudeste. Houve 26 dias com precipitação, sendo 22 dias com precipitação acima de 0,4 mm, totalizando 390,9 mm (68% acima da média). Os desvios calculados aqui provêm das médias da estação desde abril de 2010. 

No mês de janeiro de 2022 somente uma frente fria atuou sobre o sul de Minas Gerais. Entre os dias 1 e 6 foram registrados 161,7 mm por conta da atuação de cavados invertidos em superfície e, também, da entrada de uma frente fria pelo litoral da região Sudeste. Entre os dias 6 e 10 atuou sobre a região a Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS, Figura 2), que causou aumento na nebulosidade, sem provocar acumulados de chuva expressivos em Itajubá. Entre os dias 13 e 25 o Anticiclone Subtropical do Atlântico Sul (ASAS) se aproximou do continente, trazendo condições de tempo mais seco e quente. Alguns dias neste período apresentaram pancadas de chuva isoladas associadas às altas temperaturas. Entre os dias 28 e 31 outra ZCAS (Figura 3) se formou entre o sul da Amazônia e o Sudeste, causando aumento na nebulosidade, chuva volumosa (109,0 mm) e queda nas temperaturas.

Com relação à nebulosidade (Figura 4), a média mensal da cobertura diária de nuvens foi de 47%. Os dias mais nebulosos foram os dias 05, 29 e 30 de janeiro.

O maior valor do Índice de Estresse Térmico (IET) por dia no mês de janeiro é mostrado na Figura 5. De forma geral, o IET serve como um guia para quem realiza atividades físicas, sendo que os valores de IET menores ou iguais a 25 indicam risco baixo à saúde, valores entre 26 e 33 risco moderado, já valores maiores do que 33, risco extremo. Considerando a série temporal do maior valor diário de IET, o menor valor registrado foi 22,5 (dia 09), o maior valor foi 30,3 (dia 14), a média mensal foi 27,0, e a média da hora de ocorrência do maior IET 13h26. Assim, recomenda-se a não realização de atividades físicas por cerca das 12:00 às 16:00 horas. É válido ressaltar que o IET decresce quando há alta cobertura de nuvens e temperaturas mais baixas e aumenta quando há condições atmosféricas opostas (Figuras 4 e 5). 

Com relação ao índice de aridez (IA; detalhes sobre esse índice são apresentados no volume 3 (04)) foi igual a 2,84, o que caracteriza um clima úmido.

Para aqueles que tiverem interesse em saber em tempo real a evolução das variáveis atmosféricas em Itajubá, esse boletim deixa como sugestão o acesso aos sites:

http://meteorologia.unifei.edu.br 

https://www.wunderground.com/personal-weather-station/dashboard?ID=IITAJUB5

Aos leitores que tiverem interesse no monitoramento dos ciclones na América do Sul e a previsão climática sazonal nas diferentes regiões do país, sugerimos o acesso à página:

www.grec.iag.usp.br

Figura 1 Variáveis atmosféricas observadas no mês de janeiro de 2022 na estação meteorológica automática localizada no campus da Universidade Federal de Itajubá (latitude 22º 24’ 46” e longitude 45º 27’06”): a) temperatura (oC) máxima diária (vermelho), temperatura mínima diária (azul) e média diária da temperatura do ar (verde) a 2 m de altura, b) média diária da pressão atmosférica ao nível médio do mar (hPa), c) direção predominante do vento a 2,5 m de altura; C indica calmaria, d) totais diários de precipitação (mm) contabilizados entre 00:10 e 24:00 h, e) média diária da umidade relativa (%) a 2 m de altura e f) média diária da intensidade do vento (m/s) a 2,5 m de altura. 

Figura 2 ZCAS entre o sul do Pará e o leste de Minas Gerais (Imagens de 06/01/2022 18Z; canal 01 do satélite GOES-16). Fonte: GPT-CPTEC-INPE.

Figura 3 ZCAS entre o sul do Amazonas e do Pará e o sul de Minas Gerais (Imagens de 30/01/2022 18Z; canal 01 do satélite GOES-16). Fonte: GPT-CPTEC-INPE.

Figura 4 Cobertura de nuvens média diária na cidade de Itajubá no mês de janeiro de 2022.

Figura 5 Maior valor diário do Índice de Estresse Térmico na cidade de Itajubá no mês de janeiro de 2022.

Autores: Vinícius H. Lucyrio de Lima, Natan Chrysostomo de Oliveira Nogueira e Michelle Simões Reboita.

domingo, 13 de março de 2022

Boletim Meteorológico Mensal da Unifei - Volume 11 - Número 12

As condições atmosféricas em Itajubá no mês de dezembro de 2021, medidas na estação meteorológica automática localizada na UNIFEI, são apresentadas na Figura 1. Neste mês, a temperatura média do ar oscilou entre 18,4ºC e 25,1°C (a média foi 21,8ºC). As médias de temperaturas mínimas e máximas foram, respectivamente, 16,8°C e 27,8°C (anomalias de -1,3 e -1,5°C, respectivamente). A maior temperatura máxima registrada foi 30,7ºC (dia 01), e a menor temperatura mínima foi 12,4ºC (dia 24). As médias mensais da umidade relativa do ar e da intensidade do vento foram 76,8% e 0,78 m/s (2,81 km/h), respectivamente. No mês de dezembro a direção predominante do vento foi a Sudeste. Houve 21 dias com precipitação, sendo 18 dias com precipitação acima de 0,4 mm, totalizando 246,4 mm (116% da média). Os desvios calculados aqui provêm das médias da estação desde abril de 2010. 

