As condições atmosféricas em Itajubá no mês de janeiro
de 2016, medidas na estação meteorológica automática localizada na UNIFEI, são
apresentadas na Figura 1. Neste mês,
a temperatura média do ar oscilou entre 20,4ºC e 25,1ºC (a média foi 22,7ºC). A
maior temperatura máxima registrada foi 33,1ºC (dia 31) e a menor temperatura
mínima foi 15,5ºC (dia 22). As médias mensais da umidade relativa do ar e da
intensidade do vento foram 80,4% e 0,39 m/s (1,4 km/h), respectivamente. No mês
de janeiro a direção predominante do vento oscilou entre sul e norte. Em 19 dias
do mês ocorreu recolhimento no pluviômetro totalizando 422,8 mm.
De acordo com as cartas sinóticas do GPT/CPTEC/INPE, nenhuma
frente fria atuou no sul de Minas Gerais em janeiro. Porém, o elevado total
mensal de precipitação foi devido à convecção típica da estação e às zonas de
convergência de umidade (Figura 2).
Com relação à nebulosidade (Figura 3), a média
mensal da cobertura diária de nuvens foi de 57,8%. Os dias mais nebulosos foram
11,12 e 29 de janeiro.
O maior valor do Índice de Estresse Térmico (IET) por dia
no mês de janeiro é mostrado na Figura 4.
Detalhes sobre o IET são fornecidos no volume 2 (11) deste boletim. De forma
geral, o IET serve como um guia para quem realiza atividades físicas, sendo que
os valores de IET menores ou iguais a 25 indicam risco baixo à saúde, valores
entre 26 e 33 risco moderado, já valores maiores do que 33, risco extremo.
Considerando a série temporal do maior valor diário de IET, o menor valor
registrado foi 23,9 (dia 11), o maior valor foi 30,5 (dia 27), a média mensal
foi 27,2 e a média da hora de ocorrência do maior IET, 13h30. Assim,
recomenda-se a não realização de atividades físicas por cerca das 12:00 às 15:00
horas. É válido ressaltar que o IET decresce quando há alta cobertura de nuvens
e temperaturas mais baixas e aumenta quando há condições atmosféricas opostas.
Com relação ao índice de aridez (IA; detalhes sobre
esse índice são apresentados no volume 3 (04) deste boletim) este foi igual a 3,8
o que indica um clima úmido.
Esse boletim deixa como sugestão o acesso aos sítios
para aqueles que tiverem interesse em saber em tempo real a evolução das
variáveis atmosféricas em Itajubá e o sítio
aos leitores que tiverem interesse no monitoramento dos ciclones na
América do Sul e a previsão climática sazonal nas diferentes regiões do país.
Figura
1 Variáveis atmosféricas medidas no mês de janeiro de
2016 na estação meteorológica automática localizada no campus da Universidade
Federal de Itajubá (latitude 22º 24’ 46” e longitude 45º 27’06”): a) temperatura
(oC) máxima diária (vermelho), temperatura mínima diária (azul) e
média diária da temperatura do ar (verde) a 2 m de altura, b) média
diária da pressão atmosférica ao nível médio do mar (hPa), c) direção
predominante do vento a 2,5 m de altura; C indica calmaria, d) totais
diários de precipitação (mm) contabilizados entre 00:10 e 24:00 h, e) média
diária da umidade relativa (%) a 2 m de altura e f) média diária da
intensidade do vento (m/s) a 2,5 m de altura. Obs: A intensidade do vento está em km/h.
Figura 2 Carta sinótica de superfície no dia 12 de janeiro de
2016 às 12 Z (09 horas local) mostrando a localização da zona de convergência
de umidade se estendendo da Amazônia ao oceano Atlântico e passando pelo sul de Minas Gerais. Fonte: GPT-CPTEC-INPE.
Figura 3 Cobertura
de nuvens média diária na cidade de Itajubá no mês de janeiro de 2016.
Figura 4 Maior valor diário do Índice de Estresse Térmico na
cidade de Itajubá no mês de janeiro de 2016.
Jornal confeccionado por: Michelle Simões Reboita e João Pedro Rodrigues da Silva.
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