As condições atmosféricas em Itajubá no mês de março de
2016, medidas na estação meteorológica automática localizada na UNIFEI, são
apresentadas na Figura 1. Neste mês,
a temperatura média do ar oscilou entre 18,7ºC e 24,2ºC (a média foi 22,2ºC). A
maior temperatura máxima registrada foi 31,4ºC (dia 19) e a menor temperatura
mínima foi 14,2ºC (dia 27). As médias mensais da umidade relativa do ar e da
intensidade do vento foram 82,6% e 0,17 m/s (0,62 km/h), respectivamente. No
mês de março a direção predominante do vento foi a norte. Em 23 dias do mês
ocorreu recolhimento no pluviômetro totalizando 214,2 mm.
De acordo com as cartas sinóticas do GPT/CPTEC/INPE, somente
uma frente fria atuou no sul de Minas Gerais em março e isso foi no dia 1º. Tal
frente era a mesma que estava atuando no dia 29 de fevereiro na região. O
elevado total mensal de precipitação em março foi devido ao intenso aquecimento
da superfície, convecção e presença de umidade favorecida pelas zonas de
convergência de umidade (Figura 2). De
fato, do dia 1º a 05 de março, 11 a 12 e 26 a 27, essas zonas foram bastante
atuantes no sul de Minas Gerais.
Com relação à nebulosidade (Figura 3), a média
mensal da cobertura diária de nuvens foi de 52,2%. Os dias mais nebulosos correspondem
aos dias da atuação das zonas de convergência de umidade: 1º a 05 de março, 11
a 12 e 26 a 27.
O maior valor do Índice de Estresse Térmico (IET) por
dia no mês de março é mostrado na Figura
4. Detalhes sobre o IET são fornecidos no volume 2 (11) deste boletim. De
forma geral, o IET serve como um guia para quem realiza atividades físicas,
sendo que os valores de IET menores ou iguais a 25 indicam risco baixo à saúde,
valores entre 26 e 33 risco moderado, já valores maiores do que 33, risco
extremo. Considerando a série temporal do maior valor diário de IET, o menor
valor registrado foi 21,6 (dia 1), o maior valor foi 29,1 (dia 28), a média
mensal foi 27,1 e a média da hora de ocorrência do maior IET, 13h30. Assim,
recomenda-se a não realização de atividades físicas por cerca das 12:00 às 15:00
horas. É válido ressaltar que o IET decresce quando há alta cobertura de nuvens
e temperaturas mais baixas e aumenta quando há condições atmosféricas opostas.
Com relação ao índice de aridez (IA; detalhes sobre
esse índice são apresentados no volume 3 (04) deste boletim) este foi igual a 2,24
o que indica um clima úmido.
Esse boletim deixa como sugestão o acesso aos sítios
para aqueles que tiverem interesse em saber em tempo real a evolução das
variáveis atmosféricas em Itajubá e o sítio
aos leitores que tiverem interesse no monitoramento dos ciclones na
América do Sul e a previsão climática sazonal nas diferentes regiões do país.
Figura
1 Variáveis atmosféricas medidas no mês de março de 2016
na estação meteorológica automática localizada no campus da Universidade
Federal de Itajubá (latitude 22º 24’ 46” e longitude 45º 27’06”): a) temperatura
(oC) máxima diária (vermelho), temperatura mínima diária (azul) e
média diária da temperatura do ar (verde) a 2 m de altura, b) média
diária da pressão atmosférica ao nível médio do mar (hPa), c) direção
predominante do vento a 2,5 m de altura; C indica calmaria, d) totais
diários de precipitação (mm) contabilizados entre 00:10 e 24:00 h, e) média
diária da umidade relativa (%) a 2 m de altura e f) média diária da
intensidade do vento (m/s) a 2,5 m de altura. Obs: A intensidade do vento está em km/h.
Figura 2 Carta sinótica de superfície no dia 1º de março de
2016 às 00 Z (21 horas local do dia anterior) mostrando a localização de uma
frente fria sobre o sul de Minas Gerais interagindo com uma zona de
convergência de umidade que se estende da Amazônia ao oceano Atlântico. Fonte:
GPT-CPTEC-INPE.
Figura 3 Cobertura
de nuvens média diária na cidade de Itajubá no mês de março de 2016.
Figura 4 Maior valor diário do Índice de Estresse Térmico na
cidade de Itajubá no mês de março de 2016.
Jornal confeccionado por: Michelle Simões Reboita e João Pedro Rodrigues da Silva.
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