No mês de dezembro de 2021 atuaram duas frentes frias no sul de Minas Gerais. Entre o final de novembro e os primeiros dias de dezembro atuou sobre o estado a Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS, Figura 2), deslocando-se para norte nos dias seguintes sem provocar grandes alterações no tempo no sul de Minas. Outra ZCAS se configurou entre os dias 06 e 11, mas seus efeitos se deram apenas no norte de Minas e sul da Bahia, onde fortes chuvas ocorreram. Uma alta pressão transiente passou pelo litoral do Sudeste entre os dias 07 e 09, causando queda nas temperaturas (mínima de 12,6°C no dia 09). No dia 10 se formou sobre o oceano a Tempestade Subtropical Ubá (Figura 3), mas sem causar efeitos sobre a região de Itajubá. Nos dias 15 e 16 a presença de umidade aliada a cavados invertidos em superfície provocaram chuvas fortes (52,2 mm nos dois dias), e no dia 17 a primeira frente fria se formou próxima ao litoral paulista (Figura 4), causando 52,6 mm neste dia. A segunda frente fria passou pelo litoral do Sudeste no dia 23 (Figura 5), causando chuva (20,0 mm) e queda nas temperaturas após a entrada da alta pós-frontal (12,4°C no dia 24). Nos últimos dias do ano um canal de umidade se formou entre a Amazônia e o Sudeste, provocando bastante chuva. Entre os dias 28 e 31 foram 80,0 mm. No dia 31 também houve queda nas temperaturas, com mínima de 16,1°C e máxima de 20,5°C.

Com relação à nebulosidade (Figura 6), a média mensal da cobertura diária de nuvens foi de 50%. Os dias mais nebulosos foram os dias 30 e 31 de dezembro.

O maior valor do Índice de Estresse Térmico (IET) por dia no mês de dezembro é mostrado na Figura 7. De forma geral, o IET serve como um guia para quem realiza atividades físicas, sendo que os valores de IET menores ou iguais a 25 indicam risco baixo à saúde, valores entre 26 e 33 risco moderado, já valores maiores do que 33, risco extremo. Considerando a série temporal do maior valor diário de IET, o menor valor registrado foi 20,7 (dia 31), o maior valor foi 28,4 (dia 17), a média mensal foi 26,3, e a média da hora de ocorrência do maior IET 13h13. Assim, recomenda-se a não realização de atividades físicas por cerca das 12:00 às 16:00 horas. É válido ressaltar que o IET decresce quando há alta cobertura de nuvens e temperaturas mais baixas e aumenta quando há condições atmosféricas opostas (Figuras 6 e 7). 

Com relação ao índice de aridez (IA; detalhes sobre esse índice são apresentados no volume 3 (04) deste boletim), foi igual a 2,43, o que caracteriza um clima úmido.

Para aqueles que tiverem interesse em saber em tempo real a evolução das variáveis atmosféricas em Itajubá, esse boletim deixa como sugestão o acesso aos sites:

http://meteorologia.unifei.edu.br 

https://www.wunderground.com/personal-weather-station/dashboard?ID=IITAJUB5 

Aos leitores que tiverem interesse no monitoramento dos ciclones na América do Sul e a previsão climática sazonal nas diferentes regiões do país, sugerimos o acesso à página:

www.grec.iag.usp.br

Figura 1 Variáveis atmosféricas observadas no mês de dezembro de 2021 na estação meteorológica automática localizada no campus da Universidade Federal de Itajubá (latitude 22º 24’ 46” e longitude 45º 27’06”): a) temperatura (oC) máxima diária (vermelho), temperatura mínima diária (azul) e média diária da temperatura do ar (verde) a 2 m de altura, b) média diária da pressão atmosférica ao nível médio do mar (hPa), c) direção predominante do vento a 2,5 m de altura; C indica calmaria, d) totais diários de precipitação (mm) contabilizados entre 00:10 e 24:00 h, e) média diária da umidade relativa (%) a 2 m de altura e f) média diária da intensidade do vento (m/s) a 2,5 m de altura. 

Figura 2 Zona de Convergência do Atlântico Sul entre o sul da Amazônia e o Sudeste (Imagens de 01/12/2021 00Z; canal 13 do satélite GOES-16). Fonte: GPT-CPTEC-INPE.

Figura 3 ZCAS entre o Pará e o sul da Bahia, e a Tempestade Subtropical Ubá sobre o oceano (Imagens de 10/12/2021 18Z; canal 01 do satélite GOES-16). Fonte: GPT-CPTEC-INPE.

Figura 4 Frente fria passando pelo litoral do Rio de Janeiro (Imagens de 17/12/2021 18Z; canal 01 do satélite GOES-16). Fonte: GPT-CPTEC-INPE.

