As condições atmosféricas em Itajubá no mês de setembro
de 2016, medidas na estação meteorológica automática localizada na UNIFEI, são
apresentadas na Figura 1. O dia 01
não possui dados, pois a estação estava sendo reinstalada. Neste mês, a
temperatura média do ar oscilou entre 17,3ºC e 23,9ºC (a média foi 20,7ºC). A
maior temperatura máxima registrada foi 32,7ºC (dia 18) e a menor temperatura
mínima foi 9,2°C (dia 22). As médias mensais da umidade relativa do ar e da
intensidade do vento foram 68,5% e 0,96 m/s (3,46 km/h), respectivamente. No
mês de abril a direção predominante do vento foi nordeste. Em 7 dias do mês
ocorreu recolhimento no pluviômetro totalizando 26 mm.
De acordo com as cartas sinóticas do GPT/CPTEC/INPE, três
frentes frias aturam no sul de Minas Gerais em setembro (data da chegada: 07,
15 e 25) (Figura 2).
Com relação à nebulosidade (Figura 3), a média
mensal da cobertura diária de nuvens foi de 32,3%. Os dias mais nebulosos foram
6 e 28 de setembro, o primeiro por influência de uma frente fria (Figura 2) e o segundo devido um cavado
invertido (figura não mostrada).
O maior valor do Índice de Estresse Térmico (IET) por
dia no mês de setembro é mostrado na Figura
4. Detalhes sobre o IET são fornecidos no volume 2 (11) deste boletim. De
forma geral, o IET serve como um guia para quem realiza atividades físicas,
sendo que os valores de IET menores ou iguais a 25 indicam risco baixo à saúde,
valores entre 26 e 33 risco moderado, já valores maiores do que 33, risco
extremo. Considerando a série temporal do maior valor diário de IET, o menor
valor registrado foi 19 (dia 6), o maior valor foi 27,7 (dia 18), a média
mensal foi 24,7 e a média da hora de ocorrência do maior IET, 13h04. Assim,
recomenda-se a não realização de atividades físicas por cerca das 12:00 às 15:00
horas. É válido ressaltar que o IET decresce quando há alta cobertura de nuvens
e temperaturas mais baixas e aumenta quando há condições atmosféricas opostas (Figuras 3 e 4).
Com relação ao índice de aridez (IA; detalhes sobre
esse índice são apresentados no volume 3 (04) deste boletim) este foi igual a
0,33 o que indica um clima semi-árido. Portanto, um valor anômalo para um mês
de inverno, quando as condições normais são semi-áridas.
Esse boletim deixa como sugestão o acesso aos sítios
para
aqueles que tiverem interesse em saber em tempo real a evolução das variáveis
atmosféricas em Itajubá e o sítio
aos
leitores que tiverem interesse no monitoramento dos ciclones na América do Sul
e a previsão climática sazonal nas diferentes regiões do país.
Figura
1 Variáveis atmosféricas medidas no mês de setembro de
2016 na estação meteorológica automática localizada no campus da Universidade
Federal de Itajubá (latitude 22º 24’ 46” e longitude 45º 27’06 a) temperatura
(oC) máxima diária (vermelho), temperatura mínima diária (azul) e
média diária da temperatura do ar (verde) a 2 m de altura, b) média
diária da pressão atmosférica ao nível médio do mar (hPa), c) direção
predominante do vento a 2,5 m de altura; C indica calmaria, d) totais
diários de precipitação (mm) contabilizados entre 00:10 e 24:00 h, e) média
diária da umidade relativa (%) a 2 m de altura e f) média diária da
intensidade do vento (m/s) a 2,5 m de altura. Obs: A intensidade do vento está em km/h.
Figura 2 Cartas sinóticas de superfície nos dias 07 de setembro
de 2016 às 12 Z (06 horas local), 15 de setembro às 06 Z (03 horas local) e 25
de setembro às 18 Z (15 horas local) mostrando a atuação de frente fria (linha
azul com triângulos) no sul de Minas Gerais. Fonte: GPT-CPTEC-INPE.
Figura 3 Cobertura
de nuvens média diária na cidade de Itajubá no mês de setembro de 2016.
Figura 4 Maior valor diário do Índice de Estresse Térmico na
cidade de Itajubá no mês de setembro de 2016.
Jornal confeccionado por: Michelle Simões Reboita e João Pedro Rodrigues da Silva