As condições atmosféricas em Itajubá no mês de maio de
2018, medidas na estação meteorológica automática localizada na UNIFEI, são
apresentadas na Figura 1. Neste mês,
a temperatura média do ar oscilou entre 12,1ºC e 21,1ºC (a média foi 18ºC). A
maior temperatura máxima registrada foi 29,7ºC (dia 5) e a menor temperatura
mínima foi 4,7ºC (dia 21). As médias mensais da umidade relativa do ar e da
intensidade do vento foram 75,6% e 0,49 m/s (1,77 km/h), respectivamente. No
mês de maio a direção predominante do vento foi a nordeste. Em 9 dias do mês
ocorreu recolhimento no pluviômetro totalizando 20,8 mm.
De acordo com as cartas sinóticas do GPT/CPTEC/INPE, duas
frentes frias atuaram no mês de maio no sul de Minas Gerais. A primeira foi no
dia 13 e a segunda no dia 20 (Figura 2).
Essa segunda frente fria esteve associada a primeira onda de frio do ano de
2018 sobre o país e sua situação pré-frontal foi a responsável pela maior parte
da precipitação registrada em Itajubá no mês de maio de 2018 (Figura 1), enquanto a massa de ar
pós-frontal propiciou a menor temperatura mínima do mês, registrada no dia 21.
Com relação à nebulosidade (Figura 3), a média
mensal da cobertura diária de nuvens foi de 59%. Os dias mais nebulosos foram 8
e 19 de maio.
O maior valor do Índice de Estresse Térmico (IET) por
dia no mês de abril é mostrado na Figura
4. Detalhes sobre o IET são fornecidos no volume 2 (11) deste boletim. De
forma geral, o IET serve como um guia para quem realiza atividades físicas,
sendo que os valores de IET menores ou iguais a 25 indicam risco baixo à saúde,
valores entre 26 e 33 risco moderado, já valores maiores do que 33, risco
extremo. Considerando a série temporal do maior valor diário de IET, o menor
valor registrado foi 16,4 (dia 20), o maior valor foi 25,4 (dia 5), a média
mensal foi 22,6 e a média da hora de ocorrência do maior IET, 13:44h. Assim,
recomenda-se a não realização de atividades físicas por cerca das 12:00 às 15:00
horas. É válido ressaltar que o IET decresce quando há alta cobertura de nuvens
e temperaturas mais baixas e aumenta quando há condições atmosféricas opostas (Figuras 3 e 4).
Com relação ao índice de aridez (IA; detalhes sobre
esse índice são apresentados no volume 3 (04) deste boletim) este foi igual a
0,38 o que indica um clima semi-árido.
Esse boletim deixa como sugestão o acesso aos sítios
para
aqueles que tiverem interesse em saber em tempo real a evolução das variáveis
atmosféricas em Itajubá e o sítio
aos
leitores que tiverem interesse no monitoramento dos ciclones na América do Sul
e a previsão climática sazonal nas diferentes regiões do país.
Figura
1 Variáveis atmosféricas medidas no mês de maio de 2018
na estação meteorológica automática localizada no campus da Universidade
Federal de Itajubá (latitude 22º 24’ 46” e longitude 45º 27’06”): a) temperatura
(oC) máxima diária (vermelho), temperatura mínima diária (azul) e
média diária da temperatura do ar (verde) a 2 m de altura, b) média
diária da pressão atmosférica ao nível médio do mar (hPa), c) direção
predominante do vento a 2,5 m de altura; C indica calmaria, d) totais
diários de precipitação (mm) contabilizados entre 00:10 e 24:00 h, e) média
diária da umidade relativa (%) a 2 m de altura e f) média diária da
intensidade do vento (m/s) a 2,5 m de altura.
Figura
2 Carta sinótica de
superfície no dia 12 de maio de 2018 às 18 Z (15 horas local) e no dia 20 de
maio às 00 Z (21 h do dia anterior) mostrando as frentes frias que atuaram no sul
de Minas Gerais. Fonte: GPT-CPTEC-INPE.
Figura 3 Cobertura
de nuvens média diária na cidade de Itajubá no mês de maio de 2018.
Figura 4 Maior valor diário do Índice de Estresse Térmico na
cidade de Itajubá no mês de maio de 2018.
Jornal confeccionado por: Michelle Simões Reboita e João Pedro Rodrigues da Silva