Figura 5 Frente fria passando pelo litoral do Rio de Janeiro e ZCAS entre o Amazonas e sul da Bahia (Imagens de 23/12/2021 12Z; canal 01 do satélite GOES-16). Fonte: GPT-CPTEC-INPE.

Figura 6 Cobertura de nuvens média diária na cidade de Itajubá no mês de dezembro de 2021.

Figura 7 Maior valor diário do Índice de Estresse Térmico na cidade de Itajubá no mês de dezembro de 2021.

Autores: Vinícius Henrique Lucyrio de Lima e Michelle Simões Reboita.

sábado, 5 de março de 2022

Boletim Meteorológico Mensal da Unifei - Volume 11 - Número 11

As condições atmosféricas em Itajubá no mês de novembro de 2021, medidas na estação meteorológica automática localizada na UNIFEI, são apresentadas na Figura 1. Neste mês, a temperatura média do ar oscilou entre 18,4ºC e 25,4°C (a média foi 21,8ºC). As médias de temperaturas mínimas e máximas foram, respectivamente, 16,1°C e 28,2°C (anomalias de -0,8 e -0,1°C, respectivamente). A maior temperatura máxima registrada foi 32,5ºC (dia 29), e a menor temperatura mínima foi 12,3ºC (dia 14). As médias mensais da umidade relativa do ar e da intensidade do vento foram 71,6% e 0,91 m/s (3,26 km/h), respectivamente. No mês de novembro a direção predominante do vento foi a Sudeste. Houve 10 dias com precipitação, sendo 8 dias com precipitação acima de 0,4 mm, totalizando 175,8 mm (91% da média). Os desvios calculados aqui provêm das médias da estação desde abril de 2010. 

No mês de novembro de 2021 houve a atuação de duas frentes frias. Uma alta migratória que ingressou entre o final de outubro e início de novembro, além de um cavado invertido, manteve as temperaturas baixas e o tempo úmido no dia 1, com 23,1 mm de precipitação; no dia 2 a mínima foi de 14,1°C. Uma nova alta migratória passou pelo litoral do Sudeste no dia 11, levando umidade do oceano para o sul de Minas Gerais, e com isso houve aumento na nebulosidade e queda nas temperaturas máximas (20,4°C); nos dias seguintes houve queda nas mínimas (12,3°C no dia 14). A primeira frente fria do mês passou entre os dias 18 e 19, e influenciou na formação da Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS, Figura 2). Estes sistemas provocaram chuva volumosa, com 80,2 mm somente no dia 19. A segunda frente fria passou rapidamente pelo litoral de São Paulo e Rio de Janeiro, associada a uma área de baixa pressão, no dia 27 (Figura 3). Houve aumento na nebulosidade, queda nas temperaturas máximas e precipitação de 21,0 mm. Uma nova ZCAS se configurou no dia 30 (Figura 4), causando 28,2 mm de chuva.

Com relação à nebulosidade (Figura 5), a média mensal da cobertura diária de nuvens foi de 46%. Os dias mais nebulosos foram os dias 01, 11, 18, 19 e 26 de novembro.

O maior valor do Índice de Estresse Térmico (IET) por dia no mês de novembro é mostrado na Figura 6. Detalhes sobre o IET são fornecidos no volume 2 (11) deste boletim. De forma geral, o IET serve como um guia para quem realiza atividades físicas, sendo que os valores de IET menores ou iguais a 25 indicam risco baixo à saúde, valores entre 26 e 33 risco moderado, já valores maiores do que 33, risco extremo. Considerando a série temporal do maior valor diário de IET, o menor valor registrado foi 20,2 (dia 11), o maior valor foi 28,7 (dia 29), a média mensal foi 25,7, e a média da hora de ocorrência do maior IET 13h20. Assim, recomenda-se a não realização de atividades físicas por cerca das 12:00 às 16:00 horas. É válido ressaltar que o IET decresce quando há alta cobertura de nuvens e temperaturas mais baixas e aumenta quando há condições atmosféricas opostas (Figuras 5 e 6). 

Com relação ao índice de aridez (IA; detalhes sobre esse índice são apresentados no volume 3 (04) deste boletim), foi igual a 1,82, o que caracteriza um clima úmido.

Para aqueles que tiverem interesse em saber em tempo real a evolução das variáveis atmosféricas em Itajubá, esse boletim deixa como sugestão o acesso aos sites:



Aos leitores que tiverem interesse no monitoramento dos ciclones na América do Sul e a previsão climática sazonal nas diferentes regiões do país, sugerimos o acesso à página:


Figura 1 Variáveis atmosféricas observadas no mês de novembro de 2021 na estação meteorológica automática localizada no campus da Universidade Federal de Itajubá (latitude 22º 24’ 46” e longitude 45º 27’06”): a) temperatura (oC) máxima diária (vermelho), temperatura mínima diária (azul) e média diária da temperatura do ar (verde) a 2 m de altura, b) média diária da pressão atmosférica ao nível médio do mar (hPa), c) direção predominante do vento a 2,5 m de altura; C indica calmaria, d) totais diários de precipitação (mm) contabilizados entre 00:10 e 24:00 h, e) média diária da umidade relativa (%) a 2 m de altura e f) média diária da intensidade do vento (m/s) a 2,5 m de altura. 

