Desde o mês de abril de 2012 a estação meteorológica da UNIFEI está em
manutenção. Assim, as informações de temperatura e precipitação apresentadas
nesse informativo foram baseadas nos dados registrados na estação automática
pertencente ao INPE/IGAM, que está instalada ao lado da estação da UNIFEI.
A Figura 1 mostra a média diária da temperatura máxima, mínima e
média e o total diário de precipitação no mês de maio. A temperatura do ar
média oscilou entre 13,6º C e 21,1º C (a média foi 16,7º C). A maior
temperatura máxima registrada foi 28,5º C (dia 31) e a menor temperatura mínima
foi 6,5º C (dias 02 e 03). Em cinco dias do mês ocorreu precipitação,
contabilizando um total de 23,2 mm, que foi cerca de 85% inferior ao total
registrado em abril.
No mês de maio, duas frentes frias atuaram no sul de Minas Gerais: uma
no dia 1º e outra no dia 14. A primeira frente fria, na verdade, foi um sistema
que chegou ao sul do estado no último dia de abril e se manteve estacionário na
região. A frente fria do dia 14 (Figura
2) foi responsável por mais da metade do total de precipitação ocorrido em
maio(Figura 1b). Após a passagem da
frente pelo sul de Minas Gerais,as temperaturas mínimas e médias diminuíram (Figura 1a).
O segundo período (dias 25 a 27) com chuvas no mês esteve associado à
formação de uma região de baixa pressão entre a costa da região sul e sudeste
do Brasil. Como o escoamento atmosférico foi induzido para a região da baixa
pressão, acabou gerando uma zona de convergência de umidade entre o norte de
São Paulo e o sul de Minas Gerais, o que contribui para a chuva (Figura 3).
Os leitores que tiverem interesse em saber o número e trajetórias
dos ciclones no Atlântico Sul no mês em análise podem se dirigir ao sítio
www.grec.iag.usp.br.
Figura 1Variáveis atmosféricas medidas no mês demaio de 2012 na
estação meteorológica automática do INPE/IGAM localizada no campus da
Universidade Federal de Itajubá (latitude 22º 24’ 46” e longitude 45º 27’06”): a)
temperatura (oC) máxima diária (vermelho), temperatura mínima diária
(verde) e média diária da temperatura do ar (azul) e b) totais diários de
precipitação (mm).
Figura 2 Análise sinótica ao nível médio do mar no dia 14/05/2012
às 00 Z (21 horas local do dia anterior) e às 06 Z (03 horas local) mostrando uma
frente fria sobre o sul de Minas Gerais.Fonte: INPE/CPTEC/GPT.
Figura 3 Análise sinótica no nível de 850 hPa no dia 26/05/2012
às 12 Z (09 horas local) mostrando o escoamento atmosférico convergindo (setas
laranjas) sobre o sul de Minas Gerais.Fonte: INPE/CPTEC/GPT.
ANEXO:
Aluno da Graduação em Ciências
Atmosféricas da UNIFEI embarca em expedição científica a bordo de navio da
Marinha do Brasil.
No
dia 11 de junho, tendo em vista atender o projeto científico ACEx/CNPq, o navio
da Marinha do Brasil Cruzeiro do Sul (Figura 1) partiu do porto de Itajaí. Além
dos 32 tripulantes, viajam 16 pesquisadores de diversas universidades e
instituições, dentre elas USP, INPE, FURG, UFSM, UFRJ e UFPR. A UNIFEI está
representada pelo aluno do terceiro ano em Ciências Atmosféricas Rafael dos Reis Pereira. O aluno, que é orientado de
Iniciação Científica do Prof. Arcilan T. Assireu compõe um seleto grupo de
pesquisadores que estarão, durante 17 dias, estudando, através de sofisticada
instrumentação, os fluxos de momento, calor e gás entre oceano e atmosfera.
O
projeto ACEx(AtlanticOceanCarbonExperiment): Estudo observacional e numérico dos
fluxos de calor, momento e CO2 na interface oceano-atmosfera do Atlântico Sul
visa estudar, por meio de observações e modelos numéricos, as interações entre
o oceano e a atmosfera em micro e meso-escalas na região do Atlântico Sul e
Austral, visando entender as trocas que ocorrem na interface oceano-atmosfera
por meios de fluxos de momento, calor e CO2. O projeto conduzirá estudos
multidisciplinares que abordarão alguns aspectos desta importante região
oceânica do hemisfério sul, tais como as trocas de gases de efeito estufa (GEE)
entre o oceano e a atmosfera na região de estudo, os níveis de concentração do
CO2 na atmosfera e de outros constituintes relevantes ao clima do
Planeta Terra.Também,aspectos da instabilidade da camada limite atmosférica que
influenciam diretamente no comportamento dos fluxos na interface ar-mar estarão
sendo investigados. Para tal, serão estudadas regiões que apresentam um intenso
contraste térmico oceânico, tais como a região geográfica do Oceano Atlântico
Sudoeste, incluindo a zona costeira do sul do Brasil e a confluência
Brasil-Malvinas e a atmosfera adjacente.
Um
método e equipamento desenvolvidos pelo Prof. Arcilan Assireu com colaboração
dos Profs. Alexandre Barbosa e Rodrigo Rodrigues,cuja patente já foi requerida,
foi embarcado e estará sendo utilizado nas etapas de parametrização do
coeficiente de troca gasosa a partir do estado do mar.O equipamento consiste de
um sistema estabilizador para tomadas de cenas em plataformas de baixa
estabilidade (Figura 2).
Figura
1 – Navio de Apoio Oceanográfico Cruzeiro do Sul (H-38).
Figura
2 – Sistema de imageamento em plataformas de baixa estabilidade.
Resumo informativo sobre o tempo em Itajubá
Programa de Graduação em Ciências Atmosféricas - Instituto de Recursos Naturais – Universidade Federal de Itajubá
n° 19 – mês de referência: Maio/2012
Desenvolvimento: Profa. Michelle Reboita
Colaboração: Prof. Arcilan Trevenzoli Assireu
n° 19 – mês de referência: Maio/2012
Desenvolvimento: Profa. Michelle Reboita
Colaboração: Prof. Arcilan Trevenzoli Assireu
Isabella Fortes Guimarães
Carolina Daniel Gouveia
Técnica:Tatiana Amaro
Técnica:Tatiana Amaro
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