As condições atmosféricas em Itajubá no mês de junho de
2017, medidas na estação meteorológica automática localizada na UNIFEI, são
apresentadas na Figura 1. Neste mês,
a temperatura média do ar oscilou entre 13,8ºC e 19,8ºC (a média foi 16,6ºC). A
maior temperatura máxima registrada foi 28,6ºC (dia 7) e a menor temperatura
mínima foi 6,2ºC (dia 11). As médias mensais da umidade relativa do ar e da
intensidade do vento foram 80,3% e 0,51 m/s (1,83 km/h), respectivamente. No
mês de junho a direção predominante do vento foi a nordeste. Em 16 dias do mês
ocorreu recolhimento no pluviômetro totalizando 30 mm.
A precipitação concentrou-se, principalmente, nos dias
09, 13 e 14 de junho (Figura 1). No
dia 09, a chuva esteve associada com a passagem de uma frente fria (Figura 2),
enquanto que nos dias 13 e 14, a chuva foi decorrente do encontro dos ventos no
sudeste do Brasil (devido a uma área de baixa pressão sobre o oceano, próxima
da costa sudeste do país, Figura 2).
De acordo com as cartas sinóticas do GPT/CPTEC/INPE, três frentes frias
conseguiram atuar no sul de Minas Gerais no mês de junho: dias 02, 09 e 20. De
fato, as variáveis atmosféricas em Itajubá (Figura
1) também registram essas frentes através do aumento da pressão atmosférica
após um período de declínio e queda da temperatura do ar. Também se espera
predominância de ventos de quadrante sul na ocorrência das frentes, porém, como
o sul de Minas Gerais possui topografia acidentada, essa nem sempre permite o
predomínio de ventos com tal direção.
Outro detalhe importante é que a passagem de uma frente pode ou não ser
acompanhada de chuva.
Com relação à nebulosidade (Figura 3), a média
mensal da cobertura diária de nuvens foi de 25,3%. Os dias mais nebulosos foram
de 6, 9 e 13 de junho.
O maior valor do Índice de Estresse Térmico (IET) por
dia no mês de março é mostrado na Figura
4. Detalhes sobre o IET são fornecidos no volume 2 (11) deste boletim. De
forma geral, o IET serve como um guia para quem realiza atividades físicas,
sendo que os valores de IET menores ou iguais a 25 indicam risco baixo à saúde,
valores entre 26 e 33 risco moderado, já valores maiores do que 33, risco
extremo. Considerando a série temporal do maior valor diário de IET, o menor
valor registrado foi 18,83 (dia 10), o maior valor foi 25,81 (dia 7), a média
mensal foi 22,05 e a média da hora de ocorrência do maior IET, 14:08 h. Assim,
recomenda-se a não realização de atividades físicas por cerca das 12:00 às
15:00 horas. É válido ressaltar que o IET decresce quando há alta cobertura de
nuvens e temperaturas mais baixas e aumenta quando há condições atmosféricas
opostas (Figuras 3 e 4).
Com relação ao índice de aridez (IA; detalhes sobre
esse índice são apresentados no volume 3 (04) deste boletim) este foi igual a
0,69 o que indica um clima sub-úmido úmido.
Esse boletim deixa como sugestão o acesso aos sítios
para
aqueles que tiverem interesse em saber em tempo real a evolução das variáveis
atmosféricas em Itajubá e o sítio
aos
leitores que tiverem interesse no monitoramento dos ciclones na América do Sul
e a previsão climática sazonal nas diferentes regiões do país.
Figura
1 Variáveis atmosféricas medidas no mês de junho de 2017
na estação meteorológica automática localizada no campus da Universidade
Federal de Itajubá (latitude 22º 24’ 46” e longitude 45º 27’06”): a) temperatura
(oC) máxima diária (vermelho), temperatura mínima diária (azul) e
média diária da temperatura do ar (verde) a 2 m de altura, b) média
diária da pressão atmosférica ao nível médio do mar (hPa), c) direção
predominante do vento a 2,5 m de altura; C indica calmaria, d) totais
diários de precipitação (mm) contabilizados entre 00:10 e 24:00 h, e) média
diária da umidade relativa (%) a 2 m de altura e f) média diária da
intensidade do vento (m/s) a 2,5 m de altura.
Figura
2 Cartas sinóticas:
a) carta de superfície no dia 09 de junho às 00 Z (21 h local do dia anterior),
b) dia 09 de junho às 18 Z (15 h local) e c) dia 20 de junho às 18 Z mostrando
a atuação de frente fria sobre o sul de Minas Gerais (linha azul com
triângulos). Já as figuras (d) e (e), carta de superfície e de 850 hPa,
respectivamente, se referem ao dia 13 de junho às 18 Z quando uma área de baixa
pressão no oceano próximo ao sudeste do Brasil contribuiu para a ocorrência de
chuva em Itajubá. Fonte: GPT-CPTEC-INPE.
Figura 3 Cobertura
de nuvens média diária na cidade de Itajubá no mês de junho de 2017.
Figura 4 Maior valor diário do Índice de Estresse Térmico na
cidade de Itajubá no mês de junho de 2017.
Jornal confeccionado por: Michelle Simões Reboita e João Pedro Rodrigues da Silva
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