sexta-feira, 22 de novembro de 2019

Boletim Meteorológico Mensal da Unifei - Volume 09 - Número 10


As condições atmosféricas em Itajubá no mês de outubro de 2019, medidas na estação meteorológica automática localizada na UNIFEI, são apresentadas na Figura 1. Neste mês, a temperatura média do ar oscilou entre 19,0°C e 25,2°C (a média foi 22,8°C). As médias de temperaturas mínimas e máximas foram, respectivamente, 16,7°C e 30,1°C (desvios de +0,8 e +1,4°C, respectivamente). A maior temperatura máxima registrada foi 34,1°C (dia 14) e a menor temperatura mínima foi 13,3°C (dia 03). As médias mensais da umidade relativa do ar e da intensidade do vento foram 71,6% e 0,48 m/s (1,71 km/h), respectivamente. No mês de outubro, a direção predominante do vento foi a Nordeste. Houve 14 dias com precipitação, sendo 9 dias com precipitação maior que 0,4 mm, totalizando 95,4 mm (76,6% da média).

No mês de outubro de 2019, três frentes frias passaram pelo Sudeste, sendo que apenas uma provocou alterações significativas no tempo na cidade de Itajubá. A primeira foi uma frente estacionária que atuou entre o sul da Amazônia e o litoral do Sudeste nos dias 6 a 8 (Figura 2a), e causou queda na temperatura máxima, aumento na nebulosidade e muita chuva (60,2 mm no dia 8). Entre os dias 15 e 17, uma frente semi-estacionária passou pelo sul de São Paulo e Rio de Janeiro, mas sem provocar mudanças no tempo no sul de Minas Gerais. A terceira frente fria passou pelo litoral de São Paulo entre os dias 19 e 21 (Figura 2b), causando uma pequena queda nas temperaturas máximas devido ao aumento da nebulosidade. Houve também a atuação da Zona de Convergência de Umidade (ZCOU), que se estabeleceu entre o sudeste do Amazonas e litoral norte do Espírito Santo nos dias 23 e 24 (Figura 2c), também sem influenciar no tempo na região sul de MG.

Com relação à nebulosidade (Figura 3), a média mensal da cobertura diária de nuvens foi de 44 %. Os dias mais nebulosos foram 09 e 21.

O maior valor do Índice de Estresse Térmico (IET) por dia no mês de outubro é mostrado na Figura 4. Detalhes sobre o IET são fornecidos no volume 2 (11) deste boletim. De forma geral, o IET serve como um guia para quem realiza atividades físicas, sendo que os valores de IET menores ou iguais a 25 indicam risco baixo à saúde, valores entre 26 e 33 risco moderado, já valores maiores do que 33, risco extremo. Considerando a série temporal do maior valor diário de IET, o menor valor registrado foi 22,5 (dia 09), o maior valor foi 28,4 (dia 30), a média mensal foi 26,7, e a média da hora de ocorrência do maior IET 13h23. Assim, recomenda-se a não realização de atividades físicas entre as 12:00 às 15:00 horas. É válido ressaltar que o IET decresce quando há alta cobertura de nuvens e temperaturas mais baixas e aumenta quando há condições atmosféricas opostas (Figuras 3 e 4). 

Com relação ao índice de aridez (IA; detalhes sobre esse índice são apresentados no volume 3 (04) deste boletim), foi igual a 0,91, o que caracteriza um clima semiúmido úmido.