Figura 2 Frente fria próxima ao litoral de São Paulo e Paraná, e a Zona de Convergência do Atlântico Sul entre o Amazonas e o Rio de Janeiro (Imagens de 19/11/2021 18Z; canal 01 do satélite GOES-16). Fonte: GPT-CPTEC-INPE.

Figura 3 Frente fria entre o leste de São Paulo e sul de Minas Gerais (Imagens de 27/11/2021 06Z; canal 13 do satélite GOES-16). Fonte: GPT-CPTEC-INPE.

 
Figura 4 Zona de Convergência do Atlântico Sul entre o sul da Amazônia e o Sudeste (Imagens de 30/11/2021 18Z; canal 01 do satélite GOES-16). Fonte: GPT-CPTEC-INPE.

Figura 5 Cobertura de nuvens média diária na cidade de Itajubá no mês de novembro de 2021.


Figura 6 Maior valor diário do Índice de Estresse Térmico na cidade de Itajubá no mês de novembro de 2021.

Autores: Vinícius Henrique Lucyrio de Lima e Michelle Simões Reboita.

quinta-feira, 3 de março de 2022

Boletim Meteorológico Mensal da Unifei - Volume 11 - Número 10

As condições atmosféricas em Itajubá no mês de outubro de 2021, medidas na estação meteorológica automática localizada na UNIFEI, são apresentadas na Figura 1. Neste mês, a temperatura média do ar oscilou entre 16,0ºC e 23,2°C (a média foi 20,5ºC). As médias de temperaturas mínimas e máximas foram, respectivamente, 16,1°C e 26,6°C (anomalias de 0,0 e -2,2°C, respectivamente). A maior temperatura máxima registrada foi 31,5ºC (dia 01), e a menor temperatura mínima foi 12,2ºC (dia 12). As médias mensais da umidade relativa do ar e da intensidade do vento foram 79,3% e 0,86 m/s (3,11 km/h), respectivamente. No mês de outubro a direção predominante do vento foi a Sudeste. Houve 22 dias com precipitação, sendo 21 dias com precipitação acima de 0,4 mm, totalizando 468,3 mm (391% da média). No entanto, houve uma superestimativa no registro de precipitação pela estação da UNIFEI frente aos pluviômetros do Cemaden do São Vicente (297,2 mm) e Estiva (246,2 mm); a recomendação é que se usem estes registros do Cemaden (preferencialmente o pluviômetro da Estiva, pela proximidade da estação da UNIFEI) como referência. Os desvios calculados aqui provêm das médias da estação desde abril de 2010. 

No mês de outubro de 2021 atuaram 4 frentes frias. A primeira frente fria passou entre os dias 4 e 6 pelo litoral paulista e fluminense (Figura 2), sem causar grandes mudanças no tempo além de precipitação moderada (7,6 mm no dia 4). A passagem da segunda frente fria, entre os dias 6 e 7 (Figura 3), causou aumento na nebulosidade, pequena queda na temperatura máxima e chuva no dia 7 (14,6 mm). Uma alta migratória que passou pelo leste do Sudeste associada a um cavado nos médios níveis e a cavados invertidos em superfície mantiveram o tempo encoberto, úmido e as temperaturas baixas entre os dias 10 e 11, além de queda nas mínimas no dia 12 (máximas de 19,4°C nos dias 10 e 11, e mínima de 12,2°C no dia 12). A terceira frente fria avançou rapidamente pelo litoral do Sudeste entre os dias 16 e 17 (Figura 4) associada a um sistema de baixa pressão, causando precipitação de 25,0 mm no dia 16. A frente se manteve ativa no litoral norte do Rio de Janeiro, e a entrada de uma alta pós-frontal deixaram o tempo úmido e frio até o dia 20 (máxima de 19,0°C), com queda nas mínimas entre os dias 21 e 23. Uma nova frente fria passou pela região entre os dias 24 e 25 (Figura 5), causando chuva leve e aumento na nebulosidade. O tempo instável associado a um cavado invertido e ao aquecimento provocaram chuva intensa no dia 27, com 62,0 mm.

Com relação à nebulosidade (Figura 6), a média mensal da cobertura diária de nuvens foi de 63%. Os dias mais nebulosos foram os dias 10, 11, 18, 19, 24 e 31 de outubro.

O maior valor do Índice de Estresse Térmico (IET) por dia no mês de outubro é mostrado na Figura 7. Detalhes sobre o IET são fornecidos no volume 2 (11) deste boletim. De forma geral, o IET serve como um guia para quem realiza atividades físicas, sendo que os valores de IET menores ou iguais a 25 indicam risco baixo à saúde, valores entre 26 e 33 risco moderado, já valores maiores do que 33, risco extremo. Considerando a série temporal do maior valor diário de IET, o menor valor registrado foi 18,2 (dia 20), o maior valor foi 28,3 (dia 06), a média mensal foi 24,9, e a média da hora de ocorrência do maior IET 13h04. Assim, recomenda-se a não realização de atividades físicas por cerca das 12:00 às 16:00 horas. É válido ressaltar que o IET decresce quando há alta cobertura de nuvens e temperaturas mais baixas e aumenta quando há condições atmosféricas opostas (Figuras 6 e 7). 

