As condições atmosféricas em Itajubá no mês de dezembro
de 2016, medidas na estação meteorológica automática localizada na UNIFEI, são
apresentadas na Figura 1. Neste mês,
a temperatura média do ar oscilou entre 19,5ºC e 25,7ºC (a média foi 23ºC). A
maior temperatura máxima registrada foi 33,5ºC (dia 29) e a menor temperatura
mínima foi 13,2°C (dia 18). As médias mensais da umidade relativa do ar e da
intensidade do vento foram 75,5% e 0,8 m/s (3,02 km/h), respectivamente. No mês
de dezembro a direção predominante do vento foi nordeste. Em 16 dias do mês
ocorreu recolhimento no pluviômetro totalizando 170,2 mm.
De acordo com as cartas sinóticas do GPT/CPTEC/INPE, apenas
uma frente fria atuou no sul de Minas Gerais em novembro (data da chegada: 15) (Figura 2b). A precipitação (Figura 1d) registrada ao longo do mês
foi decorrente da atividade convectiva local, que é típica dessa época do ano,
e também pelo suprimento de umidade pela zona de convergência de umidade
(exemplo na Figura 2a) que se
estabeleceu em alguns dias do mês de dezembro.
Com relação à nebulosidade (Figura 3), a média
mensal da cobertura diária de nuvens foi de 49,6%. Os dias mais nebulosos foram
04 e de 11 a 14 de dezembro.
O maior valor do Índice de Estresse Térmico (IET) por
dia no mês de dezembro é mostrado na Figura
4. Detalhes sobre o IET são fornecidos no volume 2 (11) deste boletim. De
forma geral, o IET serve como um guia para quem realiza atividades físicas,
sendo que os valores de IET menores ou iguais a 25 indicam risco baixo à saúde,
valores entre 26 e 33 risco moderado, já valores maiores do que 33, risco
extremo. Considerando a série temporal do maior valor diário de IET, o menor
valor registrado foi 22,7 (dia 16), o maior valor foi 30,1 (dia 27), a média
mensal foi 27,6 e a média da hora de ocorrência do maior IET, 13h12. Assim,
recomenda-se a não realização de atividades físicas por cerca das 12:00 às 15:00
horas. É válido ressaltar que o IET decresce quando há alta cobertura de nuvens
e temperaturas mais baixas e aumenta quando há condições atmosféricas opostas (Figuras 3 e 4).
Com relação ao índice de aridez (IA; detalhes sobre
esse índice são apresentados no volume 3 (04) deste boletim) este foi igual a
1,49 o que indica um clima úmido.
Esse boletim deixa como sugestão o acesso aos sítios
para
aqueles que tiverem interesse em saber em tempo real a evolução das variáveis
atmosféricas em Itajubá e o sítio
aos
leitores que tiverem interesse no monitoramento dos ciclones na América do Sul
e a previsão climática sazonal nas diferentes regiões do país.
Figura
1 Variáveis atmosféricas medidas no mês de dezembro de
2016 na estação meteorológica automática localizada no campus da Universidade
Federal de Itajubá (latitude 22º 24’ 46” e longitude 45º 27’06 a) temperatura
(oC) máxima diária (vermelho), temperatura mínima diária (azul) e
média diária da temperatura do ar (verde) a 2 m de altura, b) média
diária da pressão atmosférica ao nível médio do mar (hPa), c) direção
predominante do vento a 2,5 m de altura; C indica calmaria, d) totais
diários de precipitação (mm) contabilizados entre 00:10 e 24:00 h, e) média
diária da umidade relativa (%) a 2 m de altura e f) média diária da
intensidade do vento (km/h) a 2,5 m de altura.
Figura
2 Cartas sinóticas de
superfície nos dias 05 de dezembro de 2016 às 00 Z (21 horas local do dia
anterior) mostrando uma zona de convergência de umidade sobre o sul de Minas
Gerais; dia 15 às 00 Z mostrando a interação de uma frente fria (linha azul com
triângulos) e a zona de convergência de umidade no sul de Minas Gerais e dia 31
de dezembro às 00 Z mostrando ausência de sistemas precipitantes sobre Minas
Gerais. Fonte: GPT-CPTEC-INPE.
Figura 3 Cobertura
de nuvens média diária na cidade de Itajubá no mês de dezembro de 2016.
Figura 4 Maior valor diário do Índice de Estresse Térmico na
cidade de Itajubá no mês de dezembro de 2016.
Jornal confeccionado por: Michelle Simões Reboita e João Pedro Rodrigues da Silva
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