As condições atmosféricas em Itajubá no mês de outubro
de 2016, medidas na estação meteorológica automática localizada na UNIFEI, são
apresentadas na Figura 1. Neste mês,
a temperatura média do ar oscilou entre 17,5ºC e 26,6ºC (a média foi 21,9ºC). A
maior temperatura máxima registrada foi 35,4ºC (dia 19) e a menor temperatura
mínima foi 11,1°C (dia 08). As médias mensais da umidade relativa do ar e da
intensidade do vento foram 72% e 0,91 m/s (3,39 km/h), respectivamente. No mês
de outubro a direção predominante do vento foi nordeste. Em 14 dias do mês
ocorreu recolhimento no pluviômetro totalizando 132 mm.
De acordo com as cartas sinóticas do GPT/CPTEC/INPE, duas
frentes frias aturam no sul de Minas Gerais em outubro (data da chegada: 22 e 28)
(Figura 2). Com relação à frente do
dia 22, a atuação dessa também é bem caracterizada na Figura 1, onde há redução
das temperaturas e aumento da pressão atmosférica do dia 21 para o dia 22. Além
disso, o vento adquiri componente de sul no dia 22.
Com relação à nebulosidade (Figura 3), a média
mensal da cobertura diária de nuvens foi de 45,6%. Os dias mais nebulosos foram
3, 25 e 27 de outubro.
O maior valor do Índice de Estresse Térmico (IET) por
dia no mês de outubro é mostrado na Figura
4. Detalhes sobre o IET são fornecidos no volume 2 (11) deste boletim. De
forma geral, o IET serve como um guia para quem realiza atividades físicas,
sendo que os valores de IET menores ou iguais a 25 indicam risco baixo à saúde,
valores entre 26 e 33 risco moderado, já valores maiores do que 33, risco
extremo. Considerando a série temporal do maior valor diário de IET, o menor
valor registrado foi 20,9 (dia 3), o maior valor foi 29,9 (dia 19), a média
mensal foi 25,8 e a média da hora de ocorrência do maior IET, 13h26. Assim,
recomenda-se a não realização de atividades físicas por cerca das 12:00 às 15:00
horas. É válido ressaltar que o IET decresce quando há alta cobertura de nuvens
e temperaturas mais baixas e aumenta quando há condições atmosféricas opostas (Figuras 3 e 4).
Com relação ao índice de aridez (IA; detalhes sobre
esse índice são apresentados no volume 3 (04) deste boletim) este foi igual a
1,36 o que indica um clima úmido.
Esse boletim deixa como sugestão o acesso aos sítios
para
aqueles que tiverem interesse em saber em tempo real a evolução das variáveis
atmosféricas em Itajubá e o sítio
aos
leitores que tiverem interesse no monitoramento dos ciclones na América do Sul
e a previsão climática sazonal nas diferentes regiões do país.
Figura
1 Variáveis atmosféricas medidas no mês de outubro de
2016 na estação meteorológica automática localizada no campus da Universidade
Federal de Itajubá (latitude 22º 24’ 46” e longitude 45º 27’06 a) temperatura
(oC) máxima diária (vermelho), temperatura mínima diária (azul) e
média diária da temperatura do ar (verde) a 2 m de altura, b) média
diária da pressão atmosférica ao nível médio do mar (hPa), c) direção
predominante do vento a 2,5 m de altura; C indica calmaria, d) totais
diários de precipitação (mm) contabilizados entre 00:10 e 24:00 h, e) média
diária da umidade relativa (%) a 2 m de altura e f) média diária da
intensidade do vento (m/s) a 2,5 m de altura. OBS: a intensidade do
vento está em km/h.
Figura 2 Cartas sinóticas de superfície nos dias 22 de outubro
de 2016 às 06 Z (03 horas local) e 28 de outubro às 00 Z (21 horas local do dia
anterior) mostrando a atuação de frente fria (linha azul com triângulos) no sul
de Minas Gerais. Fonte: GPT-CPTEC-INPE.
Figura 3 Cobertura
de nuvens média diária na cidade de Itajubá no mês de outubro de 2016.
Figura 4 Maior valor diário do Índice de Estresse Térmico na
cidade de Itajubá no mês de outubro de 2016.
Jornal confeccionado por: Michelle Simões Reboita e João Pedro Rodrigues da Silva
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