Com relação ao índice de aridez (IA; detalhes sobre esse índice são apresentados no volume 3 (04) deste boletim), foi igual a 5,60, o que caracteriza um clima úmido.

Para aqueles que tiverem interesse em saber em tempo real a evolução das variáveis atmosféricas em Itajubá, esse boletim deixa como sugestão o acesso aos sites:

http://meteorologia.unifei.edu.br 

https://www.wunderground.com/personal-weather-station/dashboard?ID=IITAJUB5 

Aos leitores que tiverem interesse no monitoramento dos ciclones na América do Sul e a previsão climática sazonal nas diferentes regiões do país, sugerimos o acesso à página:

www.grec.iag.usp.br

Figura 1 Variáveis atmosféricas observadas no mês de outubro de 2021 na estação meteorológica automática localizada no campus da Universidade Federal de Itajubá (latitude 22º 24’ 46” e longitude 45º 27’06”): a) temperatura (oC) máxima diária (vermelho), temperatura mínima diária (azul) e média diária da temperatura do ar (verde) a 2 m de altura, b) média diária da pressão atmosférica ao nível médio do mar (hPa), c) direção predominante do vento a 2,5 m de altura; C indica calmaria, d) totais diários de precipitação (mm) contabilizados entre 00:10 e 24:00 h, e) média diária da umidade relativa (%) a 2 m de altura e f) média diária da intensidade do vento (m/s) a 2,5 m de altura. 

Figura 2 Frente fria entre o sul de Minas e o Rio de Janeiro (Imagens de 05/10/2021 18Z; canal 01 do satélite GOES-16). Fonte: GPT-CPTEC-INPE.

Figura 3 Frente fria entre o sul de Minas Gerais e o litoral norte do Rio de Janeiro (Imagens de 08/10/2021 00Z; canal 13 do satélite GOES-16). Fonte: GPT-CPTEC-INPE.

Figura 4 Frente fria no litoral de São Paulo, associada a uma área de baixa pressão sobre o oceano (Imagens de 16/10/2021 18Z; canal 01 do satélite GOES-16). Fonte: GPT-CPTEC-INPE.

Figura 5 Frente fria entre o Mato Grosso do Sul e o extremo sul de Minas (Imagens de 24/10/2021 18Z; canal 01 do satélite GOES-16). Fonte: GPT-CPTEC-INPE.

Figura 6 Cobertura de nuvens média diária na cidade de Itajubá no mês de outubro de 2021.

Figura 7 Maior valor diário do Índice de Estresse Térmico na cidade de Itajubá no mês de outubro de 2021.


Autores: Vinícius Henrique Lucyrio de Lima e Michelle Simões Reboita.

quarta-feira, 2 de março de 2022

Boletim Meteorológico Mensal da Unifei - Volume 11 - Número 09

As condições atmosféricas em Itajubá no mês de setembro de 2021, medidas na estação meteorológica automática localizada na UNIFEI, são apresentadas na Figura 1. Neste mês, a temperatura média do ar oscilou entre 18,1ºC e 25,7°C (a média foi 22,9ºC). As médias de temperaturas mínimas e máximas foram, respectivamente, 16,4°C e 30,9°C (anomalias de +3,1 e +2,4°C, respectivamente). A maior temperatura máxima registrada foi 35,2ºC (dia 21), recorde para o mês de setembro desde a instalação da estação, e a menor temperatura mínima foi 10,9ºC (dia 23). As médias mensais da umidade relativa do ar e da intensidade do vento foram 60,3% e 1,14 m/s (4,12 km/h), respectivamente. No mês de setembro a direção predominante do vento foi a Sudeste. Houve 9 dias com precipitação, sendo 6 dias com precipitação acima de 0,4 mm, totalizando 66,8 mm (85% da média). Os desvios calculados aqui provêm das médias da estação desde abril de 2010. 

No mês de setembro de 2021 houve a atuação de 4 frentes frias sobre a região de Itajubá. Entre os dias 1 e 8 as temperaturas se mantiveram acima da média devido à entrada de ar quente do interior do país e da presença da Alta Subtropical do Atlântico Sul (ASAS), que manteve o tempo seco. A primeira frente fria ingressou entre os dias 10 e 11 (Figura 2), causando chuva (15,7 mm dia 11) mas sem provocar queda significativa nas temperaturas. Entre os dias 15 e 16 a segunda frente fria passou próxima ao litoral da região Sudeste (Figura 3), provocando apenas aumento na nebulosidade e chuva leve (1,8 mm dia 16). O ar quente vindo do interior do país causou uma forte onda de calor no Sudeste entre os dias 18 e 21, estabelecendo a maior temperatura já registrada pela estação da UNIFEI no mês de setembro, com 35,2°C no dia 21. Ainda no dia 21, a terceira frente fria ingressou sobre o Sudeste (Figura 4), causando queda nas temperaturas (máxima de 21,9°C no dia 22 e mínima de 10,9°C no dia 23). A presença de cavados invertidos deixou a atmosfera instável nos dias 25 e 26, quando foram registrados 19,8 e 26,2 mm de precipitação respectivamente. A quarta e última frente fria do mês passou ao longo do dia 30 (Figura 5), mas sem provocar alterações no tempo.

