As condições atmosféricas em Itajubá no mês de fevereiro
de 2016, medidas na estação meteorológica automática localizada na UNIFEI, são
apresentadas na Figura 1. Neste mês,
a temperatura média do ar oscilou entre 20,7ºC e 25,6ºC (a média foi 23,4ºC). A
maior temperatura máxima registrada foi 33,6ºC (dia 02) e a menor temperatura
mínima foi 16,6ºC (dia 01). As médias mensais da umidade relativa do ar e da
intensidade do vento foram 80,6% e 0,20 m/s (0,72 km/h), respectivamente. No
mês de fevereiro a direção predominante do vento foi a norte. Em 20 dias do mês
ocorreu recolhimento no pluviômetro totalizando 186,6 mm.
De acordo com as cartas sinóticas do GPT/CPTEC/INPE, duas
frentes atuaram no sul de Minas Gerais em fevereiro: uma semi-estacionária no
dia 11 e uma fria no dia 29. Essa última esteve também conectada como uma zona
de convergência de umidade. Já a precipitação registrada nos demais dias do mês
foi devido à convecção típica da estação e às zonas de convergência de umidade
sobre a região sul de Minas Gerais (Figura
2).
Com relação à nebulosidade (Figura 3), a média
mensal da cobertura diária de nuvens foi de 52%. Os dias mais nebulosos foram 07,11
e de 22 a 24 fevereiro.
O maior valor do Índice de Estresse Térmico (IET) por
dia no mês de janeiro é mostrado na Figura
4. Detalhes sobre o IET são fornecidos no volume 2 (11) deste boletim. De
forma geral, o IET serve como um guia para quem realiza atividades físicas,
sendo que os valores de IET menores ou iguais a 25 indicam risco baixo à saúde,
valores entre 26 e 33 risco moderado, já valores maiores do que 33, risco
extremo. Considerando a série temporal do maior valor diário de IET, o menor
valor registrado foi 23,8 (dia 21), o maior valor foi 29,7 (dia 06), a média mensal
foi 28,2 e a média da hora de ocorrência do maior IET, 13h47. Assim,
recomenda-se a não realização de atividades físicas por cerca das 12:00 às 15:00
horas. É válido ressaltar que o IET decresce quando há alta cobertura de nuvens
e temperaturas mais baixas e aumenta quando há condições atmosféricas opostas.
Com relação ao índice de aridez (IA; detalhes sobre
esse índice são apresentados no volume 3 (04) deste boletim) este foi igual a 1,76
o que indica um clima úmido.
Esse boletim deixa como sugestão o acesso aos sítios
para aqueles que tiverem interesse em saber em tempo real a evolução das
variáveis atmosféricas em Itajubá e o sítio
aos leitores que tiverem interesse no monitoramento dos ciclones na
América do Sul e a previsão climática sazonal nas diferentes regiões do país.
Figura
1 Variáveis atmosféricas medidas no mês de fevereiro de
2016 na estação meteorológica automática localizada no campus da Universidade
Federal de Itajubá (latitude 22º 24’ 46” e longitude 45º 27’06”): a) temperatura
(oC) máxima diária (vermelho), temperatura mínima diária (azul) e
média diária da temperatura do ar (verde) a 2 m de altura, b) média
diária da pressão atmosférica ao nível médio do mar (hPa), c) direção
predominante do vento a 2,5 m de altura; C indica calmaria, d) totais
diários de precipitação (mm) contabilizados entre 00:10 e 24:00 h, e) média
diária da umidade relativa (%) a 2 m de altura e f) média diária da
intensidade do vento (m/s) a 2,5 m de altura. Obs: A intensidade do vento está em km/h.
Figura 2 Carta sinótica de superfície nos dias (a) 12 de fevereiro
de 2016 às 12 Z (09 horas local) mostrando a localização de uma frente
estacionária próximo ao sul de Minas Gerais, (b) dia 16 de fevereiro às 06 UTC
(03 horas local) mostrando uma região de baixa pressão na costa sudeste do
Brasil que induziu a passagem de ventos úmidos sobre o sul de Minas Gerais e
(c) dia 29 de fevereiro às 18 Z (15 horas local) mostrando uma frente fria
conectada a uma zona de convergência de umidade se estendendo da Amazônia até a
divisa de São Paulo e Minas Gerais. Fonte: GPT-CPTEC-INPE.
Figura 3 Cobertura
de nuvens média diária na cidade de Itajubá no mês de fevereiro de 2016.
Figura 4 Maior valor diário do Índice de Estresse Térmico na
cidade de Itajubá no mês de fevereiro de 2016.
Jornal confeccionado por: Michelle Simões Reboita e João Pedro Rodrigues da Silva.