Para aqueles que tiverem interesse em saber em tempo real a evolução das variáveis atmosféricas em Itajubá, esse boletim deixa como sugestão o acesso aos sites:



Aos leitores que tiverem interesse no monitoramento dos ciclones na América do Sul e a previsão climática sazonal nas diferentes regiões do país, sugerimos o acesso à página:


Figura 1 Variáveis atmosféricas observadas no mês de outubro de 2019 na estação meteorológica automática localizada no campus da Universidade Federal de Itajubá (latitude 22º 24’ 46” e longitude 45º 27’06”): a) temperatura (°C) máxima diária (vermelho), temperatura mínima diária (azul) e média diária da temperatura do ar (verde) a 2 m de altura, b) média diária da pressão atmosférica ao nível médio do mar (hPa), c) direção predominante do vento a 2,5 m de altura; C indica calmaria, d) totais diários de precipitação (mm) contabilizados entre 00:10 e 24:00 h, e) média diária da umidade relativa (%) a 2 m de altura e f) média diária da intensidade do vento (m/s) a 2,5 m de altura. 

Figura 2 (a) Frente estacionária entre o sul da Amazônia e o litoral de São Paulo (07/10 12Z); (b) Frente fria no litoral sul de Rio de Janeiro (20/10 06Z); (c) Zona de Convergência de Umidade (ZCOU) entre o sudeste do Amazonas e o litoral norte do Espírito Santo (24/10 00Z). Fonte: GPT-CPTEC-INPE. 

Figura 3 Cobertura de nuvens média diária na cidade de Itajubá no mês de outubro de 2019.

Figura 4 Maior valor diário do Índice de Estresse Térmico na cidade de Itajubá no mês de outubro de 2019.

Autores: Vinícius Henrique Lucyrio de Lima.

quarta-feira, 20 de novembro de 2019

Boletim Meteorológico Mensal da Unifei - Volume 09 - Número 09


As condições atmosféricas em Itajubá no mês de setembro de 2019, medidas na estação meteorológica automática localizada na UNIFEI, são apresentadas na Figura 1 e no Anexo 1. Neste mês, a temperatura média do ar oscilou entre 16,5°C e 24,4°C (a média foi 21,0°C). As médias de temperaturas mínimas e máximas foram, respectivamente, 14,8°C e 28,7°C (desvios de +1,8 e +0,4°C, respectivamente). A maior temperatura máxima registrada foi 34,2°C (dia 13) e a menor temperatura mínima foi 9,7°C (dia 24). As médias mensais da umidade relativa do ar e da intensidade do vento foram 72,4% e 0,49 m/s (1,76 km/h), respectivamente. No mês de setembro, a direção predominante do vento foi a Nordeste. Houve 11 dias com precipitação, sendo 10 dias com precipitação maior que 0,4 mm, totalizando 121,6 mm (155,3% da média). Os desvios calculados aqui provêm das médias da estação desde abril de 2010.

No mês de setembro de 2019 atuaram 5 frentes frias, direta ou indiretamente, sobre o sul de Minas Gerais, sendo que 3 delas provocaram alterações significativas nas condições do tempo. A primeira frente fria passou pelo litoral de São Paulo e Rio de Janeiro (Figura 2a) e atuou entre os dias 2 e 3, provocando intensa precipitação (39,4 mm dia 2). Um cavado em superfície (Figura 2b) deixou o tempo instável nos dias 3 e 4, e provocou 11,4 mm de chuva. Nos dias 5 e 6, a segunda frente fria se aproximou do sul de MG (Figura 2c) causando chuva, aumento na nebulosidade e queda nas temperaturas máximas. Uma alta pressão pós-frontal ingressou em seguida, diminuindo as mínimas. Logo depois houve predomínio de circulação anticiclônica (Figura 2d) entre os dias 8 e 20, com isso o céu permaneceu aberto propiciando elevação gradual na temperatura. Entre os dias 11 e 20, uma forte onda de calor atuou sobre grande parte do Brasil Central, inclusive na região sul de MG. As máximas passaram dos 33°C por 7 dias neste período, com pico de 34,2°C no dia 13. Nos dias 13 e 14, uma frente fria passou pelo litoral do Sudeste mas sem provocar alterações no tempo no sul de Minas Gerais. Entre 21 e 22 de setembro, uma nova frente atuou com ramo semiestacionário no litoral do Sudeste (Figura 2e), mudando a direção dos ventos e aumentando a nebulosidade; a alta pós-frontal que ingressou em seguida causou queda na temperatura (9,7°C no dia 24). Um cavado em superfície (Figura 2f) fez a nebulosidade aumentar significativamente nos dias 25 e 26, além de causar muita chuva (40,4 mm) e queda na temperatura (máxima de 17,7°C no dia 26). Uma frente fria passou pelo oceano ao longo do litoral de SP no dias 27 e 28, e sua alta pós-frontal manteve o tempo estável até o fim do mês.

