As informações de temperatura e precipitação apresentadas nesse
informativo foram baseadas nos dados registrados na estação automática
pertencente ao INPE/IGAM. Os dados medidos são registrados a cada três horas.
A Figura 1 mostra a temperatura do ar média diária, as
temperaturas mínima e máxima e o total diário de precipitação no mês de junho.
A temperatura do ar média oscilou entre 12,2º C e 18,7º C (a média foi 16,8º
C). A maior temperatura máxima registrada foi 28,5º C (dias 01, 04 e 05) e a menor
temperatura mínima foi 7º C (dia 20). Ressalta-se que no dia 21 de junho a
temperatura mínima registrada foi 15º C, que é maior do que o dobro da mínima
do dia 20. No dia 22 a temperatura mínima ainda manteve-se alta. Provavelmente,
ocorreu algum problema de superestimação no registro das mínimas nos dias 21 e
22, já que esses dias sucedem ao da passagem de uma frente fria.
Em onze dias do mês ocorreu precipitação, contabilizando um total de
105,5 mm, que é um valor elevado para um mês de inverno quando se esperam
valores de cerca de 20 mm/mês na região. Duas frentes frias semi-estacionárias
na região sudeste do Brasil contribuíram para o elevado total de precipitação
em junho, como será mostrado.
O baixo total de precipitação registrado no dia 1º de junho foi
decorrente da passagem de uma frente fria. A chuva ocorrida entre os dias 05 a
08 de junho também foi devida à passagem de frente fria (Figura 2). Esse sistema se manteve semi-estacionário no norte do
estado de São Paulo e favoreceu a convergência dos ventos sobre o sul de Minas
Gerais, o que propiciou a formação de nuvens e chuva.
No dia 11 de junho a formação de uma área de baixa pressão sobre o
oceano próxima da costa sudeste do Brasil ajudou a canalizar os ventos do
continente em direção ao oceano (Figura
3). Esse escoamento sobre o sul de Minas Gerais contribuiu para a
precipitação.
O último período (19 a 22) com chuvas no mês foi decorrente da passagem
de uma frente fria. Esse sistema se manteve semi-estacionário sobre o
centro-norte do estado de São Paulo e favoreceu o escoamento do vento do
continente em direção ao oceano. O encontro dos ventos sobre o sul de Minas
Gerais favoreceu a chuva.
Os leitores que tiverem interesse em saber o número e trajetórias
dos ciclones no Atlântico Sul no mês em análise podem se dirigir ao sítio
www.grec.iag.usp.br.
Figura 1 Variáveis atmosféricas medidas no mês de junho de 2012
na estação meteorológica automática do INPE/IGAM localizada no campus da
Universidade Federal de Itajubá (latitude 22º 24’ 46” e longitude 45º 27’06”): a)
temperatura (oC) máxima diária (vermelho), temperatura mínima diária
(azul) e média diária da temperatura do ar (verde) e b) totais diários de
precipitação (mm).
Figura 2 a) Análise sinótica ao nível médio do mar no dia 05/06/2012
às 12 Z (09 horas local) mostrando uma frente fria semi-estacionária sobre o
estado de São Paulo e b) análise
sinótica no nível de 850 hPa mostrando o escoamento atmosférico convergindo
(setas laranjas) sobre o norte de São Paulo e sul de Minas Gerais. Fonte:
Fonte: INPE/CPTEC/GPT.
Figura 3 a) Análise sinótica ao nível médio do mar no dia
11/06/2012 às 12 Z (09 horas local) mostrando uma região de baixa pressão sobre
o oceano próxima da região sudeste do Brasil (indicada pela letra B) e b) análise sinótica no nível de 850 hPa
mostrando o escoamento atmosférico convergindo (setas laranjas) sobre o norte
de São Paulo e sul de Minas Gerais. Fonte: Fonte: INPE/CPTEC/GPT.
Resumo informativo sobre o tempo em Itajubá
Programa de Graduação em Ciências Atmosféricas - Instituto de Recursos Naturais – Universidade Federal de Itajubá
n° 20 – mês de referência: Junho/2012
Desenvolvimento: Profa. Michelle Reboita
Colaboração: Prof. Arcilan Trevenzoli Assireu
n° 20 – mês de referência: Junho/2012
Desenvolvimento: Profa. Michelle Reboita
Colaboração: Prof. Arcilan Trevenzoli Assireu
Isabella Fortes Guimarães
Carolina Daniel Gouveia
Técnica:Tatiana Amaro
Técnica:Tatiana Amaro
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