As condições atmosféricas em Itajubá no mês de abril de
2016, medidas na estação meteorológica automática localizada na UNIFEI, são
apresentadas na Figura 1. Neste mês,
a temperatura média do ar oscilou entre 16,5ºC e 24,4ºC (a média foi 21,8ºC). A
maior temperatura máxima registrada foi 32,7ºC (dia 9) e a menor temperatura
mínima foi 10,4ºC (dia 30). As médias mensais da umidade relativa do ar e da
intensidade do vento foram 76,1% e 0,10 m/s (0,36 km/h), respectivamente. No
mês de abril a direção predominante do vento foi a norte. Em 5 dias do mês
ocorreu recolhimento no pluviômetro totalizando 17,6 mm.
De acordo com as cartas sinóticas do GPT/CPTEC/INPE, somente
uma frente fria atuou no sul de Minas Gerais em abril (chegada no dia 27) e,
essa, foi considerada um fenômeno de friagem já que conseguiu atingir a região
norte do Brasil (Figura 2). Essa
frente fria também foi responsável por quase toda a precipitação registrada em
Itajubá em abril (Figura 1).
Com relação à nebulosidade (Figura 3), a média
mensal da cobertura diária de nuvens foi de 35,7%. Os dias mais nebulosos foram
de 26 a 30 de abril, por influência da frente fria.
O maior valor do Índice de Estresse Térmico (IET) por
dia no mês de abril é mostrado na Figura
4. Detalhes sobre o IET são fornecidos no volume 2 (11) deste boletim. De
forma geral, o IET serve como um guia para quem realiza atividades físicas,
sendo que os valores de IET menores ou iguais a 25 indicam risco baixo à saúde,
valores entre 26 e 33 risco moderado, já valores maiores do que 33, risco
extremo. Considerando a série temporal do maior valor diário de IET, o menor
valor registrado foi 20,7 (dia 30), o maior valor foi 28,1 (dia 11), a média
mensal foi 27,1 e a média da hora de ocorrência do maior IET, 13h31. Assim,
recomenda-se a não realização de atividades físicas por cerca das 12:00 às 15:00
horas. É válido ressaltar que o IET decresce quando há alta cobertura de nuvens
e temperaturas mais baixas e aumenta quando há condições atmosféricas opostas (Figuras 3 e 4).
Com relação ao índice de aridez (IA; detalhes sobre
esse índice são apresentados no volume 3 (04) deste boletim) este foi igual a 0,21
o que indica um clima semi-árido.
Esse boletim deixa como sugestão o acesso aos sítios
para aqueles que tiverem interesse em saber em tempo real a evolução das
variáveis atmosféricas em Itajubá e o sítio
aos leitores que tiverem interesse no monitoramento dos ciclones na
América do Sul e a previsão climática sazonal nas diferentes regiões do país.
Figura
1 Variáveis atmosféricas medidas no mês de abril de 2016
na estação meteorológica automática localizada no campus da Universidade
Federal de Itajubá (latitude 22º 24’ 46” e longitude 45º 27’06”): a) temperatura
(oC) máxima diária (vermelho), temperatura mínima diária (azul) e
média diária da temperatura do ar (verde) a 2 m de altura, b) média
diária da pressão atmosférica ao nível médio do mar (hPa), c) direção
predominante do vento a 2,5 m de altura; C indica calmaria, d) totais
diários de precipitação (mm) contabilizados entre 00:10 e 24:00 h, e) média
diária da umidade relativa (%) a 2 m de altura e f) média diária da
intensidade do vento (m/s) a 2,5 m de altura. Obs: A intensidade do vento está em km/h.
Figura 2 Carta sinótica de superfície no dia 27 de abril de
2016 às 12 Z (09 horas local) mostrando a chegada de uma frente fria (linha
azul com triângulos) no sul de Minas Gerais. Fonte: GPT-CPTEC-INPE.
Figura 3 Cobertura
de nuvens média diária na cidade de Itajubá no mês de março de 2016.
Figura 4 Maior valor diário do Índice de Estresse Térmico na
cidade de Itajubá no mês de março de 2016.
Jornal confeccionado por: Michelle Simões Reboita e João Pedro Rodrigues da Silva.
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