Com relação à nebulosidade (Figura 3), a média mensal da cobertura diária de nuvens foi de 45 %. Os dias mais nebulosos foram 25 e 26.

O maior valor do Índice de Estresse Térmico (IET) por dia no mês de setembro é mostrado na Figura 4. Detalhes sobre o IET são fornecidos no volume 2 (11) deste boletim. De forma geral, o IET serve como um guia para quem realiza atividades físicas, sendo que os valores de IET menores ou iguais a 25 indicam risco baixo à saúde, valores entre 26 e 33 risco moderado, já valores maiores do que 33, risco extremo. Considerando a série temporal do maior valor diário de IET, o menor valor registrado foi 17,5 (dia 26), o maior valor foi 28,2 (dia 15), a média mensal foi 24,9, e a média da hora de ocorrência do maior IET 13h19. Assim, recomenda-se a não realização de atividades físicas entre as 12:00 às 15:00 horas. É válido ressaltar que o IET decresce quando há alta cobertura de nuvens e temperaturas mais baixas e aumenta quando há condições atmosféricas opostas (Figuras 3 e 4). 

Com relação ao índice de aridez (IA; detalhes sobre esse índice são apresentados no volume 3 (04) deste boletim), foi igual a 1,50, o que caracteriza um clima úmido.

Para aqueles que tiverem interesse em saber em tempo real a evolução das variáveis atmosféricas em Itajubá, esse boletim deixa como sugestão o acesso aos sites:



Aos leitores que tiverem interesse no monitoramento dos ciclones na América do Sul e a previsão climática sazonal nas diferentes regiões do país, sugerimos o acesso à página:



Figura 1 Variáveis atmosféricas observadas no mês de setembro de 2019 na estação meteorológica automática localizada no campus da Universidade Federal de Itajubá (latitude 22º 24’ 46” e longitude 45º 27’06”): a) temperatura (oC) máxima diária (vermelho), temperatura mínima diária (azul) e média diária da temperatura do ar (verde) a 2 m de altura, b) média diária da pressão atmosférica ao nível médio do mar (hPa), c) direção predominante do vento a 2,5 m de altura; C indica calmaria, d) totais diários de precipitação (mm) contabilizados entre 00:10 e 24:00 h, e) média diária da umidade relativa (%) a 2 m de altura e f) média diária da intensidade do vento (m/s) a 2,5 m de altura. 


Figura 2 (a) Frente fria no litoral do estado de São Paulo (02/09 12Z); (b) Cavado em superfície entre o sul de Goiás e litoral do Rio de Janeiro associado a frente estacionária no oceano (03/09 18Z); (c) Frente fria no litoral do Rio de Janeiro (05/09 12Z); (d) Domínio de circulação anticiclônica no leste da região Sudeste (11/09 00Z); (e) Frente semi-estacionária com ramo frio sobre o leste do Sudeste (21/09 18Z); (f) Cavado em superfície entre Goiás e o litoral norte de São Paulo (26/09 06Z). Fonte: GPT-CPTEC-INPE. 


Figura 3 Cobertura de nuvens média diária na cidade de Itajubá no mês de setembro de 2019.


Figura 4 Maior valor diário do Índice de Estresse Térmico na cidade de Itajubá no mês de setembro de 2019.

Autores: Vinícius Henrique Lucyrio de Lima e Michelle Simões Reboita.

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