Com relação à nebulosidade (Figura 6), a média mensal da cobertura diária de nuvens foi de 40%. O dia mais nebuloso foi o dia 15 de setembro.

O maior valor do Índice de Estresse Térmico (IET) por dia no mês de setembro é mostrado na Figura 7. Detalhes sobre o IET são fornecidos no volume 2 (11) deste boletim. De forma geral, o IET serve como um guia para quem realiza atividades físicas, sendo que os valores de IET menores ou iguais a 25 indicam risco baixo à saúde, valores entre 26 e 33 risco moderado, já valores maiores do que 33, risco extremo. Considerando a série temporal do maior valor diário de IET, o menor valor registrado foi 19,8 (dia 22), o maior valor foi 28,6 (dia 19), a média mensal foi 25,8, e a média da hora de ocorrência do maior IET 13h26. Assim, recomenda-se a não realização de atividades físicas por cerca das 12:00 às 16:00 horas. É válido ressaltar que o IET decresce quando há alta cobertura de nuvens e temperaturas mais baixas e aumenta quando há condições atmosféricas opostas (Figuras 6 e 7). 

Com relação ao índice de aridez (IA; detalhes sobre esse índice são apresentados no volume 3 (04) deste boletim), foi igual a 0,65, o que caracteriza um clima subúmido seco.

Para aqueles que tiverem interesse em saber em tempo real a evolução das variáveis atmosféricas em Itajubá, esse boletim deixa como sugestão o acesso aos sites:

http://meteorologia.unifei.edu.br 

https://www.wunderground.com/personal-weather-station/dashboard?ID=IITAJUB5 

Aos leitores que tiverem interesse no monitoramento dos ciclones na América do Sul e a previsão climática sazonal nas diferentes regiões do país, sugerimos o acesso à página:

www.grec.iag.usp.br

Figura 1 Variáveis atmosféricas observadas no mês de setembro de 2021 na estação meteorológica automática localizada no campus da Universidade Federal de Itajubá (latitude 22º 24’ 46” e longitude 45º 27’06”): a) temperatura (oC) máxima diária (vermelho), temperatura mínima diária (azul) e média diária da temperatura do ar (verde) a 2 m de altura, b) média diária da pressão atmosférica ao nível médio do mar (hPa), c) direção predominante do vento a 2,5 m de altura; C indica calmaria, d) totais diários de precipitação (mm) contabilizados entre 00:10 e 24:00 h, e) média diária da umidade relativa (%) a 2 m de altura e f) média diária da intensidade do vento (m/s) a 2,5 m de altura. 

Figura 2 Frente fria entre o Acre e São Paulo (Imagens de 10/09/2021 12Z; canal 01 do satélite GOES-16). Fonte: GPT-CPTEC-INPE.

Figura 3 Frente fria entre litoral norte de São Paulo e o sul de Minas Gerais (Imagens de 16/09/2021 06Z; canal 13 do satélite GOES-16). Fonte: GPT-CPTEC-INPE.

Figura 4 Frente semi-estacionária, com ramo frio no litoral de São Paulo (Imagens de 21/09/2021 18Z; canal 01 do satélite GOES-16). Fonte: GPT-CPTEC-INPE.

Figura 5 Frente fria próxima ao litoral de São Paulo (Imagens de 30/09/2021 12Z; canal 01 do satélite GOES-16). Fonte: GPT-CPTEC-INPE.

Figura 6 Cobertura de nuvens média diária na cidade de Itajubá no mês de setembro de 2021.

Figura 7 Maior valor diário do Índice de Estresse Térmico na cidade de Itajubá no mês de setembro de 2021.

Autores: Vinícius Henrique Lucyrio de Lima e Michelle Simões Reboita.

Boletim Meteorológico Mensal da Unifei - Volume 11 - Número 08

As condições atmosféricas em Itajubá no mês de agosto de 2021, medidas na estação meteorológica automática localizada na UNIFEI, são apresentadas na Figura 1. Neste mês, a temperatura média do ar oscilou entre 14,2ºC e 19,9°C. A média de temperatura máxima foi de 26,9°C (anomalia de +0,7). Devido a falhas na transmissão, não foram computados dados do período noturno entre os dias 18 e 31, portanto a temperatura média mensal e a média das mínimas foram comprometidas. A maior temperatura máxima registrada foi 30,7ºC (dia 26) e a menor temperatura mínima foi 6,4ºC (dia 01). As médias mensais da umidade relativa do ar e da intensidade do vento foram 62,0% e 1,00 m/s (3,55 km/h), respectivamente. No mês de agosto a direção predominante do vento foi a Sudeste. Houve 1 dia com precipitação, totalizando 8,1 mm (28% da média). Os desvios calculados aqui provêm das médias da estação desde abril de 2010. 

