terça-feira, 16 de julho de 2019

Boletim Meteorológico Mensal da Unifei - Volume 09 - Número 06

As condições atmosféricas em Itajubá no mês de junho de 2019, medidas na estação meteorológica automática localizada na UNIFEI, são apresentadas na Figura 1. Neste mês, a temperatura média do ar oscilou entre 13,9°C e 19,8°C (a média foi 16,8°C). As médias de temperaturas mínimas e máximas foram, respectivamente, 11,1°C e 24,7°C (desvios de +0,6 e +0,6°C, respectivamente). A maior temperatura máxima registrada foi 27,7°C (dia 26) e a menor temperatura mínima foi 6,6ºC (dia 5). As médias mensais da umidade relativa do ar e da intensidade do vento foram 79,8% e 0,19 m/s (0,68 km/h), respectivamente. No mês de junho, a direção predominante do vento foi a Nordeste. Houve 20 dias com precipitação, sendo 1 dia com precipitação maior que 0,4 mm, totalizando 10,8 mm (22,8% da média). Os desvios calculados aqui provêm das médias da estação desde abril de 2010.

No mês de junho de 2019 aturaram 2 sistemas frontais no sul de Minas Gerais. O primeiro atuou logo no início do mês (Figura 2a), entre os dias 2 e 4, e provocou 6,0 mm de precipitação no dia 3. Após a passagem da frente fria, atuou uma alta pós-frontal que causou queda nas temperaturas (máxima de 20,6°C no dia 4 e mínima de 6,6°C dia 5). As temperaturas permaneceram baixas até o dia 10. O período entre os dias 10 e 20 foi de grande estabilidade influenciada pela atuação da ASAS (Anticiclone Subtropical do Atlântico Sul, Figura 2b), que deixou as temperaturas próximas da média e o céu claro. Entre os dias 20 e 21, a segunda e última frente fria do mês (Figura 2c) passou pelo sul de MG, sem provocar chuva. Houve apenas aumento na pressão atmosférica e leve queda na temperatura máxima (23,8°C dia 23). Em geral, junho de 2019 foi marcado por grande estabilidade atmosférica, sem atuação de muitos sistemas.

Com relação à nebulosidade (Figura 3), a média mensal da cobertura diária de nuvens foi de 26%. Os dias mais nebulosos foram 03 e 06 de junho.

O maior valor do Índice de Estresse Térmico (IET) por dia no mês de junho é mostrado na Figura 4. Detalhes sobre o IET são fornecidos no volume 2 (11) deste boletim. De forma geral, o IET serve como um guia para quem realiza atividades físicas, sendo que os valores de IET menores ou iguais a 25 indicam risco baixo à saúde, valores entre 26 e 33 risco moderado, já valores maiores do que 33, risco extremo. Considerando a série temporal do maior valor diário de IET, o menor valor registrado foi 18,9 (dia 4), o maior valor foi 25,2 (dia 1), a média mensal foi 22,2, e a média da hora de ocorrência do maior IET 13h16. Assim, recomenda-se a não realização de atividades físicas entre as 12:00 às 15:00 horas. É válido ressaltar que o IET decresce quando há alta cobertura de nuvens e temperaturas mais baixas e aumenta quando há condições atmosféricas opostas (Figuras 3 e 4). 

Com relação ao índice de aridez (IA; detalhes sobre esse índice são apresentados no volume 3 (04) deste boletim), foi igual a 0,24, o que caracteriza um clima semiárido.

Para aqueles que tiverem interesse em saber em tempo real a evolução das variáveis atmosféricas em Itajubá, esse boletim deixa como sugestão o acesso aos sites:



Aos leitores que tiverem interesse no monitoramento dos ciclones na América do Sul e a previsão climática sazonal nas diferentes regiões do país, sugerimos o acesso à página:


Figura 1 Variáveis atmosféricas observadas no mês de junho de 2019 na estação meteorológica automática localizada no campus da Universidade Federal de Itajubá (latitude 22º 24’ 46” e longitude 45º 27’06”): a) temperatura (oC) máxima diária (vermelho), temperatura mínima diária (azul) e média diária da temperatura do ar (verde) a 2 m de altura, b) média diária da pressão atmosférica ao nível médio do mar (hPa), c) direção predominante do vento a 2,5 m de altura; C indica calmaria, d) totais diários de precipitação (mm) contabilizados entre 00:10 e 24:00 h, e) média diária da umidade relativa (%) a 2 m de altura e f) média diária da intensidade do vento (m/s) a 2,5 m de altura. 


Figura 2 (a) Frente semi-estacionária entre o sul da Amazônia e o Atlântico, com ramo frio em Minas Gerais (04/06 06Z); (b) ASAS atuando sobre o Sudeste, com núcleo sobre Minas Gerais (14/06 12Z); (c) Frente fria, com alta pós-frontal, passando pelo sul de MG (21/06 00Z). Fonte: GPT-CPTEC-INPE.
Figura 3 Cobertura de nuvens média diária na cidade de Itajubá no mês de junho de 2019.

Figura 4 Maior valor diário do Índice de Estresse Térmico na cidade de Itajubá no mês de junho de 2019.

terça-feira, 9 de julho de 2019

Boletim Meteorológico Mensal da Unifei - Volume 09 - Número 05


As condições atmosféricas em Itajubá no mês de maio de 2019, medidas na estação meteorológica automática localizada na UNIFEI, são apresentadas na Figura 1 e no Anexo 1. Neste mês, a temperatura média do ar oscilou entre 14,5°C e 23,4°C (a média foi 19,4°C, o mais quente desde o início das observações em abril de 2010). As médias de temperaturas mínimas e máximas foram, respectivamente, 14,3°C e 26,2°C (desvios de +2,4 e +1,2°C, respectivamente). A maior temperatura máxima registrada foi 29,5°C (dia 13) e a menor temperatura mínima foi 7,0ºC (dia 26). As médias mensais da umidade relativa do ar e da intensidade do vento foram 81,3% e 0,24 m/s (0,85 km/h), respectivamente. No mês de maio, a direção predominante do vento foi a Nordeste. Houve 16 dias com precipitação, sendo 7 dias com precipitação maior que 0,2 mm, totalizando 51,2 mm (94,3% da média).

