As condições atmosféricas em Itajubá no mês de outubro
de 2015, medidas na estação meteorológica automática localizada na UNIFEI, são
apresentadas na Figura 1. Neste mês,
a temperatura média do ar oscilou entre 21,6ºC e 26,2ºC (a média foi 23,5ºC). A
maior temperatura máxima registrada foi 35,7ºC (dia 16) e a menor temperatura
mínima foi 14ºC (dia 7). As médias mensais da umidade relativa do ar e da
intensidade do vento foram 69,1% e 0,31 m/s (1,1 km/h), respectivamente. No mês
de outubro a direção predominante do vento foi a norte. Em 4 dias do mês
ocorreu recolhimento no pluviômetro totalizando 46,6 mm.
De acordo com as cartas sinóticas do GPT/CPTEC/INPE, duas
frentes frias atuaram no sul de Minas Gerais em outubro: dias 04 e 18 (Figura 2a--b). Porém, não foi
registrada precipitação associada com esses eventos em Itajubá (Figura 1d). A chuva ocorrida em
outubro esteve relacionada a uma zona de convergência de umidade (Figura 2c).
Com relação à nebulosidade (Figura 3), a média
mensal da cobertura diária de nuvens foi de 42,6%. Os dias mais nebulosos
foram: 3, 4, 21,22, 26, 27 e 28 de outubro.
O maior valor do Índice de Estresse Térmico (IET) por
dia no mês de outubro é mostrado na Figura
4. Detalhes sobre o IET são fornecidos no volume 2 (11) deste boletim. De
forma geral, o IET serve como um guia para quem realiza atividades físicas,
sendo que os valores de IET menores ou iguais a 25 indicam risco baixo à saúde,
valores entre 26 e 33 risco moderado, já valores maiores do que 33, risco
extremo. Considerando a série temporal do maior valor diário de IET, o menor
valor registrado foi 25,3 (dia 21), o maior valor foi 29,3 (dia 20), a média
mensal foi 27 e a média da hora de ocorrência do maior IET, 13:40 horas. Assim, recomenda-se a não realização de atividades
físicas por cerca das 12:00 às 15:00 horas. É válido ressaltar que o IET
decresce quando há alta cobertura de nuvens e temperaturas mais baixas e
aumenta quando há condições atmosféricas opostas.
Com relação ao índice de aridez (IA; detalhes sobre
esse índice são apresentados no volume 3 (04) deste boletim) este foi igual a 0,41
o que indica um clima semi-árido.
Esse boletim deixa como sugestão o acesso aos sítios
para aqueles que tiverem interesse em saber em tempo real a evolução das
variáveis atmosféricas em Itajubá e o sítio
aos leitores que tiverem interesse no monitoramento dos ciclones na
América do Sul e a previsão climática sazonal nas diferentes regiões do país.
Figura
1 Variáveis atmosféricas medidas no mês de outubro de
2015 na estação meteorológica automática localizada no campus da Universidade
Federal de Itajubá (latitude 22º 24’ 46” e longitude 45º 27’06”): a) temperatura
(oC) máxima diária (vermelho), temperatura mínima diária (azul) e
média diária da temperatura do ar (verde) a 2 m de altura, b) média
diária da pressão atmosférica ao nível médio do mar (hPa), c) direção
predominante do vento a 2,5 m de altura; C indica calmaria, d) totais
diários de precipitação (mm) contabilizados entre 00:10 e 24:00 h, e) média
diária da umidade relativa (%) a 2 m de altura e f) média diária da
intensidade do vento (m/s) a 2,5 m de altura. Obs: A intensidade do vento está em km/h.
Figura 2 Cartas sinóticas de superfície nos dias 05 de outubro
de 2015 às 00 Z (21 horas local do dia anterior) e 18 de outubro de 2015 às 06
Z (03 horas local) mostrando a localização das frentes atuantes no sul de Minas
Gerais (linhas azuis com triângulos ou intercalada com semicírculos vermelhos).
Já a carta sinótica do dia 20 de outubro indica a localização de uma zona de
convergência de umidade cruzando a região centro-oeste do Brasil e o sul de
Minas Gerais. Fonte: GPT-CPTEC-INPE.
Figura 3 Cobertura
de nuvens média diária na cidade de Itajubá no mês de outubro de 2015.
Figura 4 Maior valor diário do Índice de Estresse Térmico na
cidade de Itajubá no mês de outubro de 2015.
Jornal confeccionado por: Michelle Simões Reboita e João Pedro Rodrigues da Silva