As condições atmosféricas em Itajubá no mês de setembro
de 2018, medidas na estação meteorológica automática localizada na UNIFEI, são
apresentadas na Figura 1. Neste mês,
a temperatura média do ar oscilou entre 15,0ºC e 24,4ºC (a média foi 20,4ºC). As
médias de temperaturas mínimas e máximas foram, respectivamente, 14,0°C e 27,6°C.
A maior temperatura máxima registrada foi 32,9ºC (dia 25 – obs: essa também foi a maior temperatura do ano
de 2018 até o momento) e a menor temperatura mínima foi 7,5ºC (dia 05). As
médias mensais da umidade relativa do ar e da intensidade do vento foram 71,4%
e 0,56 m/s (2,0 km/h), respectivamente; a
umidade relativa do ar também teve o menor valor do ano no mês de setembro,
atingindo 20% no dia 08. No mês de setembro a direção predominante do vento
foi a nordeste. Houve 12 dias com precipitação, totalizando 80,0 mm.
Ao longo do mês de setembro de 2018, apenas 1 sistema
frontal atuou sobre o sul de Minas Gerais. Além disso, houve a atuação de
cavados em superfície principalmente durante a primeira quinzena do mês (Figura 2). Uma frente fria influenciou
diretamente nas condições do tempo entre os dias 3 e 4, causando 5,8 mm de
precipitação no dia 3 e queda de temperatura após sua passagem; no dia 4, mesmo
com a presença de sol em vários momentos, a temperatura máxima foi de apenas
18,1°C, e a alta pós-frontal manteve as mínimas abaixo de 10°C, com alta
amplitude térmica e umidade relativa do ar bastante baixa entre os dias 5 e 9.
No período entre os dias 13 e 21 houve a atuação de cavados em superfície e
ingresso de ar quente, o que tornou o tempo instável; choveu 21,2 mm no dia 14
e 22,4 mm no dia 20.
Com relação à nebulosidade (Figura 3), a média
mensal da cobertura diária de nuvens foi de 40%. Os dias mais nebulosos foram 17,
20 e 28 de setembro.
O maior valor do Índice de Estresse Térmico (IET) por
dia no mês de setembro é mostrado na Figura
4. Detalhes sobre o IET são fornecidos no volume 2 (11) deste boletim. De
forma geral, o IET serve como um guia para quem realiza atividades físicas,
sendo que os valores de IET menores ou iguais a 25 indicam risco baixo à saúde,
valores entre 26 e 33 risco moderado, já valores maiores do que 33, risco
extremo. Considerando a série temporal do maior valor diário de IET, o menor
valor registrado foi 17,4 (dia 04), o maior valor foi 28,4 (dia 30), a média
mensal foi 23,98, e a média da hora de ocorrência do maior IET 13h12. Assim,
recomenda-se a não realização de atividades físicas por cerca das 12:00 às
15:00 horas. É válido ressaltar que o IET decresce quando há alta cobertura de
nuvens e temperaturas mais baixas e aumenta quando há condições atmosféricas
opostas (Figuras 3 e 4).
Com relação ao índice de aridez (IA; detalhes sobre
esse índice são apresentados no volume 3 (04) deste boletim), foi igual a 1,05,
o que caracteriza um clima úmido.
Para aqueles que tiverem interesse em saber em tempo
real a evolução das variáveis atmosféricas em Itajubá, esse boletim deixa como
sugestão o acesso aos sites:
Aos leitores que tiverem interesse
no monitoramento dos ciclones na América do Sul e a previsão climática sazonal
nas diferentes regiões do país, sugerimos o acesso à página:
Figura
1 Variáveis atmosféricas observadas no mês de setembro de
2018 na estação meteorológica automática localizada no campus da Universidade
Federal de Itajubá (latitude 22º 24’ 46” e longitude 45º 27’06”): a) temperatura
(oC) máxima diária (vermelho), temperatura mínima diária (azul) e
média diária da temperatura do ar (verde) a 2 m de altura, b) média
diária da pressão atmosférica ao nível médio do mar (hPa), c) direção
predominante do vento a 2,5 m de altura; C indica calmaria, d) totais
diários de precipitação (mm) contabilizados entre 00:10 e 24:00 h, e) média
diária da umidade relativa (%) a 2 m de altura e f) média diária da
intensidade do vento (m/s) a 2,5 m de altura.
Figura
2 Cartas sinóticas de
superfície mostrando a atuação de uma frente fria entre o sul do Amazonas e o
sul de MG (A – 03/09 18Z) e um cavado em superfície (B – 14/09 06Z). Fonte:
GPT-CPTEC-INPE.
Figura 3 Cobertura
de nuvens média diária na cidade de Itajubá no mês de setembro de 2018.
Figura 4 Maior valor diário do Índice de Estresse Térmico na
cidade de Itajubá no mês de agosto de 2018.
Autores: Vinícius Henrique Lucyrio de Lima e Michelle Simões Reboita.