No mês de maio de 2019 aturaram 4 sistemas frontais com efeitos na região de Itajubá-MG. No dia 4 houve precipitação de 3,6 mm por convecção provocada pelo calor. O primeiro sistema foi uma frente fria que atuou no oceano (Figura 2a), próximo ao litoral de São Paulo, entre os dias 7 e 8, e causou aumento na nebulosidade e queda nas temperaturas máximas entre 8 e 9. Entre os dias 14 e 16, uma frente semi-estacionária atuou no Sudeste (Figura 2b), com atuação breve de uma alta pós-frontal que provocou queda na temperatura mínima (13,8°C no dia 16). No dia 18 houve precipitação de 40,0 mm, que ocorreu por conta da atuação de um cavado em baixos e médios níveis (Figura 2c). Entre os dias 20 e 22, a Tempestade Subtropical Jaguar (Figura 2d e Figura 5) se formou no Oceano Atlântico próximo ao litoral do Espírito Santo, sem efeitos no continente; foi o segundo sistema tropical ou híbrido a se formar em 2019 na bacia do Atlântico Sul. Dias 24 e 25, outra frente fria passou pelo sul de Minas Gerais (Figura 2e), sem causar chuva, mas a alta pós-frontal que a acompanhava causou forte queda nas temperaturas (máxima de 21,3°C dia 25 e mínima de 7,0°C no dia 26). No dia 29, uma frente semi-estacionária atuou no litoral de SP e RJ (Figura 2f), e indiretamente causou 2,0 mm de precipitação.

Com relação à nebulosidade (Figura 3), a média mensal da cobertura diária de nuvens foi de 36%. Os dias mais nebulosos foram 10, 17, 18 e 24 de maio.

O maior valor do Índice de Estresse Térmico (IET) por dia no mês de maio é mostrado na Figura 4. Detalhes sobre o IET são fornecidos no volume 2 (11) deste boletim. De forma geral, o IET serve como um guia para quem realiza atividades físicas, sendo que os valores de IET menores ou iguais a 25 indicam risco baixo à saúde, valores entre 26 e 33 risco moderado, já valores maiores do que 33, risco extremo. Considerando a série temporal do maior valor diário de IET, o menor valor registrado foi 18,0 (dia 25), o maior valor foi 27,4 (dia 4), a média mensal foi 24,2, e a média da hora de ocorrência do maior IET 13h28. Assim, recomenda-se a não realização de atividades físicas entre as 12:00 às 15:00 horas. É válido ressaltar que o IET decresce quando há alta cobertura de nuvens e temperaturas mais baixas e aumenta quando há condições atmosféricas opostas (Figuras 3 e 4). 

Com relação ao índice de aridez (IA; detalhes sobre esse índice são apresentados no volume 3 (04) deste boletim), foi igual a 0,80, o que caracteriza um clima subúmido úmido.

Para aqueles que tiverem interesse em saber em tempo real a evolução das variáveis atmosféricas em Itajubá, esse boletim deixa como sugestão o acesso aos sites:



Aos leitores que tiverem interesse no monitoramento dos ciclones na América do Sul e a previsão climática sazonal nas diferentes regiões do país, sugerimos o acesso à página:


Figura 1 Variáveis atmosféricas observadas no mês de maio de 2019 na estação meteorológica automática localizada no campus da Universidade Federal de Itajubá (latitude 22º 24’ 46” e longitude 45º 27’06”): a) temperatura (°C) máxima diária (vermelho), temperatura mínima diária (azul) e média diária da temperatura do ar (verde) a 2 m de altura, b) média diária da pressão atmosférica ao nível médio do mar (hPa), c) direção predominante do vento a 2,5 m de altura; C indica calmaria, d) totais diários de precipitação (mm) contabilizados entre 00:10 e 24:00 h, e) média diária da umidade relativa (%) a 2 m de altura e f) média diária da intensidade do vento (m/s) a 2,5 m de altura. 

Figura 2 (a) Frente fria no litoral de São Paulo (07/05 18Z); (b) Frente semi-estacionária entre o Amazonas e o Rio de Janeiro (15/05 00Z); (c) Cavado em superfície entre o sul de Goiás e São Paulo (18/05 06Z); (d) Tempestade Subtropical Jaguar no oceano Atlântico (20/05 12Z); (e) Sistema frontal do sul da Amazônia ao Sudeste, com oclusão no Atlântico sul (25/05 00Z); (f) Frente semi-estacionária entre o sul da Bolívia, passando pelo Paraná, até o sul de São Paulo (29/05 12Z). Fonte: GPT-CPTEC-INPE.

Figura 3 Cobertura de nuvens média diária na cidade de Itajubá no mês de maio de 2019.

Figura 4 Maior valor diário do Índice de Estresse Térmico na cidade de Itajubá no mês de maio de 2019.

Figura 5 Tempestade Subtropical Jaguar (Imagem do GOES16 IR 20/05/2019 – 0830Z). Fonte: DSA/CPTEC.

Autores: Vinícius Henrique Lucyrio de Lima e Michelle Simões Reboita

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