As condições atmosféricas em Itajubá no mês de junho de
2016, medidas na estação meteorológica automática localizada na UNIFEI, são
apresentadas na Figura 1. Neste mês,
a temperatura média do ar oscilou entre 11ºC e 19,6ºC (a média foi 15,1ºC). A
maior temperatura máxima registrada foi 26,1ºC (dia 6) e a menor temperatura
mínima foi 2,6ºC (dia 14). A média mensal da umidade relativa do ar foi 81,1%. Em
23 dias do mês ocorreu recolhimento no pluviômetro totalizando 137,6 mm.
De acordo com as cartas sinóticas do GPT/CPTEC/INPE, duas
frentes frias aturam no sul de Minas Gerais em junho (data da chegada: 07 e 21)
(Figura 2). Ambas as frentes
contribuíram para a ocorrência de precipitação (Figura 1). Vale destacar que o mês de junho teve precipitação muito
acima da média climatológica. Isso não apenas no sul de Minas Gerais, mas
também em São Paulo. O GrEC-USP está realizando um estudo para explicar a causa
do padrão anômalo.
Com relação à nebulosidade (Figura 3), a média
mensal da cobertura diária de nuvens foi de 32,7%. Os dias mais nebulosos foram
3 e 7 de junho, por influência da frente fria.
O maior valor do Índice de Estresse Térmico (IET) por
dia no mês de junho é mostrado na Figura
4. Detalhes sobre o IET são fornecidos no volume 2 (11) deste boletim. De
forma geral, o IET serve como um guia para quem realiza atividades físicas,
sendo que os valores de IET menores ou iguais a 25 indicam risco baixo à saúde,
valores entre 26 e 33 risco moderado, já valores maiores do que 33, risco
extremo. Considerando a série temporal do maior valor diário de IET, o menor
valor registrado foi 15,6 (dia 12), o maior valor foi 25,5 (dia 6), a média
mensal foi 20,6 e a média da hora de ocorrência do maior IET, 14h18. Assim,
recomenda-se a não realização de atividades físicas por cerca das 12:00 às 15:00
horas. É válido ressaltar que o IET decresce quando há alta cobertura de nuvens
e temperaturas mais baixas e aumenta quando há condições atmosféricas opostas (Figuras 3 e 4).
Com relação ao índice de aridez (IA; detalhes sobre
esse índice são apresentados no volume 3 (04) deste boletim) este foi igual a 3,9
o que indica um clima úmido. Portanto, um valor anômalo para um mês de inverno,
quando as condições normais são semi-áridas.
Esse boletim deixa como sugestão o acesso aos sítios
para aqueles que tiverem interesse em saber em tempo real a evolução das
variáveis atmosféricas em Itajubá e o sítio
aos leitores que tiverem interesse no monitoramento dos ciclones na
América do Sul e a previsão climática sazonal nas diferentes regiões do país.
Figura
1 Variáveis atmosféricas medidas no mês de junho de 2016
na estação meteorológica automática localizada no campus da Universidade
Federal de Itajubá (latitude 22º 24’ 46” e longitude 45º 27’06”): a) temperatura
(oC) máxima diária (vermelho), temperatura mínima diária (azul) e
média diária da temperatura do ar (verde) a 2 m de altura, b) média
diária da pressão atmosférica ao nível médio do mar (hPa), c) totais
diários de precipitação (mm) contabilizados entre 00:10 e 24:00 h, d) média
diária da umidade relativa (%) a 2 m de altura.
Figura 2 Cartas sinóticas de superfície nos dias 07 e 21 de
junho de 2016 às 06 Z (03 horas local) mostrando a chegada de uma frente fria
(linha azul com triângulos) no sul de Minas Gerais. Fonte: GPT-CPTEC-INPE.
Figura 3 Cobertura
de nuvens média diária na cidade de Itajubá no mês de junho de 2016.
Figura 4 Maior valor diário do Índice de Estresse Térmico na
cidade de Itajubá no mês de junho de 2016.
Jornal confeccionado por: Michelle Simões Reboita e João Pedro Rodrigues da Silva.
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