No mês de agosto de 2021 apenas duas frentes frias passaram pelo Sudeste. Entre os dias 1 e 8 a passagem de anticiclones migratórios pelo litoral do Sudeste manteve as temperaturas abaixo da média. A primeira frente fria atuou no dia 12 (Figura 2), passando pelo litoral de São Paulo e sul de Minas Gerais, mas sem causar alterações significativas no tempo e nem queda nas temperaturas. O aquecimento superficial e a presença de um cavado invertido provocaram chuvas isoladas no sul mineiro no dia 16; em Itajubá foram registrados 8,1 mm. A atuação do Anticiclone Subtropical do Atlântico Sul (ASAS) entre os dias 18 e 27 manteve as tardes quentes e secas; no dia 20 a umidade relativa chegou a 16%. A segunda frente fria avançou entre os dias 27 e 29 pelo sul de São Paulo, de Minas Gerais e Rio de Janeiro (Figura 3), causando queda nas temperaturas máximas e aumento na nebulosidade, mas não houve registro de chuva.

Com relação à nebulosidade (Figura 4), a média mensal da cobertura diária de nuvens foi de 30%. O dia mais nebuloso foi o dia 28 de agosto.

O maior valor do Índice de Estresse Térmico (IET) por dia no mês de agosto é mostrado na Figura 5. Detalhes sobre o IET são fornecidos no volume 2 (11) deste boletim. De forma geral, o IET serve como um guia para quem realiza atividades físicas, sendo que os valores de IET menores ou iguais a 25 indicam risco baixo à saúde, valores entre 26 e 33 risco moderado, já valores maiores do que 33, risco extremo. Considerando a série temporal do maior valor diário de IET, o menor valor registrado foi 19,0 (dia 01), o maior valor foi 25,3 (dia 27), a média mensal foi 22,6, e a média da hora de ocorrência do maior IET 13h31. Assim, recomenda-se a não realização de atividades físicas por cerca das 12:00 às 16:00 horas. É válido ressaltar que o IET decresce quando há alta cobertura de nuvens e temperaturas mais baixas e aumenta quando há condições atmosféricas opostas (Figuras 4 e 5). 

Com relação ao índice de aridez (IA; detalhes sobre esse índice são apresentados no volume 3 (04) deste boletim), foi igual a 0,12, o que caracteriza um clima semiárido.

Para aqueles que tiverem interesse em saber em tempo real a evolução das variáveis atmosféricas em Itajubá, esse boletim deixa como sugestão o acesso aos sites:

http://meteorologia.unifei.edu.br 

https://www.wunderground.com/personal-weather-station/dashboard?ID=IITAJUB5 

Aos leitores que tiverem interesse no monitoramento dos ciclones na América do Sul e a previsão climática sazonal nas diferentes regiões do país, sugerimos o acesso à página:

www.grec.iag.usp.br

Figura 1 Variáveis atmosféricas observadas no mês de agosto de 2021 na estação meteorológica automática localizada no campus da Universidade Federal de Itajubá (latitude 22º 24’ 46” e longitude 45º 27’06”): a) temperatura (°C) máxima diária (vermelho), temperatura mínima diária (azul) e média diária da temperatura do ar (verde) a 2 m de altura, b) média diária da pressão atmosférica ao nível médio do mar (hPa), c) direção predominante do vento a 2,5 m de altura; C indica calmaria, d) totais diários de precipitação (mm) contabilizados entre 00:10 e 24:00 h, e) média diária da umidade relativa (%) a 2 m de altura e f) média diária da intensidade do vento (m/s) a 2,5 m de altura. 

Figura 2 Frente fria entre o sul de Minas Gerais e o Rio de Janeiro (Imagens de 12/08/2021 06Z; canal 13 do satélite GOES-16). Fonte: GPT-CPTEC-INPE.

Figura 3 Frente fria entre o sul de São Paulo e sul de Minas Gerais (Imagens de 28/08/2021 00Z; canal 13 do satélite GOES-16). Fonte: GPT-CPTEC-INPE.

Figura 4 Cobertura de nuvens média diária na cidade de Itajubá no mês de agosto de 2021.

Figura 5 Maior valor diário do Índice de Estresse Térmico na cidade de Itajubá no mês de agosto de 2021.

Autores: Vinícius Henrique Lucyrio de Lima e Michelle Simões Reboita.

Boletim Meteorológico Mensal da Unifei - Volume 11 - Número 07

As condições atmosféricas em Itajubá no mês de julho de 2021, medidas na estação meteorológica automática localizada na UNIFEI, são apresentadas na Figura 1. Neste mês, a temperatura média do ar oscilou entre 9,8ºC e 19,5°C (a média foi 14,9ºC). As médias de temperaturas mínimas e máximas foram, respectivamente, 7,7°C e 23,5°C (anomalias de -2,2 e -1,0°C, respectivamente). A maior temperatura máxima registrada foi 27,3ºC (dia 16) e a menor temperatura mínima foi 0,3ºC (dia 20). As médias mensais da umidade relativa do ar e da intensidade do vento foram 65,3% e 0,62 m/s (2,24 km/h), respectivamente. No mês de julho a direção predominante do vento foi a Sudeste. Houve 4 dias com precipitação, sendo 1 dia com precipitação acima de 0,4 mm, totalizando 26,7 mm (80% da média). Os desvios calculados aqui provêm das médias da estação desde abril de 2010 (Anexo 2). 

