sexta-feira, 20 de maio de 2016

Boletim Meteorológico Mensal da Unifei - Volume 06 - Número 04

As condições atmosféricas em Itajubá no mês de abril de 2016, medidas na estação meteorológica automática localizada na UNIFEI, são apresentadas na Figura 1. Neste mês, a temperatura média do ar oscilou entre 16,5ºC e 24,4ºC (a média foi 21,8ºC). A maior temperatura máxima registrada foi 32,7ºC (dia 9) e a menor temperatura mínima foi 10,4ºC (dia 30). As médias mensais da umidade relativa do ar e da intensidade do vento foram 76,1% e 0,10 m/s (0,36 km/h), respectivamente. No mês de abril a direção predominante do vento foi a norte. Em 5 dias do mês ocorreu recolhimento no pluviômetro totalizando 17,6 mm.

De acordo com as cartas sinóticas do GPT/CPTEC/INPE, somente uma frente fria atuou no sul de Minas Gerais em abril (chegada no dia 27) e, essa, foi considerada um fenômeno de friagem já que conseguiu atingir a região norte do Brasil (Figura 2). Essa frente fria também foi responsável por quase toda a precipitação registrada em Itajubá em abril (Figura 1).

Com relação à nebulosidade (Figura 3), a média mensal da cobertura diária de nuvens foi de 35,7%. Os dias mais nebulosos foram de 26 a 30 de abril, por influência da frente fria.

O maior valor do Índice de Estresse Térmico (IET) por dia no mês de abril é mostrado na Figura 4. Detalhes sobre o IET são fornecidos no volume 2 (11) deste boletim. De forma geral, o IET serve como um guia para quem realiza atividades físicas, sendo que os valores de IET menores ou iguais a 25 indicam risco baixo à saúde, valores entre 26 e 33 risco moderado, já valores maiores do que 33, risco extremo. Considerando a série temporal do maior valor diário de IET, o menor valor registrado foi 20,7 (dia 30), o maior valor foi 28,1 (dia 11), a média mensal foi 27,1 e a média da hora de ocorrência do maior IET, 13h31. Assim, recomenda-se a não realização de atividades físicas por cerca das 12:00 às 15:00 horas. É válido ressaltar que o IET decresce quando há alta cobertura de nuvens e temperaturas mais baixas e aumenta quando há condições atmosféricas opostas (Figuras 3 e 4).

Com relação ao índice de aridez (IA; detalhes sobre esse índice são apresentados no volume 3 (04) deste boletim) este foi igual a 0,21 o que indica um clima semi-árido.

Esse boletim deixa como sugestão o acesso aos sítios



para aqueles que tiverem interesse em saber em tempo real a evolução das variáveis atmosféricas em Itajubá e o sítio


aos leitores que tiverem interesse no monitoramento dos ciclones na América do Sul e a previsão climática sazonal nas diferentes regiões do país.

Figura 1 Variáveis atmosféricas medidas no mês de abril de 2016 na estação meteorológica automática localizada no campus da Universidade Federal de Itajubá (latitude 22º 24’ 46” e longitude 45º 27’06”): a) temperatura (oC) máxima diária (vermelho), temperatura mínima diária (azul) e média diária da temperatura do ar (verde) a 2 m de altura, b) média diária da pressão atmosférica ao nível médio do mar (hPa), c) direção predominante do vento a 2,5 m de altura; C indica calmaria, d) totais diários de precipitação (mm) contabilizados entre 00:10 e 24:00 h, e) média diária da umidade relativa (%) a 2 m de altura e f) média diária da intensidade do vento (m/s) a 2,5 m de altura. Obs: A intensidade do vento está em km/h.



Figura 2 Carta sinótica de superfície no dia 27 de abril de 2016 às 12 Z (09 horas local) mostrando a chegada de uma frente fria (linha azul com triângulos) no sul de Minas Gerais. Fonte: GPT-CPTEC-INPE. 


  
Figura 3 Cobertura de nuvens média diária na cidade de Itajubá no mês de março de 2016. 



Figura 4 Maior valor diário do Índice de Estresse Térmico na cidade de Itajubá no mês de março de 2016.

Jornal confeccionado por: Michelle Simões Reboita e João Pedro Rodrigues da Silva.

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