No mês de julho de 2021 atuaram três frentes frias sobre o sul de Minas Gerais. Nos primeiros dias de julho havia a atuação de uma massa de ar polar, que provocou uma forte onda de frio no Centro-Sul do Brasil; a mínima no dia 01 foi de 2,4°C. A Alta Subtropical do Atlântico Sul (ASAS) atuou entre os dias 3 e 10 próximo do litoral do Sudeste, mantendo as temperaturas mais baixas do que o normal. No dia 17 a primeira frente fria passou pela região (Figura 2), mas sem causar mudanças significativas no tempo. A segunda frente fria avançou entre os dias 18 e 19 (Figura 3) sem causar chuva, mas acompanhada de uma intensa massa de ar frio; o ar polar na retaguarda provocou uma forte onda de frio na região Sudeste, causando o recorde de frio da estação da UNIFEI (0,3°C no dia 20), com formação de fortes geadas. A massa de ar frio que ingressou era também muito seca, causando baixos índices de umidade relativa do ar (14% no dia 19). Entre os dias 28 e 29 a terceira frente fria avançou sobre grande parte do Brasil (Figura 4), também provocando uma forte onda de frio. O ar polar propiciou forte queda nas temperaturas em Itajubá, com máxima de 16,2°C no dia 29 com tempo ensolarado e mínima de 1,8°C no dia 30, a segunda menor já registrada na estação, com formação de geada.

Com relação à nebulosidade (Figura 5), a média mensal da cobertura diária de nuvens foi de 14%. O dia mais nebuloso foi o dia 28 de julho.

O maior valor do Índice de Estresse Térmico (IET) por dia no mês de julho é mostrado na Figura 6. Detalhes sobre o IET são fornecidos no volume 2 (11) deste boletim. De forma geral, o IET serve como um guia para quem realiza atividades físicas, sendo que os valores de IET menores ou iguais a 25 indicam risco baixo à saúde, valores entre 26 e 33 risco moderado, já valores maiores do que 33, risco extremo. Considerando a série temporal do maior valor diário de IET, o menor valor registrado foi 13,9 (dia 29), o maior valor foi 23,2 (dia 17), a média mensal foi 19,7, e a média da hora de ocorrência do maior IET 13h29. Assim, recomenda-se a não realização de atividades físicas por cerca das 12:00 às 16:00 horas. É válido ressaltar que o IET decresce quando há alta cobertura de nuvens e temperaturas mais baixas e aumenta quando há condições atmosféricas opostas (Figuras 5 e 6). 

Com relação ao índice de aridez (IA; detalhes sobre esse índice são apresentados no volume 3 (04) deste boletim), foi igual a 0,76, o que caracteriza um clima subúmido úmido.

Para aqueles que tiverem interesse em saber em tempo real a evolução das variáveis atmosféricas em Itajubá, esse boletim deixa como sugestão o acesso aos sites:

http://meteorologia.unifei.edu.br 

https://www.wunderground.com/personal-weather-station/dashboard?ID=IITAJUB5 

Aos leitores que tiverem interesse no monitoramento dos ciclones na América do Sul e a previsão climática sazonal nas diferentes regiões do país, sugerimos o acesso à página:

www.grec.iag.usp.br

Figura 1 Variáveis atmosféricas observadas no mês de julho de 2021 na estação meteorológica automática localizada no campus da Universidade Federal de Itajubá (latitude 22º 24’ 46” e longitude 45º 27’06”): a) temperatura (°C) máxima diária (vermelho), temperatura mínima diária (azul) e média diária da temperatura do ar (verde) a 2 m de altura, b) média diária da pressão atmosférica ao nível médio do mar (hPa), c) direção predominante do vento a 2,5 m de altura; C indica calmaria, d) totais diários de precipitação (mm) contabilizados entre 00:10 e 24:00 h, e) média diária da umidade relativa (%) a 2 m de altura e f) média diária da intensidade do vento (m/s) a 2,5 m de altura. 

Figura 2 Frente semi-estacionária com ramo frio próximo ao litoral de São Paulo (Imagens de 17/07/2021 06Z; canal 13 do satélite GOES-16). Fonte: GPT-CPTEC-INPE.

Figura 3 Frente fria entre o sul da Amazônia e o sul de Minas Gerais, associado a um forte ciclone extratropical na costa do Rio Grande do Sul (Imagens de 18/07/2021 18Z; canal 01 do satélite GOES-16). Fonte: GPT-CPTEC-INPE.

Figura 4 Frente fria entre o sul do Amazonas e o Sudeste (Imagens de 28/07/2021 18Z; canal 01 do satélite GOES-16). Fonte: GPT-CPTEC-INPE.

Figura 5 Cobertura de nuvens média diária na cidade de Itajubá no mês de julho de 2021.

Figura 6 Maior valor diário do Índice de Estresse Térmico na cidade de Itajubá no mês de julho de 2021.

Autores: Vinícius Henrique Lucyrio de Lima e Michelle Simões Reboita.

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